Quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018 - 21h30
Por Leonardo Goy e Luciano Costa
BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - A Eletrobras vai assumir mais de 11 bilhões de reais em dívidas de suas distribuidoras de eletricidade, além de possíveis passivos ou créditos das empresas junto a fundos do setor elétrico, para viabilizar a privatização dessas subsidiárias, segundo decisão dos acionistas da estatal em assembleia nesta quinta-feira, disseram duas fontes à Reuters.
O encontro, que aprovou a venda das seis concessionárias de distribuição do grupo, que atendem Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí, aconteceu com atraso devido a protestos de sindicatos contra o negócio que chegaram a impedir por algumas horas a entrada dos acionistas no prédio onde ocorreria a assembleia.
A Eletrobras precisou recorrer à polícia e mais tarde a uma ação judicial para conseguir liberar a entrada dos executivos e acionistas que participariam da reunião, em meio a um tumulto nas redondezas que contou até com a presença de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Ao final das discussões, a decisão foi de "subir" as dívidas e eventuais passivos para a holding Eletrobras para evitar riscos de um fracasso na venda das distribuidoras, que a empresa quer concluir até o final de abril.
O resultado foi antecipado pela Reuters na semana passada com informação de uma fonte.
O governo do presidente Michel Temer já anunciou planos de privatizar a Eletrobras como um todo, mas a alienação das subsidiárias de distribuição era prevista antes, até como meio de aumentar a atratividade do negócio.
Fortemente deficitárias, as distribuidoras serão oferecidas aos investidores em leilão a ser realizado na bolsa paulista B3 por um valor simbólico, de 50 mil reais cada, associado a obrigações de aportes de recursos e investimentos nas empresas.
A Eletrobras havia anunciado que iria liquidar as empresas caso a venda não fosse aprovada, devido aos elevados prejuízos em suas operações.
A liquidação, no entanto, geraria custos bem maiores para a companhia e ainda poderia resultar em incertezas sobre como se daria a continuidade do fornecimento de eletricidade nos Estados.
PASSIVOS E CRÉDITOS
As distribuidoras da Eletrobras têm sido cobradas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a devolver até 4 bilhões de reais a fundos que custeiam subsídios no setor elétrico e são abastecidos por cobranças nas tarifas dos consumidores.
A empresa tem alegado, no entanto, que mudanças legislativas e decisões judiciais devem transformar esses passivos em um crédito a favor das distribuidoras de até 8,5 bilhões de reais.
Em meio às incertezas, a opção dos acionistas, liderados pela União, foi de "subir" esses eventuais passivos ou créditos para a holding Eletrobras, deixando as distribuidoras "limpas" para atrair mais investidores.
Duas unidades de conservação na Amazônia receberão investimentos da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE)
Teste de autorrestabelecimento é feito com sucesso na UHE Jirau
As Unidades Geradoras (UG) são desligadas para simular um apagão
SPIC - Chinesa tem pressa para comprar hidrelétrica Santo Antônio
As negociações duram mais de um ano, e agora a SPIC corre para concluir a transação antes da posse de Bolsonaro na Presidência
Mais de 940 mil m³ foram dragados do rio Madeira em 2018
O processo consiste em escavar o material que está obstruindo o canal de navegação e bombear o volume a pelo menos 250 m de distância desse canal.A