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Investimentos na ciência e pesquisa colocam Rondônia em destaque no cenário nacional


Em um momento de crise nacional, em que a área da ciência, tecnologia e inovação (CTI) sofre declínio com cortes de investimentos financeiros públicos, Rondônia segue contra a correnteza, fazendo a diferença em vários setores da economia e se destacando no cenário nacional a partir da criação da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa de Rondônia (Fapero).

Nos últimos quatro anos, de acordo com Andreimar Soares, diretor científico da Fapero e doutor em bioquímica, pelo menos R$ 39 milhões foram aplicados em vários programas de apoio à ciência e pesquisa em todas as áreas do conhecimento, como ciências sociais aplicadas, agrárias, biológicas, humanas, entre outras, com cerca de 300 beneficiários, entre bolsistas de iniciação científica, mestres, doutores, pós-doutores e pesquisador visitante sênior. Nesta segunda-feira (16), quando se comemora o Dia da Ciência e Tecnologia, que tem por objetivo lembrar as descobertas importantes e incentivar os cientistas a desenvolverem novas pesquisas, o estado tem muito a comemorar, conforme garantiu Andreimar Soares.

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O diretor científico da Fapero, Andreimar Soares, afirma que havia uma lacuna, que hoje é preenchida com os investimentos do governo

Ele lembrou que chegou a Rondônia em 2011, quando o estado ocupava uma pontinha do ranking nacional da área CTI. Com a criação da Fapero, pela Lei nº 2.528, de 25 de julho de 2011, as ações começaram a ser implementadas a partir de 2013, com o programa de apoio à pesquisa em saúde desenvolvido em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e recursos de R$ 800 mil. De 2014 a 2015 novos acordos foram firmados com as duas instituições, ampliando os investimentos para R$ 20 milhões. E recentemente foram anunciados outros R$ 9 milhões para o Programa Acelera Rondônia com o lançamento de seis editais, cujas inscrições terminam na próxima segunda-feira. “Nestes últimos quatro anos foram lançados mais de 20 editais, e como pesquisador sinto a diferença, e sou grato pelo que está acontecendo como retorno à sociedade, que é a principal beneficiada”, disse. 

Os programas lançados são voltados aos jovens do ensino fundamental e médio (iniciação científica junior), graduandos (iniciação científica), pós-graduandos, mestres, doutores, pós-doutores e até o visitante sênior, voltado a professores antigos que acompanham os novos pesquisadores, consolidando as ações.

O diretor citou como exemplos o programa de capacitação e fixação de recursos humanos (Cafix) para graduandos e mestres, que visa contribuir com que estes profissionais permaneçam no estado; e a rede de laboratórios de pesquisa em agricultura e meio ambiente, que vai mapear e identificar os laboratórios de pesquisa no estado com a proposta de agregar e consolidar essas pesquisas para o fortalecimento do agronegócio. “Com isso, não precisaremos mais encaminhar amostras para pesquisas em outros estados”, explicou.

Para o doutor em bioquímica, o avanço do setor ocorre em Rondônia pelo fato de o governador Confúcio Moura saber a importância da ciência e pesquisa como agente transformador para o desenvolvimento. “Temos uma lacuna porque não havia investimento em pesquisa no estado”, afirmou, observando que em países como os Estados Unidos não se tiram recursos da ciência e tecnologia, pois são áreas que requerem continuidade para não retroceder. “Precisamos reverter este quadro, formando e fixando esses pesquisadores aqui para movimentar a cadeia produtiva”, conclamou, reforçando que países subdesenvolvidos vendem matéria-prima a preço baixo (de banana) e a compram processada por um alto preço (de diamante).

Sobre a programação da Semana de Ciência e Tecnologia, que será realizada de 23 a 29 deste mês, em nível nacional, Andreimar Soares informou que em Rondônia já foi iniciada no final de agosto, com o Primeiro Simpósio de Pesquisa da Faculdade São Lucas, enquanto que de 17 a 20 deste mês será realizado o Congresso de Pesquisa e Extensão do Instituto Federal de Educação (Ifro), ambos contando com a participação da Fapero. “Em 2016 Rondônia ficou em quinto lugar com as atividades de popularização da ciência, tecnologia e inovação”, lembrou.

Entre tantas descobertas e invenções que têm feito a diferença em nível mundial, estão o telefone, uma invenção de Alexandre Graham Bell; lâmpada, Thomas Edson; imprensa, Johannes Gutenberg; vacina, Oswaldo Cruz; e o 14-Bis (protótipo do avião), Alberto Santos Dumont, esses dois últimos brasileiros.


Fonte
Texto: Veronilda Lima
Fotos: Jeferson Mota
Secom - Governo de Rondônia

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