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Silvio Santos

Padre Bento - O Capelão que vai construir a igreja militar - Por Zekatraca


 Padre Bento - O Capelão que vai construir a igreja militar - Por Zekatraca - Gente de Opinião

 
Minha infância foi uma proximidade com a minha tata tara avó que viveu até o ano de 2014 com 113 anos de idade, era muito conhecida na cidade, fez parto de muita gente
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Padre Bento - O Capelão que vai construir a igreja militar - Por Zekatraca - Gente de Opinião
Padre Bento


O Capelão que vai construir a igreja militar

 
A Base Aérea de Porto Velho em toda sua existência em nossa cidade, sempre contou com a presença de um Capelão, porém até bem pouco tempo, as atividades religiosas da capelania eram realizadas na paróquia de São Cristóvão. Até que o jovem Capelão Alexandro Daniel da Silva Bento (32) chegou há mais ou menos um ano e meio e assumiu a capelania. “Fiquei preocupado, pois não tínhamos pelo menos uma capela para realizarmos nossas obrigações religiosas”. Jovem empreendedor, Bento conseguiu autorização do Comando da Bse e transformou um galpão em Capela onde inclusive já formou turma de primeira comunhão. “Até o arcebispo militar de Brasília veio prestigiar a formatura da primeira turma”. Recentemente conseguiu um espaço de terra ao lado do CESOF no centro de Porto Velho onde pretende e vai conseguir, erguer a primeira igreja militar de Porto Velho. “A pedra fundamental será lançada no próximo dia 2 de abril”. Quer saber mais sobre esse jovem religioso, leia a entrevista que segue.


 

E N T R E V I S T A

Zk – Vamos falar sobre sua missão?

Bento
– Sou Capelão da Base Aérea, estou aqui em Porto Velho ha mais ou menos um ano e meio. Vim direto da escola pra cá. Sou natural de São Paulo.


Zk – Como se deu a entrada na aeronáutica?

Bento
– Prestei concurso para a Força Aérea Brasileira e fui designado para a Base Aérea de Porto Velho, aliás, hoje não é mais Base e sim Ala Meia devido a nova estruturação da FAB que estará completando 100 anos. Quando vim pra cá já foi como Capelão.


Zk – E sua formação como padre?

Bento
– Minha formação como padre inicialmente aconteceu pela arquidiocese Militar de São Paulo onde recebemos todos os estudos teológicos, depois fomos dignados em missão, como Capelão temporário em Manaus (AM) pelo Exército Brasileiro. Nesse ano que estava como temporário, prestei concurso para a Força Aérea e fui aprovado, fiz a preparação no CEAA de Belo Horizonte e fui designado no dia 22 de maio de 2015 para a Base de Porto Velho.


Zk – Qual a patente militar do Capelão?

Bento
– Começa como Aspirante, vai a Segundo Tenente, 1º e 2º Tenente, Capitão enfim segue o curso normal da força. Hoje eu sou 2º Tenente. Coronel é a graduação maior. Também temos Arcebispo que é equiparado ao General de Três Estrelas, ele é lotado no Ministério da Defesa como se fosse um assessor do Ministro. O Arcebispo é nomeado pelo Papa Francisco, porém, o Arcebispo Militar tem que ser aprovado também pelo Presidente da República.


 Zk – Quanto tempo dura os estudos para a pessoa se tornar padre e onde o senhor atua como padre além da Base Aérea?

Bento
– O tempo mínimo para a nossa formação é de oito anos, contando 4 anos de filosofia e mais 4 anos de teologia. Além de ser Capelão da Base Aérea, até recentemente, também atuava como Capelão do Exército e também auxiliando na PM e nos Bombeiros. Até poucos dias, eu era o único Capelão Militar na guarnição de Porto Velho, porém, exclusivo da Base Aérea.


Zk – O senhor é conhecido principalmente na Paróquia de São Cristóvão como o Capelão que conseguiu criar uma Capela na Base Aérea. Fale sobre essa Capela?

Bento
– Quando aqui cheguei o Capelão celebrava as missas na Paróquia de São Cristóvão em dois horários determinados para os militares e vi que isso não era suficiente, já que nosso serviço é exclusivo, as Forças militares, não que impeça de que tenhamos convênios com a Arquidiocese de Porto Velho até porque, dentro da Base Aérea muitos civis participam das nossas ações pastorais e sociais. Quando cheguei não tinha capela, não tinha nada e eu fiquei preocupado, ansioso porque não é só cumprir expediente. Hoje já funciona num salão que foi transformado em capela. Além das missas a gente tem catequese, crisma, formamos a primeira turma para a 1ª comunhão no ano passado inclusive contamos com a presença do Arcebispo Militar lá de Brasília. Nossa capelania é uma estrutura paroquial.


Zk – E agora quais os novos planos?

Bento
– Se faz necessário se ter uma igreja. Conseguimos um local (terreno) onde iremos construir nossa paróquia militar, nossa igreja militar, que vai servir não só para a Base Aérea, mas, para o Exército, PM, Bombeiros e civis, o acesso vai ser muito mais fácil, hoje pra a pessoa entrar na Base Aérea existem as normas de segurança que devem ser cumpridas, por isso, hoje nosso público é reduzido.


Zk – E o que é preciso para o senhor realizar esse sonho?

Bento
– Precisa mesmo é força de vontade que é o que temos no momento e trabalhar junto com as parcerias, amigos que possam nos ajudar a desenvolver a construção da igreja.

Zk – Qual será o santo ou a santa patrona da igreja?

Bento
– O padroeiro da Força Aérea Brasileira como da aviação em geral é Nossa Senhora de Loreto. Do Exército é Nossa Senhora da Conceição, dos Bombeiros São João de Deus, da PM é São Miguel só que aqui em Rondônia especificamente, é consagrado São José.

Zk – No caso da igreja da Base Aérea quem será o Patrono?

Bento
– Ainda estamos estudando, aceitamos inclusive sugestões, porém, desejamos consagrar essa igreja militar a Nossa Senhora. Quem sabe Rainha dos Apóstolos, Rainha dos Militares, Santa Maria Mãe dos Militares, são coisas que a gente vai definir depois.

Zk – Essa igreja será construída dentro da Base Aérea?

Bento
– Não, o local é bem privilegiado, fica bem no centro da cidade, entre as vilas da Aeronáutica e do Exército na área onde está o CESOF com a frente para Herbert de Azevedo. A igreja deverá abrigar no mínimo 500 fies.

Zk – Existe um tempo determinado para o Capelão ficar numa guarnição ou região?

Bento
– A gente segue o código do direito canônico que determina que os padres fiquem nas localidades, num tempo mínimo de 4 anos. No meu caso, estaria saindo daqui em 2019, mas, pode se prolongar.

Zk – Já estamos chegando ao final dessa conversa e até agora não sabemos o seu nome de batismo. Qual é?

Bento
– Alexandro Daniel da Silva Bento. Tenho um irmão padre e ele serve a Força Aérea também lá em Curitiba, tenho um tio que também é padre redentorista, isso quer dizer, que a trajetória da nossa família já tinha alguns frutos.

Zk – Além da graduação em teologia e filosofia tem mais algum curso?

Bento
– Sim, tenho filosofia, teologia que são graduações e tenho também uma pós-graduação em filosofia pela UNICAMP e um Mestrado pela PUC de São Paulo.

Zk – E sua infância como foi?

Bento
– Minha infância foi uma proximidade com a minha tata tara avó que viveu até o ano de 2014 com 113 anos de idade, era muito conhecida na cidade, fez parto de muita gente e era muito amiga dos Frades Franciscanos Conventuais. Sou natural da cidade de Agudos onde até pouco tempo, existia o maior Seminário da América Latina então, minha infância toda foi em contato com esses frades, até pensei que ia ser franciscano.

Zk – E?

Bento
– Hoje sou diocesano da arquidiocese militar. Não fui franciscano por insegurança da minha mãe. Aos 13 anos queria ir pro Seminário e como era muito novo e tinha que sair de Agudos para ir pro sul receber as formações fundamentais e médias ela não deixou.

Zk – Quando vai ser a largada da construção da igreja da Base Aérea?

Bento
– Está previsto para o dia 2 de abril, o lançamento da pedra fundamental da nossa igreja na Herbert de Azevedo com a Santos Dumont e contamos com a colaboração dos amigos da Base Aérea, da Brigada, da PM dos empresários. Nossa igreja não vai servir apenas aos militares, estará aberta a toda comunidade civil. Aproveito para agradecer por essa entrevista.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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