Quinta-feira, 28 de março de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Economia - Nacional

CNC revisa previsão de queda na receita do setor de serviços



Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou hoje (13) a previsão de queda para o volume de receitas do setor de serviços de 3% para 3,6%. A reavaliação ocorreu após a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou uma perda de 4,4% na receita entre janeiro e maio de 2017, na comparação com os mesmos meses de 2016.

A confederação justificou a decisão pontuando que há uma natural demora de recuperação do mercado de trabalho e um ritmo intenso nas perdas do setor terciário nos últimos meses. Na visão dos analistas da instituição, esses fatores pesam para a piora na projeção de 2017, mesmo diante de uma previsão de comportamento favorável para a inflação e para o custo do crédito na segunda metade de 2017.

O economista da CNC Fábio Bentes explicou que o setor de serviços é menos afetado pelo câmbio e pelo crédito que os outros setores da economia, tem menos possibilidades de exportação e responde principalmente ao mercado de trabalho e à renda da população. O setor tem ainda a peculiaridade de registrar uma inflação mais resistente, segundo Bentes.

Enquanto a variação acumulada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho de 2016 a junho de 2017 foi de 3%, para o setor de serviços, a inflação foi de 5,72%.

"Em outros setores, a atividade acaba sendo resgatada [pela queda da inflação]. Como ela está muito resiliente no setor de serviços, a reação do setor por conta dos preços é muito menos significativa", disse o economista. "O que poderia alavancar o setor de serviços seria uma recuperação do mercado de trabalho".

Fábio Bentes espera um segundo semestre melhor que o primeiro e acredita que isso se reflete na própria previsão, que é de uma queda anual de 3,6%, enquanto de janeiro a maio as perdas somam 4,4%. "A gente está esperando uma queda menor. A situação tende a ser um pouco menos pior", disse, destacando que o setor de serviços é responsável por 44% dos empregos celetistas do país. "Ele é o maior empregador da economia. Se vai mal, isso retarda a recuperação do mercado de trabalho".

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 28 de março de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Programa Social: Novo Bolsa Família cumprirá teto de gastos, diz ministro da Cidadania

Programa Social: Novo Bolsa Família cumprirá teto de gastos, diz ministro da Cidadania

O programa social que pretende substituir o Bolsa Família terá o maior valor possível para o benefício dentro do teto de gastos, disse hoje (9) o mi

Banco do Brasil lança dois programas de desligamento incentivado

Banco do Brasil lança dois programas de desligamento incentivado

O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta segunda-feira (11) dois programas de desligamento incentivado. A expectativa é que a adesão chegue a 5 mil fun

Entre vinhos e lagostas Lewandowski instaura o caos + Não há empregos sem empresas

Entre vinhos e lagostas Lewandowski instaura o caos + Não há empregos sem empresas

Não há empregos sem empresasEm 1985, a inflação no Brasil atingiu o valor de 242,23%. Em 1986, com receio da aceleração descontrolada da inflação, o g

MEI: Quem terá direito ao vale de R$600 e como pedir? + COVID19 no Brasil: cuidados

MEI: Quem terá direito ao vale de R$600 e como pedir? + COVID19 no Brasil: cuidados

COVID19 no Brasil: cuidadosNa tentativa de conter a disseminação do novo Coronavírus (COVID19), diversos países do mundo reforçaram suas medidas de is

Gente de Opinião Quinta-feira, 28 de março de 2024 | Porto Velho (RO)