CHUTANDO O BALDE: O NOVO E A NOVIDADE NA POLÍTICA - Por William Haverly Martins

O NOVO E A NOVIDADE NA POLÍTICA

William Haverly Martins
 

De fato, quando foi anunciado o nome do ex-promotor de justiça, Hildon Chaves para a prefeitura de Porto Velho, houve apreensão, tensão e expectativa no público, ainda minoritário. Os políticos concorrentes e os eleitores em geral se perguntavam: o que esse milionário vem fazer na política? Parte da minoria vibrou com o “novo”, outra parte ficou com o pé atrás, quando soube que ele seria candidato pelo PSDB, porque o “sonho de consumo” do eleitor porto-velhense passava pela beleza, simpatia e competência de Mariana Carvalho, no assento da Prefeitura.

Nós e a outra minoria, aguardamos o trabalho de marketing e de convencimento da brilhante equipe, capitaneada pelo causídico e jornalista especializado em política Robson Oliveira. Não demorou muito, uma expressiva massa popular passou a apoiar Hildon Chaves. O resto, todo mundo já sabe.

O que muita gente não sabe é que foi ludibriada: muita tralha velha foi aproveitada pelo novo. O marketing do político novo, dos guaranis paulistas aos caripunas porto-velhenses, deixou no imaginário popular a falsa impressão de que também os auxiliares seriam novos e, claro, competentes. Ledo engano de quem desconhece o famigerado loteamento partidário, em nome da governabilidade, que tantos prejuízos têm causado mundo afora. Além do medo, que todo auxiliar incompetente tem, de perder o cargo, por conta da sombra da meritocracia.

Pois bem, quando apareceu o secretariado do “novo”, vimos que havia muito joio misturado ao trigo. Preocupa-nos, na cultura, a ingerência de fracassadas raposas políticas do PT regional, dando as cartas, puxando os cordéis da pseudoliderança cultural do PSDB; enquanto isso, os erros vão se acumulando, o “novo” vai ficando velho...

Falta dinheiro, porque o gerenciamento não é competente. Quantos e quantos assuntos mais urgentes, e se faz desfile de escolas de samba — Carnaval em sábado de aleluia, só mesmo em Porto Velho. Tomara que o povo saiba escolher o Judas certo na hora da malhação/eleição. E tem candidato que ainda se pergunta: por que não fui eleito?

Fizeram o maior estardalhaço pela posse do prédio do relógio e até hoje nem um prego ali foi colocado. O local virou antro de noiados; nem sequer mandam capinar o entorno.

Lentamente, é verdade, mas o governador Confúcio, através do seu competente secretário de turismo, Júlio Olivar, estava reformando o referido monumento histórico, inteligentemente, com pouco custo, utilizando mão de obra de apenados.

Se em vez de no Carnaval, injetassem esse dinheiro na reforma daquele prédio histórico, ou na recuperação dos boxes da Farqhuar, localizados no Complexo Turístico da EFMM, muita coisa seria feita, trazendo melhoras interessantes ao local. É o que dá investir em gestores públicos ultrapassados, malsucedidos em administrações anteriores, com processos no TJ e TCE, por malversação de recursos públicos.

Pois é, seu prefeito, a esperança ainda não abandonou o sonho popular de uma cidade melhor, mas o velho de roupa nova não convenceu, não é novidade! Lembre-se que as eleições estaduais estão próximas e o PSDB vai precisar de novos exemplos, bons exemplos!

Não adianta querer empurrar de goela abaixo o velho travestido de novo. De tranqueira velha e incompetente, estamos cansados. O país, os estados e os municípios continuam sendo passados a limpo, não há mais lugar para políticos malversadores de verbas públicas, ou recebedores de propinas.

A novidade, prefeito Hilton, que representou sua candidatura, e tanto alento suscitou no povo sofrido da nossa Porto Velho, até o presente  não nos trouxe o esperado melhor novo que há tanto esperamos e merecemos.

Estamos de olho e afinando o chute!