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Yunes: Temer sabia de tudo e propina da Odebrecht pagou 140 deputados


Yunes: Temer sabia de tudo e propina da Odebrecht pagou 140 deputados  - Gente de Opinião

247 – O empresário José Yunes decidiu disparar um tiro no peito de Michel Temer, seu parceiro e melhor amigo há várias décadas.

Mais do que simplesmente delatar Eliseu Padilha (saiba mais aqui), ministro da Casa Civil que acaba de pedir licença do cargo, ele afirmou que Temer sabia de tudo.

Em entrevista ao jornalista Lauro Jardim, Yunes afirmou que Temer, seu melhor amigo, tem conhecimento de que ele foi usado como "mula" por Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil – "mula" é um termo do tráfico de drogas que designa a pessoa usada para transportar drogas para terceiros.

Na entrevista, Yunes disse ter recebido Lúcio Funaro em seu escritório, a pedido de Padilha. No encontro, Funaro lhe contou que estava financiando 140 deputados para garantir a eleição de Eduardo Cunha à presidência da Câmara dos Deputados.

"Contei tudo ao presidente em 2014. O meu amigo Temer sabe que é verdade isso. Ele não foi falar com o Padilha. O meu amigo reagiu com aquela serenidade de sempre. Eu decidi contar tudo a ele porque, em 2014, quando aconteceu o episódio e eu entrei no Google e vi quem era o Funaro, fiquei espantado com o 'currículo' dele. Nunca havia conhecido o Funaro", disse Yunes a Jardim.

Segundo Yunes, Funaro afirmou que estava em curso uma estratégia para eleger uma bancada fiel a Cunha, para conduzi-lo à presidência da Câmara. "Ele me disse: 'A gente está fazendo uma bancada de 140 deputados, para o Eduardo ser presidente'. Perguntei: 'Que Eduardo?'. Ele respondeu: 'Eduardo Cunha'".

Yunes decidiu falar depois que apareceu nas delações da Odebrecht. De acordo com o delator Cláudio Melo Filho, da propina de R$ 11 milhões acertada com Temer, R$ 4 milhões foram entregues no escritório de Yunes. Por isso mesmo, ele se antecipou e procurou também o Ministério Público para dar sua versão dos fatos.

Tais recursos foram acertados num jantar entre Michel Temer e Marcelo Odebrecht, no Palácio do Jaburu, em 2014, com a presença de Padilha. O dinheiro saiu do departamento de propinas da empreiteira e ajudou a bancar a eleição de Cunha para a Câmara. Uma vez eleito presidente, Cunha passou a sabotar o governo da presidente eleita Dilma Rousseff e aceitou um pedido de impeachment sem crime de responsabilidade, abrindo espaço para que Temer chegasse ao poder.

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