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Sergio Pires

PÁGINA DA TRANSPARÊNCIA FALA DE MUITOS MÉDICOS NOS POSTOS E NA UPA. ONDE ELES ESTÃO? Por Sérgio Pires


 

PÁGINA DA TRANSPARÊNCIA
FALA DE MUITOS MÉDICOS
NOS POSTOS E NA UPA. 
ONDE ELES ESTÃO?

Claro que a saúde pública é e continuará sendo, durante anos, o calcanhar de Aquiles da administração pública, em todos os níveis. Na maioria dos casos, o problema é de gestão, porque dinheiro tem. As dificuldades são imensas, a começar por uma afirmação que poucos gostam de fazer: o brasileiro é um povo doente. A procura é sempre muito, mas muito maior que a oferta! O problema é que os números de pessoas atendidas, no geral são tão pífios, ante a enorme necessidade, que esse calcanhar para já ter sido atingido por várias flechadas. Uma citação apenas: há quem espere 10 anos por uma cirurgia. Precisa dizer mais? Afora isso, o povo está mais esperto, para fiscalizar, aprendendo a buscar informações junto às redes sociais, para saber o que está realmente havendo.PÁGINA DA TRANSPARÊNCIA FALA DE MUITOS MÉDICOS NOS POSTOS E NA UPA.  ONDE ELES ESTÃO? Por Sérgio Pires - Gente de Opinião A saúde do Estado melhorou sim, embora longe do ideal. Mas o mesmo não se pode dizer da municipal, em Porto Velho. Mesmo com todo o dinheiro investido, com todos os gastos, com projetos e alguma estrutura, a saúde não sai do lugar. Falta de gestão? Também. Mas um porto velhense atento trouxe à coluna dados que se impõem discutir, porque ele pesquisou e ficou pasmo. Por exemplo: na Página da Transparência, da Prefeitura, há a informação de que a Policlínica Ana Adelaide tem 36 médicos para atender ao público. A UPA da Zona Leste tem outros 26. Onde estão esses profissionais? Na Ana Adelaide, desde o governo de Roberto Sobrinho, a qualidade do atendimento despencou. Era ali o protótipo da qualidade do serviço de saúde da cidade.

Ganha um prêmio quem encontrar ao menos parte destes 36 médicos que, segundo a Transparência, estão lotados naquela unidade. E a UPA da Leste? Cadê os 26 médicos? Neste final de semana, por exemplo, na maioria do tempo havia apenas um profissional de plantão. O que está acontecendo? A Prefeitura não está pagando corretamente seus médicos? Se não está, eles devem ir correndo à Justiça, buscar seus direitos. Mas se estão recebendo certinho, é a população que tem que cobrar fiscalização, dureza, comprometimento e até a substituição de profissionais que eventualmente não estejam cumprindo seus compromissos e seus plantões. Não há outra alternativa.

HORA DE FALAR A VERDADE

As deficiências da saúde pública são formadas por um pacote imenso de desrespeito, lava mãos, “os outros é que resolvam”,  “já fiz a minha parte” e a “culpa é de quem administra”. Tudo isso é correto se dizer, mas é importante também que os profissionais, contratados e pagos, cumpram seus compromissos religiosamente. Não é possível que apenas alguns o façam. De parte da Prefeitura, está na hora de começar a falar com clareza o que está acontecendo e porque não há fiscalizando e dura cobrança, até porque nenhum dos seus contratados está fazendo favor ou um trabalho gratuito. Todos ganham e ganham bem. E se não ganham, logicamente que o correto é deixar o lugar para quem quer fazer o trabalho corretamente. São só os médicos os culpados? Claro que não. Mas quando uma unidade de saúde tem 36 profissionais recebendo e a boa parte  deles não é encontrada no trabalho, alguma coisa está muito errada. E quem achar ruim, que faça como o porto velhense que fiscaliza: vá à Página da Transparência da Prefeitura e verá que se está falando claramente a mais pura verdade.

 O BRASIL DOS OUTROS

Fazer as coisas certas, é obrigação dos outros. Lutar contra a corrupção é coisa dos outros. Tudo deve ser justo e correto, mas para os outros. Levar vantagem é isso. Muitos brasileiros vão  às redes sociais, na base da hipocrisia, alardear seu protesto contra a podridão que tomou conta do país. Por culpa dos outros. É inacreditável esse sentimento que domina a maioria das pessoa. Em Porto Velho, ocorreu um exemplo desses, nesta semana. Mãe de uma Miss (dessas que abundam em concursos que escolhem todo o tipo de representantes, todos de olho num dinheirinho), exigiu, publicamente, que a secretária Ivonete Gomes, dos Esportes, conseguisse um patrocínio, com dinheiro público, para que a filha dela representasse Rondônia num desses concursos que inundam as colunas sociais e que, é claro, jamais devem ser regados a verbas públicas. Quem quiser participar, que o faça, mas às suas custas ou de patrocínios privados, senão os cofres públicos viveriam só para abastecer essas coisas. Mas exigir publicamente dinheiro público, para estadia e passagens de uma “Miss”, tirando-o de projetos sociais, onde cada centavo é vital, daí já é demais. A secretária Ivonete não aguentou e deu uma dura na mãe pedinte. Com toda a razão!

O BASA E A ENERGIA SOLAR

A partir de 2018, o FNO, o Fundo Constitucional do Norte, começará a financiar projetos de pessoas físicas para instalação de placas de energia solar em suas casas. Isso vai beneficiar milhares de pessoas que pagam preços exagerados pela energia que consomem e a terão barata  e de qualidade, com investimentos baixos, tudo financiamento pelo Banco da Amazônia, via FNO. Há, neste contexto, um outro enorme benefício. A energia que não for consumida pela residência onde o sistema é implantado, por ser comercializada, ou seja, ter energia solar em casa, além de diminuir muito o custo do consumo, ainda pode se tornar uma renda extra. O empresário Kruger Darwich, um dos pioneiros da implantação da energia solar em Rondônia, através da empresa Eletrowatt Solar (contato pelos fones 99903 2212 e 99219 90050), comemora a inovação. Kruger batalha há longo tempo para que esse tipo de energia, abundante, pura e sem qualquer agressão ambiental chegue nas empresas, na zona rural e nas residências urbanas. Com o financiamento do BASA, a juros baixos, a inovação pode dar um salto no Estado e em toda a região norte.

NÃO MAIS QUE 600 ANOS

“Se a Humanidade não se tornar uma espécie espacial nos próximos cinco séculos, talvez seja extinta. O crescimento populacional e o aumento do consumo de energia transformarão a Terra em uma bola de fogo até 2600. Por isso, é imprescindível desenvolver tecnologias que possibilitem a colonização de um outro planeta com a maior urgência possível, para que a Humanidade possa sobreviver”. As palavras de Stephen Hawking, o cientista mais respeitado do mundo, assustaram todos os participantes de um evento sobre o futuro do Planeta, na China. Ele foi mais longe e sugeriu a busca do Planeta Ross 128 b com o 'novo lar' para os terráqueos. De acordo com Hawking, há várias ameaças para a humanidade que podem provocar a extinção da nossa espécie, tais como as alterações climáticas e a superpopulação. O supercientista, de 75 anos, que criou a Teoria do Buraco Negro e, mesmo com uma doença degenerativa irreversível, é uma das figuras mais respeitadas do Planeta, na sua área, anda muito pessimista em relação à Terra.

O 5º BEC ATACA NA ZONA LESTE

Prefeitura e 5º BEC formalizaram convênio, semana passada, para obras de infraestrutura e asfaltamento de mais de 27 quilômetros, nos bairros Mariana e uma parte menor no São Francisco. O prefeito Hildon Chaves comemorou, via redes sociais, o início dos trabalhos, que devem durar cerca de dois anos e transformar para muito melhor a vida da comunidade de toda a região. Há ainda um aspecto muito positivo nesse contexto: obra do 5º BEC é sempre obra de qualidade. Cada vez que as equipes do Exército atuam em frentes de trabalho, os resultados são dos mais positivos. Além, é claro, de outra questão: não há denúncias de  malfeitos. O canteiro de obras já começou e os moradores dos dois populosos bairros estão contando as horas para que o serviço comece. Aliás, falando em zona leste, um alerta à Prefeitura: se não usar logo o dinheiro de um convênio para construção de um centro esportivo naquela região da Capital, os 4 milhões de reais já liberados, vão voltar aos cofres da União e Porto Velho vai perder toda essa grana. Está avisado!

COZINHANDO NO ÁLCOOL

Onde estão os números reais da inflação? Ora, sabe-se que os preços dos combustíveis influenciam altas generalizadas em praticamente todos os produtos consumidos. Num país onde tudo depende da malha rodoviária e do transporte de cargas via terrestre, cada vez que há um reajuste na gasolina ou no óleo diesel, a tendência é que outros preços cresçam também. Pois a ciranda de aumentos da gasolina, que em breve vai bater nos pornográficos  5 reais em todo o país e em Rondônia pode subir ainda mais, parece que não afeta em nada os números oficiais da inflação. Muito menos o custo da botija de gás de cozinha, que chegou a um preço proibitivo para milhões de famílias brasileiras, que estão voltando a usar ao fogão a lenha. Em Pernambuco, por exemplo, o npumero de queimados subiu assustadoramente. Motivo? Gente cozinhando seus alimentos com álcool e, sem os devidos cuidados, sofrem queimaduras graves. Porque não têm mais dinheiro para comprar gás. Ora, o que está acontecendo neste Brasil? Com esses aumentos brutais, não há reflexo na inflação? O governo continua anunciando que ela nçao passará dos 3 por cento neste ano. Alguém aí que vai às compras, abastece seu carro ou usa gás para cozinha, acredita numa história dessas>

PERGUNTINHA

Se a botija do gás chegar a 200 reais no ano que vem, pela evolução dos preços, você vai jogar seu fogão no lixo e construir um velho forno à lenha, para poder sobreviver?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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