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CHUTANDO O BALDE

CHUTANDO O BALDE: QUARTO PODER


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QUARTO PODER

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William Haverly Martins

O saudoso Ministro do STF Teori Zavascki costumava dizer que em matéria de corrupção quando você puxa uma pena vem uma galinha. A profética metáfora do eminente juiz vem se concretizando no dia a dia das investigações, envolvendo todos os poderes da república, inclusive o quarto (MPF), que era a última fronteira da ética e da esperança do povo brasileiro.

O quarto poder agora fica por conta de um punhado de delegados, procuradores e juízes federais movidos por um idealismo exemplar, que comove a nação paralisada e tem o apoio da imprensa isenta deste país.

O caso Geddel Vieira Lima é um dos típicos casos de se puxar uma pena e conseguir uma penosa inteira; até o irmão dele, deputado federal, também está envolvido na maracutaia dos 51 milhões de reais.

O novo áudio do Joesley trouxe não uma galinha, mas um galinheiro inteiro, comprometendo o Procurador Geral e o STF. Janot, visivelmente, perdeu peso e moral, decepcionado com a comprovação de que um dos seus principais colaboradores, Marcelo Miller, também estava envolvido nos grampos da família Batista. Pra completar, Rodrigo Janot foi visto em um bar de Brasília articulando com o advogado de Joesley, em horário e ambiente impróprios a um Procurador Geral.

O presidente Michel Temer já tomou ciência do teor da denúncia da PGR, enviada hoje ao STF, para nortear o segundo processo a ser encaminhado à Câmara dos Deputados. A denúncia de Janot se estende a toda a cúpula do PMDB, e pede o cancelamento das benesses dadas aos irmãos Batista em função de delação premiada. Lúcio Funaro, em sua delação, afiou as garras e diz ter provas envolvendo Temer, Geddel & Cia. Ltda., embora ninguém acredite que a nova procuradora tenha “peito” para enfrentar a situação que se avizinha. E vem aí mais uma pena a ser puxada: Blairo Maggi. Haja galinhas!...

Wesley Batista foi preso em São Paulo, e o irmão, Joesley, teve sua prisão temporária transformada em prisão preventiva, por suspeita de lucro ilegal no mercado financeiro.

O depoimento do ex-presidente Lula ao Juiz Sérgio Moro é mote para comediantes do país inteiro: Palocci, o queridinho do PT, Ministro da Fazenda do governo Lula, contrariou o chefe da quadrilha e virou vilão. Nada mais ridículo do que confrontar Lula com ele mesmo. Os depoimentos de ontem e os de hoje sobre Geddel, Sarney, Collor, Palocci, Temer e tantos outros, mostram um “líder” despreparado, demagogo, sem estrutura mental, à mercê das situações e dos desserviços da esquerda brasileira.

E ainda me criticam quando invoco a participação do PEB (Partido do Exército Brasileiro), mesmo sabendo que nossos atuais generais estão fora do foco do poder, deslocados das raias de ação, porque são raias movidas a corrupção. Nosso problema atual não é o comunismo/socialismo, mas o corrupcionismo e nossos generais não foram, e não estão preparados para enfrentá-lo. Sugiro que a AMAN adicione ao currículo dos aspirantes uma disciplina que ensine aos futuros oficiais a pulverizarem essa praga da sociedade.

Que falta nos faz Golbery do Couto e Silva, Magalhães Pinto, Mourão Filho, Humberto de Alencar Castelo Branco, Geisel e tantos outros grandes personagens, movidos pela preocupação de salvar a pátria das mãos de uma esquerda perdida em si mesma; hoje, desprovida de parâmetros, desde que Cuba foi à falência e os escombros do portão de Brandemburgo sepultaram a ideologia comunista.

Na América do Sul, o Chile é exemplo de país que deu certo, mas todos esquecem que foi o General Pinochet quem começou tudo, quem varreu os corruptos e entregou aos democratas um país saneado, apesar de ter cometido alguns excessos necessários. A diferença é que os presidentes subsequentes deram continuidade ao trabalho do Pinochet.

Os nossos generais também sanearam o Brasil, entregaram o país praticamente sem dívidas, industrializado, com as estatais funcionando e dando lucros, com uma agropecuária em pleno desenvolvimento, com uma infraestrutura forte, a 5ª maior economia do mundo, mas os presidentes subsequentes e demais políticos (gente da pior espécie, eleita pelo voto direto), que passaram mais de 20 anos sem o exercício da corrupção, destruíram o que foi conseguido a duras penas: Sarney, Collor de Mello, Lula, Dilma, Temer.

E vocês querem que eu acredite que vamos resolver o problema do Brasil com a próxima eleição? Ainda faltam muitas penas a serem puxadas, a nova letra do Samba Do Crioulo Doido engatinha os primeiros versos.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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