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Revista Momento

Repórter do 'New York Times' busca o Mapinguary em Rondônia



O jornal “The New York Times” (NYT), de Nova York, o mais importante jornal dos Estados Unidos, enviou um repórter a Rondônia, Larry Rohter, para procurar o Mapinguary nas selvas do Estado, o monstro mitológico da floresta amazônica. 

Rohter era correspondente do NYT no Brasil, morava no Rio de Janeiro, e vir a Rondônia (depois foi ao Acre) procurar o Mapinguary foi um das mais difíceis missões de sua carreira, marcada, aliás, por um quase incidente diplomático quando escreveu um artigo sobre o presidente Lula ser cachaceiro e por aventuras tragicas: ele estava a bordo do jato Legacy que derrubou o Boeing da Gol no norte de Mato Grosso,. em setembro de 2007, e matou 154 passageiros. 

Larry Rohter foi quem irritou a Aeronáutica quando disse que o espaço aéreo brasileiro era uma bagunça– e previu os “apagões” aéreos que abalaram o Brasil nos meses subsequentes e as negligências que resultariam na tragédia com o avião da TAM na inadequada pista do aeroporto de Congonhas, São Paulo. 

Foi com toda essa credibilidade que ele foi enviado pelo “New York Times” para procurar o Mapinguary nas selvas de Rondônia. Parecia uma viagem de turismo, mas não foi. Rohter enfrentou mosquitos, calor, passou noites na selva, subiu em árvores, procurando o monstro de mais de dois metros de altura, que tem só um olho na testa, como o Ciclope da mitologia grega, e tem uma enorme boca na barriga, com que devora as pessoas que cruzam seu caminho. 

Rohter em sua reportagem, cita relatos dos nativos que viram a fera e falam que boca so monstro expele um forte e extremamente desagradável odor, que abala psicologicamente quem o respira, e emite um rugido enlouquece quem o ouve. 

 Repórter do 'New York Times' busca o Mapinguary em Rondônia  - Gente de Opinião
Larry: na busca do monstro mitológico


Ao subir em árvores, o repórter do “New York Times” não estava apenas buscando um melhor ponto de observação da selva. Era também uma precaução contra um possível ataque da criatura. Mesmo que o repórter estivesse (por via das dúvidas) armado com um revólver, pouco adiantaria atirar contra o monstro. 

O NYT explica aos seus leitores que o Mapinguary “tem um grosso e emaranhado pêlo, que esconde uma carapaça resistente a balas e flechas”. “O único meio de matar um Mapinguary é baleando-o na cabeça”. Mas, continua ensinando o jornal novaiorquino, isso é muito difícil porque o monstro “tem o poder de confundir”, de “transformar o dia em noite” e a única coisa a fazer é subir numa árvore e se esconder entre os galhos. 

Rohter fazia isso, com sua câmera fotográfica a tira colo. Uma foto do Mapinguary de Rondônia daria a Rohter um Prêmio Pulitzer, o mais prestigioso prêmio de jornalismo dos Estados Unidos. 

Mas, o Mapinguary, que não costuma se esconder dos intrusos, segundo afirma a reportagem do NYT, não apareceu. 

Um naturalista norte-americano, David Oren, do Instituto Emílio Goeldi, de Belém, diz que o monstro mora numa caverna próxima de Porto Velho, nas terras dos índios Karitiana – que talvez seja alagada pela usina hidrelétrica de Santo Antonio. Assim, o monstro. aparentemente, mudou-se de vez para o Acre – que visita com frequência, segundo os pesquisadores.

Ao jornalista do “New York Times” restou escrever um texto com 930 palavras (5.649 caracteres), sobre o monstro, procurando ser o mais realista possível ao ponto de redigir a palavra Mapinguary de uma forma que os norte-americanos pudessem pronunciá-la com o som da grafia em português: "pronunciem ma-ping-whar-EE", ensinou Rohter aos seus leitores, explicando que a palavra significa "animal que ruge" ou "besta fedida". 

O NYT publicou a materia com o título “A Huge Amazon Monster Is Only a Myth. Or Is It?” – “O monstro gigante da Amazônia é somente um mito ou existe?” 

As primeiras palavras da reportagem são: ”Perhaps it is nothing more than a legend, as skeptics say”… que em português significam: “Para os céticos, é apenas uma lenda; para aqueles que o viram, é real. O fato é que a simples menção ao Mapinguary, o monstro gigante da Amazônia, provoca arrepios nos habitantes da maior floresta tropical do mundo. 

Pé Grande Tropical ou Yeti da Amazônia 

 Repórter do 'New York Times' busca o Mapinguary em Rondônia  - Gente de OpiniãoExpedições foram organizadas em busca do "Pé Grande" tropical mas as buscas são infrutíferas. Ninguém sabe explicar a origem da criatura. "Para mim é claro que a lenda do Mapinguary é baseada no contato com a ultima preguiça gigante", mil anos atrás" — comenta David Oren, diretor do Instituto Goeldi em Belém na foz do rio Amazonas — "Nós sabemos que espécies extintas podem sobreviver, como lendas centenárias. Mas se esse animal ainda existe é outra questão, que não podemos responder.” 

Rohter lembra que o Dr.Oren falou com cerca de duzentas pessoas que tinham visto o Mapinguary em partes remotas da Amazônia e boa parte delas tiveram contato direto com a preguiça gigante. Em algumas áreas ela é descrita com dois olhos, em outras.” 

Oren esteve em Porto Velho e em suas buscas ao Mapinguary acompanhou-se do fotógrafo-documentarista Luís Brito. 

Oren precedeu Rohter nessa caçada e eu escrevi sobre suas buscas para a agência americana “The Associated Press” e posso afirmar que fui o primeiro a chamar o Mapinguary de “o Yeti da Amazônia,” 

Mas, voltando ao texto de Rojter, ele cita Geovaldo Karitiana, 27, um membro da tribo Karitiana, que afirma ter visto um Mapinguary há três anos, quando caçava numa mata perto do que a tribo dele chama de "a gruta do Mapinguary”. 

"Estava indo em direção a vila e fazia um grande barulho", conta Karitiana. "Ele parou perto de mim, quando eu senti aquele cheiro horrível que me deixou tonto e cansado. Eu desmaiei e quando eu acordei, o Mapinguary tinha ido embora." 

Larry Rohter diz em seguida que todas as descrições do Mapinguary lembram, realmente, as do Pé Grande dos Estados Unidos ou Yeti no Himalaia, Mas, diferente de seus companheiros do Hemisfério Norte, a besta fedida (de Rondônia e Acre) não evita o contato humano mas é muito agressiva com os caçadores, punindo quem não respeita as leis da selva”. Os acreanos o consideram um “militante ecológico” e construíram uma estátua em sua homenagem em Rio Branco. 

O Mapinguary pode ser o último animal pré-histórico ainda não extinto, a preguiça gigante, o Megatherium, um dos maiores mamíferos que já andaram na Terra, maior que o elefante moderno – como destaca Rohter. A evidência fóssil, abundante e difundida, é encontrada no sul do Chile e norte da Flórida. Mas a trilha acaba há mil anos atrás. "Quando viaja para Amazônia, você constantemente escuta sobre esse animal, especialmente quando se entra em contato com os índios", segundo Peter Toledo, especialista em bichos preguiça no Instituto Goeldi. 

O pé grande, um humanóide 

 Repórter do 'New York Times' busca o Mapinguary em Rondônia  - Gente de OpiniãoAlém da reportagm de Lari Rohter, podemos lembrar o que os especialistas dizem para os que acreditam no Pé-Grande (o monstro mitológico norte-americano), e principalmente para os criptozoologistas que pretendem descobri-lo e estudá-lo. “Ele é um animal bípede de aspecto humanóide, de forte odor, coberto de grossa pelagem e principalmente grande, com mais de dois metros de altura”. 

“Provavelmente um primata do mesmo gênero ou família da espécie humana, seria similar a um de nossos parentes antigos, apropriadamente chamado Gigantopithecus, que se acredita ter sido extinto por volta de 200.000 anos atrás.” 

Os que não acreditam dizem que tudo são fraudes, enganos e principalmente fantasia, segundo a qual “a história de um enorme ser meio homem meio fera é muito boa para não ser inventada e então repetida e embelezada”. 

“Isso explicaria os muitos nomes em culturas diversas para o repetido tema de gigantes peludos e selvagens, sejam eles conhecidos como Pé-Grandes, Yetis, Sasquatchs ou Yehrens. E Mapinguarys. Mas explicaria tudo?” 

O mito do “Pé-Grande” começou em Willow Creek, no estado da Califórnia, EUA. Na manhã de 27 de agosto de 1958 o motorista de trator Gerald Crew notou uma trilha de pegadas. Isso normalmente não o impressionaria, porém as pegadas pareciam de um homem descalço, com o evidente detalhe de que mediam em torno de 40 centímetros! 

Ele chamou seus colegas, e alguns deles pareciam já ter ouvido falar de algo parecido a respeito de um ‘Homem Selvagem’. Apesar da perplexidade, todos voltaram ao trabalho, até que algum tempo depois novas e misteriosas pegadas enormes surgiram. 

Desta vez Gerald Crew estava preparado e fez moldes de gesso da evidência. Levando os moldes para a cidade próxima de Eureka a notícia chegou às agências de notícias do mundo inteiro, multiplicando os relatos, avistamentos e evidências, em uma sucessão que não parou até hoje. 

Outra notícia é a de pouco mais de 900 quadros de um filme de 16mm tomados por Roger Patterson em companhia de Robert Gimlin em outubro de 1967 constituem a mais conhecida imagem do Pé-Grande. “Até este ano de 2009 não há evidência conclusiva de que o filme tenha sido forjado” – como se informa. “A proeza foi conseguida por Patterson e Gimlin enquanto andavam a cavalo por Bluff Creek, fazendo tomadas para um documentário sobre o Pé-Grande que tentavam produzir.”

Fonte: Revista Momento Brasil 
Por Nelson Townes (com fotos dos arquivos do autor)

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