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Roque

gillettePRESS: Futebol é (quase) TUDO para o brasileiro



Foi dada a largada de uma corrida de obstáculos contra o tempo para viabilização da Copa do Mundo, no Brasil. Num horizonte temporal de apenas cinco anos, o país deverá reunir condições logísticas e infraestrutura condizente com a magnitude do evento.
 
O cenário geral é o mais adequado no tocante ao sentimento reinante de entusiasmo na população para sediar o certame esportivo. Somos, inegavelmente, vocacionados para hospedar a competição máxima desse esporte.
- A paixão pelo futebol foi registrada na expressão do saudoso Nelson Rodrigues “a pátria de chuteiras reflete a alma do povo brasileiro”.
 
Não podemos esquecer que os gargalos no setor de infraestrutura são entraves que comprometem o desenvolvimento econômico e social e, por conseguinte, ameaçam a realização da Copa no Brasil.
 
O alarde inicial de que apenas as obras de infraestrutura seriam responsabilidade do Governo Federal não resistiu ao choque de realidade. O presidente da CBF declarou que nove das doze arenas que serão utilizadas no Mundial deverão recorrer aos cofres públicos para pagar suas reformas.
 
Nesse contexto, os precedentes inspiram cuidados. O itinerário tortuoso percorrido ao longo da preparação dos jogos Pan-Americanos foi marcado por orçamentos irreais, contratos aditivos nebulosos e pouca transparência.
- Os rastros de suspeição dessa trajetória são indeléveis e não podem ser reproduzidos sob pena de macular o acontecimento.
 
 Os investimentos em infraestrutura precisam ser ampliados com a máxima urgência. O Brasil precisa gastar 3,2% do PIB (Produto Interno Bruto), ao ano, apenas para manter o estoque mínimo até o próximo ano. O gasto atual está no patamar de 1%.
- Uma projeção que dimensiona o déficit nesse setor pode ser constatada se considerarmos que para alcançar o estoque de infraestrutura da Coréia, por exemplo, o Brasil precisaria gastar 9% do PIB ao ano.
 
Estudo do Banco Mundial
 
 “Como revitalizar os investimentos em infra-estrutura no Brasil: políticas públicas para melhor participação privada”. Segundo o referido estudo se faz necessário reduzir os riscos locais nas concessões de infraestrutura.
Nesse quesito, o Brasil é detentor de um nível de risco superior à grande totalidade dos países, em razão da instabilidade no setor, o que contribui para criar obstáculos à participação privada nas concessões de infra-estrutura.
 
Os riscos regulatórios
afugentam os investimentos
 
A iniciativa privada não oferecerá financiamentos vultosos, caso persistam as atuais incertezas jurídicas causadas por imprecisões legais e alterações políticas.
 
É preciso reformular o desenho das concessões coibindo a freqüente renegociação dos contratos e aprimorar o funcionamento das agências reguladoras.
 
Cá com meus botões
 
“Não podemos receber milhares de turistas pelos atuais portais de entrada, sem falar nos aspectos de segurança, saúde e transportes públicos. A fiscalização e a transparência devem estar presentes nos preparativos, do contrário não teremos uma Copa limpa.” - Álvaro Dias, senador.

Fonte: AntÔnio Roque

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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