Sábado, 11 de fevereiro de 2017 - 05h13
A paquera começou uns dias antes do desfile da BVQQ em 2003, mas foi em cima do trio que tive certeza que não era amor pra um só carnaval.
Era editora do Diário da Amazônia, um jornal que à época tinha o compromisso de fechar a minha página e ajudar a selecionar as matérias que iriam na capa.
A foto da manchete naquele dia era do fabuloso cortejo do maior bloco da região Norte e a deixei separada antes partir pro desfile.
Ao soar dos clarins de Momo, em cima do trio que começava a arrastar a multidão, meu chefe ligou pedindo que voltasse à redação para escolher outra foto.
Imagine minha angústia, porque ao sair dali dificilmente encontraria ele de novo no meio de cem mil pessoas.
Ele, colaborador do bloco, que não podia se afastar no momento mais emblemático que é a abertura do desfile, segurou minha mão e disse: “Não vou te perder. Vou junto!”
Todos os pelos do meu corpo arrepiaram ao som da marchinha que sacudia a multidão.
Naquele momento, por aquele gesto, tive certeza que o destino não havia nos unido para viver um só carnaval, um único desfile da Banda.
Estamos juntos há 14 anos e não perdemos um desfile do bloco mais tradicional do carnaval de Porto Velho.
Eu e ele temos marchinhas que são executadas na Banda e isso une ainda mais nossa história de amor com o bloco que todo sábado gordo muda o ritmo da cidade.
O dia da Banda muda o tráfego, o horário do comércio central e o sentimento de milhares e pessoas.
É a confraternização da ralé com a elite, imune a qualquer tipo de preconceito.
Daquele desfile que selou nosso amor, de janeiro a janeiro, de corpo inteiro, seguimos cantando e caindo na folia.
A capa do jornal que quase impediu que a gente se separasse bem na hora do desfile, está emoldurada na parede da sede da Banda.
Se hoje acontecesse algo que me obrigasse a deixá-lo sozinho no bloco, digo que faria a banda esperar.
Exatamente como ele fez por mim.
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