Terça-feira, 30 de setembro de 2014 - 20h25
Por Humberto Pinho da Silva
Quando estive em São Paulo, conversei com simpático casal, descendente de antigos emigrantes italianos.
A meio da conversa, a senhora, declarou-me que, agora, também era portuguesa.
Perguntei-lhe como conseguira, já que a supunha descendentes de italianos.
- É uma longa história… - disse-me o marido.
E narrou-me como obteve a cidadania portuguesa:
Como quase todos têm duas ou três nacionalidades, no Brasil, também, minha mulher quis ter passaporte europeu. Tentei junto do consulado italiano, mas não foi possível descobrir a localidade onde nasceram os antepassados.
Fiz várias tentativas: escrevi cartas, mandei mensagens electrónicas… mas nada. Sem certidão de nascimento dos ascendentes, nada feito.
Foi então que alguém se lembrou que um dos meus avós era português, natural de Barcelos.
Desloquei-me ao consulado de Portugal e após varias pesquisas infrutíferas, consegui descobrir a aldeia onde nascera.
Depois foi fácil. Decorrido tempo recebi documento dizendo que tinha nascido em Lisboa!
- Qual o interesse em ser europeu?! - Perguntei.
- Pode-se viajar livremente pela Europa - Respondeu prontamente. - Os filhos e netos podem adquirir também a nacionalidade, e concorrer a empregos em Portugal; e, como sabe, como cidadão europeu, posso ser internado em hospitais do primeiro mundo, quase gratuitamente….
- Mas a esposa continua brasileira? ….
- Não! - Corrigiu o meu interlocutor. Como é casada, agora, com um português, passou também a sê-lo.
Fiquei a pensar: com essa facilidade, qualquer dia seremos, em estatística, os maiores do mundo! …
Quando o assunto é segurança pública, o rondoniense não tem do que se orgulhar, exceto do esforço, da coragem e dedicação da maioria dos policiais.
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