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Carlos Henrique

Sai gramado, entra cimento - Por Carlos Henrique Ângelo



A travessia urbana de Porto Velho na BR-364, do Candeias até ao acesso à UNIR corre o risco de ter todos os canteiros cimentados. A sugestão foi apresentada ao DNIT como forma de solucionar o problema da falta de manutenção dos canteiros gramados. E a empresa responsável pelas obras em andamento já se prontificou a concretar tudo a custo zero. É que a manutenção do gramado é complicada, especialmente nesse período de estiagem e acaba saindo mais barato para a empreiteira cimentar tudo do que ficar obrigada a substituir placas de grama ameaçadas a todo momento por qualquer ponta de cigarro.

 
Pessoalmente acredito que será trágico exibir em plena Amazônia a paisagem desértica de uma verdadeira selva de pedra. Soluções existem, claro. Basta que a comunidade seja mobilizada para participar. Funciona no trecho da Jorge Teixeira (BR-319), que hoje exibe a maravilhosa imagem dos ipês em plena floração. Parece que existe ali até um trecho adotado pelo Supermercado Araújo, que patrocina sua manutenção. Porque não fazer a mesma coisa em todo o perímetro urbano da BR-364, a custo "zero" para a Prefeitura e para o DNIT.
 
Convém salientar que o escopo das responsabilidades do DNIT não contempla o serviço. O órgão realiza a obra e a entrega à Prefeitura, à qual compete inclusive o pagamento da energia consumida em iluminação, quando existe. Mas nem mesmo a Prefeitura fica obrigada a investir, nesse tempo de vacas magras, o dinheiro que não tem na manutenção da porta de acesso à cidade. Sugiro que os empresários instalados nas marginais possam ser chamados a patrocinar isso, sob a liderança da Fecomércio. Podem inclusive arborizar com ipês todo o trecho deste o trevo do Roque até o fim das marginais. Com a participação de todos o custo fica bem em conta para cada um.
 
O negócio é bom quando todo o mundo ganha, pois não? Pois bem. Se executada a proposta, ganham os empresários com a redução da poeira, que espanta a clientela. Ganha o ambiente, que deixa aquela configuração desértica e acrimoniosa para ganhar ares mais agradáveis, o que favorece em muito o ambiente de negócios. Ganha a Prefeitura e ganha a população, com um cartão postal da cidade definitiva e finalmente digno do nome. E tem mais: pode até mesmo ser negociada com o DNIT a instalação de uma placa com o devido crédito institucional aos empresários pelo trabalho. Isso não tem preço.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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