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Lúcio Flávio Pinto

Juízes põem moralidade água abaixo - Por Lúcio Flávio Pinto


 

LÚCIO FLÁVIO PINTO
Em Belém

Juízes federais têm direito a auxílio-moradia, que atualmente vale 4.4 mil reais, e a aumento nos seus salários, que estão defasados. É verdade. Mas os juízes federais não têm direito de grevar, como estão fazendo neste momento.

O salário bruto (sem descontos) de um juiz federal em início de carreira, é de R$ 27,5 mil. Os integrantes da carreira jurídica têm, graças ao bacharelismo que ainda impera no País, os melhores vencimentos do serviço público.Juízes põem moralidade água abaixo - Por Lúcio Flávio Pinto - Gente de Opinião

Logo, ao invés da paralisação, à qual aderiram os juízes trabalhistas e procuradores federais, podem suportar uma demanda judicial, que, se demorada, não deixa de funcionar como feitiço contra o feiticeiro. Têm gordura para queimar, ao contrário da imensa maioria dos cidadãos brasileiros, cujo corte orçamentário já lhe atingiu os ossos.

MORALIDADE ÁGUA ABAIXO

Mesmo os magistrados que possuem imóvel próprio no local em que atuam recebem o auxílio. Alegam que, além de ser legal, sua moralidade se baseia na existência da defasagem, gerada por anos sem o devido reajuste dos salários.

A moralidade vai água abaixo e se sobrepõe à legalidade pelos salários da magistratura, suficientemente digno para lhe possibilitar o bom desempenho do seu ofício. Devem lutar por melhorias, mas não através de uma greve.

Se contar com a adesão que os promotores do ato esperam, a paralisação vai mostrar ao cidadão comum como é ocioso, supérfluo ou desnecessário o serviço jurídico. A outros, estimulará a apuração com rigor dos desvios e irregularidades que dão à magistratura a aparência de um mandarinato, inaceitável num país com  graves dificuldades, como está o Brasil.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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