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A China conquista o Brasil e compra da UHE Sto. Antônio pode chegar a R$ 12 bilhões


Rodrigo Caetano e Luís Artur Nogueira, de Pequim

No último dia 25 de julho, em pleno verão chinês, o clima na cidade de Hangzhou, na região leste do país asiático, estava particularmente insuportável. Havia uma densa camada de poluição no céu, que acentuava a sensação de estufa. Por volta das 15h, em meio a um calor de 41 graus Celsius, a reportagem da DINHEIRO chegou à sede da Hikvision, líder mundial no fornecimento de soluções e de produtos de videovigilância e segurança eletrônica. Os funcionários, orgulhosos, não cansam de repetir que a companhia fornece um terço de todas as câmeras de monitoramento instaladas no mundo. Naquele instante, sob a liderança do executivo Hu Yangzhong, os diretores da empresa estavam reunidos com a comitiva do prefeito de São Paulo, João Doria, que passou uma semana na China em busca de investimentos.

Doria saiu satisfeito do encontro após conseguir a doação de mil câmeras e de um drone avaliado em US$ 1 mil. Mais entusiasmados ainda estavam os executivos chineses, que enxergam a megalópole São Paulo como uma vitrine para conquistar o País. A aposta é simples: a violência urbana vai obrigar os governantes brasileiros a investir em câmeras, e a Hikvision quer ser a principal fornecedora. “Nossa meta é ter o Brasil como nosso terceiro maior mercado, só perdendo para a China e os Estados Unidos”, afirmou à DINHEIRO o presidente Yangzhong. “Estudamos até abrir uma fábrica no País.” Atualmente, a companhia possui um escritório em São Paulo e uma linha de montagem em Manaus.

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Construindo o futuro: concluída em 2016, a Usina de Santo Antônio,
em Rondônia, deve ser a próxima aquisição chinesa (Crédito:Bento Viana)

O setor de tecnologia chinês arregala os olhos para o mercado brasileiro. DINHEIRO visitou outras cinco empresas que têm interesse concreto no País – muitas já atuam aqui. A Dahua Technology, em Hangzhou; a ZTE, em Xangai; a Lenovo, em Pequim; e a Huawei e a BYD, em Shenzhen. A Dahua e a Huawei fabricam equipamentos de monitoramento, a exemplo da Hikvision, enquanto a ZTE está no setor de telecomunicações. A Lenovo, que detém a marca Motorola e comprou a divisão de computação pessoal da IBM, atua no segmento de computadores e celulares. Já a BYD é uma montadora de veículos elétricos. O discurso das empresas chinesas em relação ao Brasil é muito parecido. Os executivos destacam o potencial do nosso mercado e minimizam os problemas econômicos e políticos.

“A nossa visão é de longo prazo”, diz Wai Ming Wong, vice-presidente executivo da Lenovo. Para Fu Liquan, presidente da Dahua, empresa que forneceu equipamento de monitoramento para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o Brasil já é um mercado estratégico. “Nós somos líderes na América Latina e temos 50% de market share no Brasil.” A Dahua vai participar de um grupo de trabalho da Prefeitura de São Paulo para criar uma Parceria Público-Privada (PPP), em 2018, com a meta de instalar pelo menos 10 mil câmeras até 2020. Esse apetite chinês pelo Brasil não se limita ao setor de tecnologia. Os investimentos do gigante asiático no País crescem de forma vertiginosa e já ultrapassam os R$ 100 bilhões, nos últimos três anos. Clique AQUI e leia reportagem completa da revista ISTO É DINHEIRO.

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