Domingo, 14 de maio de 2017 - 05h01
Frei Betto
Em sua crônica de domingo, 7/5, em O Globo, Veríssimo diz que escolheu como Deus, no qual racionalmente se pode acreditar, aquele que se arrependeu de sua obra, admitiu o seu erro, levantou a poeira e deu a volta por cima para começar de novo – o Deus do Dilúvio, “Deus das dúvidas e do segundo pensamento. Um Deus com quem, decididamente, se pode conversar.”
Veríssimo não necessitava ir tão longe para encontrar o Deus multifacetado do Antigo Testamento. Bastaria ir àquele que revelou, em sua humanidade, a face real de Deus – Jesus de Nazaré.
Ali está o Deus que xinga o governador de “raposa” e os fariseus de “raça de víboras e sepulcros caiados”; se irrita com Pedro, a ponto de chamá-lo de “satanás”; se equivoca na escolha de Judas como apóstolo; passa à família a impressão de que enlouqueceu; faz o primeiro milagre, não para salvar uma pessoa, e sim para a festa não acabar, ao transformar água em vinho; se revela pela primeira vez como Messias a uma mulher; chora por que o amigo morreu; e deixa os abastados numa saia justa ao afirmar que é mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.
Humano assim como foi Jesus, ele só podia mesmo ser Deus, afirma Leonardo Boff.
Frei Betto é escritor, autor de “Um Deus muito humano” (Fontanar), entre outros livros.
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