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CHUTANDO O BALDE

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William Haverly Martins


Rondônia, enquanto embrião gerado na EFMM, foi exemplo mundial de excelência no que tange a tratamento e cuidados médicos, no distante limiar do século 20, nas entranhas da selva amazônica, afeita a endemias, algumas incuráveis, outras desconhecidas.

Além do Complexo Hospitalar da Candelária, durante muitos anos comandado pelo médico Carl Lovelace, o Hospital São José, que o sucedeu nestas terras do poente, também foi testemunha da Medicina, sendo usada a serviço da saúde do ser humano, sem discriminação de qualquer natureza, sob a tutela competente de médicos que honraram o passado da Medicina em Rondônia, entre eles, ícones como Ary Tupinambá Penna Pinheiro e Hamilton Raulino Gondim.

Mas, nem só de passado vivemos, se puxarmos pela memória, seremos capazes de enumerar incontáveis médicos que exerceram com sucesso a sua profissão nesse distante rincão: o êxito profissional e a capacidade administrativa de muitos desses médicos transformaram, progressivamente, meros consultórios em clínicas e hospitais particulares de alta qualidade.

Seria redundante afirmar que o médico deve ter ciência que não há valor maior do que a preservação da vida humana, e que deve cuidar para que a relação médico paciente seja sempre pautada por confiança, dedicação, humanidade e ética. Ainda que o médico não tenha a obrigação de curar, tem, sim, o dever, o compromisso ético de utilizar todos os meios possíveis para chegar a tal fim, inclusive o de trabalhar em locais apropriados.CHUTANDO O BALDE - TRAMBICLÍNICA - Gente de Opinião

Hospital é uma universalidade de fato, formada por um conjunto de instalações, aparelhos e instrumentos médicos e cirúrgicos destinado ao tratamento de saúde, vinculado a uma pessoa jurídica, sua mantenedora, mas que não realiza ato médico, embora responda objetivamente pela infecção hospitalar, pois esta decorre do fato da internação e não da atividade médica em si.

Acontece que alguns médicos, escorados em casas adaptadas, apelidadas de clínicas – pessoa física e pessoa jurídica – abusam da desinformação de pacientes, do desejo de economizar alguns reais, e fazem cirurgias de alto risco em verdadeiras espeluncas, sem um mínimo de qualidade ambiental, arriscando a vida ou comprometendo o bolso do cliente, em outra cirurgia reparadora, feita em hospital de qualidade certificada.

Registre-se, a bem do serviço médico, que tais clinicas, espalhadas por todo o estado e até na capital, não possuem centro cirúrgico, nem UTI mas e unicamente quartos adaptados, nem dispõem de médicos plantonistas, o que põe em risco a vida do paciente operado, que precisa pernoitar nesses locais sujeitos a bactérias de todo tipo.

O que mais preocupa, no entanto, é que essas Trambiclínicas estão sendo autorizadas e reconhecidas como hospitais, por alguns planos de saúde, que visam o lucro a qualquer custo: Salve-se quem puder!!! Por onde anda a Agevisa? E o Ministério Público que não faz uma visitinha de surpresa?

Em todas as profissões existe a turma do “jeitinho brasileiro”, da ética personalista, a que ignora os conselhos fiscalizadores: é o médico que faz de um quarto um centro cirúrgico, é o engenheiro que falsifica uma ART (Anotações de Responsabilidade Técnica), é o advogado que refaz os fatos conforme sua conveniência e por aí vai... Ainda bem que estamos falando de uma minoria em processo de extinção, demorado, mas em extinção.

Observem que não estamos chutando o balde ou o traseiro, porque somos intransigentes e não aceitamos o erro do profissional. O erro ocorre em todas as profissões, mas o médico lida com a vida humana, o que torna seu erro muito mais comprometedor: o profissional que aceita operar em locais minimamente especializados, para ganhar um pouco mais, arriscando perder o paciente por falta de aparelhamento técnico, ou por excesso de bactérias, merece um bom chute no traseiro. Não dado pelo autor, para não sujar seu Ferracini de couro de jacaré, mas pela instituição que cuida dos descaminhos nessas paragens: O Cremero.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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