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CHUTANDO O BALDE

CHUTANDO O BALDE: EH LASQUEIRA!


CHUTANDO O BALDE:  EH LASQUEIRA! - Gente de Opinião

EH LASQUEIRA!

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William Haverly Martins
 

Ao lançar a coluna Chutando o Balde, tínhamos como objetivo dar voz a quem não tem, protestando veementemente contra a falta de ética pública, a inexistência de incentivo à educação, nos seus mais variados níveis; gritar contra a corrupção institucionalizada, cobrar promessas de palanque, ações de políticos sérios (poucos, mas existentes) em prol da Nação; denunciar os maus políticos, os maus gestores; fiscalizar obras públicas, exigir o que poderia ter sido feito, mas não foi. Sabíamos que a nossa pena seria polêmica, e dos consequentes riscos que teríamos de assumir, na esperança de que os brasileiros, leitores da coluna Chutando o Balde, acordassem e cerrassem fileiras por um País, uma Pátria, uma Nação melhor.

A televisão é a ferramenta de comunicação com maior alcance público, com elevado poder de persuasão e informação; o veículo mais usado por marqueteiros, agências de publicidade e políticos em geral, além de ser o canal de diversão mais utilizado pela população daqui e d’alhures. Nada contra! Mas desde há muito que estamos sendo incomodados com a propaganda tendenciosa, que induz o nosso povo ao crime, utilizando-se de recursos susceptíveis de serem denunciados no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), ou acionados na justiça com base no Código de Defesa do Consumidor e no Código Penal.

O exemplo da vez é o sucesso da propaganda dos postos de distribuição de combustíveis e derivados da Ipiranga: primeiro usam a mentira como forma de convencimento, pois, pela pesquisa que fizemos em Porto Velho — acreditamos que seja assim em todo o Brasil —, nada do que eles oferecem existe de fato. Em determinadas épocas, nem combustível possuem, o que tipifica um caso de propaganda enganosa, passível de ser cobrada na justiça por qualquer cidadão sensato e incomodado com a mentira veiculada inúmeras vezes na TV aberta e fechada. 

Logo logo vamos acionar os postos Ipiranga, um a um, pedindo uma indenização moral pela propaganda enganosa e pelo incentivo ao crime.

Incentivo ao crime (art. 171 do Código Penal Brasileiro), porque veicularam, numa das propagandas, um jovem participando de um concurso público televisivo, que, ao não saber a resposta para uma pergunta premiada, pede ajuda aos universitários, interligados por um ponto eletrônico a um terceiro, que fornece a resposta correta. Muita gente já foi presa, utilizando-se desse recurso para ludibriar vestibulares em todo o Brasil.

É tudo muito engraçado: a propaganda cumpre sua proposta, induzindo o povo a usar os produtos Ipiranga, mas não deixa de incentivar, nas entrelinhas, uma prática criminosa.

Já disseram, no passado, que nós não somos um povo sério; na Internet roda a publicação de um americano que morou no Brasil, relacionando no seu texto deficiências do caráter tupiniquim, fato que muito nos entristece. Somos conhecidos como o povo do “jeitinho brasileiro”; inúmeras piadas são contadas no dia a dia para demonstrar a “esperteza” do brasileiro em relação a outros povos.

Sem percebermos, estamos nos deixando alimentar por atitudes comportamentais erradas, que nos desautorizam a cobrar comportamento ético aos nossos profissionais e, especialmente, aos nossos políticos.

Assim agindo, transparece a evidência de que, se qualquer brasileiro estivesse no lugar do corrupto, e surgisse uma oportunidade, corrupto seria. Nesse contexto, nosso protesto, então, viria mais pelo pecado da inveja, do que pelo caráter. Embora seja esse o consenso de boa parte do mundo, não é verdadeiro!

Ontem (16/08), enchemos os olhos e a esperança com a entrevista de três jovens, no programa do Bial, com propostas claras de mudanças para o país, enquanto nação, e para a atitude comportamental da desacreditada classe política. Não estamos sós, quando chutamos o balde. Pode demorar um pouco, mas nós vamos mudar esse país. Eh lasqueira!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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