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Carlos Sperança

União Brasil meio dividido no apoio ao deputado federal Fernando Máximo


União Brasil meio dividido no apoio ao deputado federal Fernando Máximo - Gente de Opinião

O futuro pode ser melhor

De um lado, os negacionistas, que não se importam com o risco de epidemias ainda piores que a Covid decorrentes da devastação da Amazônia. De outro, profetas apocalípticos que anunciam um futuro atroz para a floresta projetando os malefícios da continuidade do desmatamento criminoso, o desrespeito aos povos da região e a falta de planejamento para garantir um futuro saudável e rico para o país. A atitude mais sensata é não escolher uma dessas duas posições e excluir a outra.

A primeira é desumana e ignora o fato de que proteger a floresta significa proteger o futuro e as novas gerações. Embarcar no bloco da destruição levará a mais desastres. A segunda seduz, mas deve ser evitada por levar água ao moinho dos destruidores propagando a tese errônea de que não há mais saída, o ponto de retorno já veio e o futuro será de sangue, suor e lágrimas para os amazônidas.

Isolando os negacionistas radicais, que já fizeram a escolha pelo inferno na Terra e não sabem discutir nada, a não ser aos berros e insultos, prática irracional, é também preciso isolar os catastrofistas que dão o apocalipse climático como inevitável. Insultos irracionais e profecias apressadas à parte, o debate sério sobre o futuro da Amazônia implica reduzir riscos e maximizar possibilidades. A principal ferramenta para isso é a ciência. Ela não nega nada e duvida de tudo, o que a coloca acima dos berros negacionistas e das assustadoras profecias catastróficas.

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Coisa esquentando

Com o União Brasil meio dividido no apoio ao deputado federal Fernando Máximo para disputar a prefeitura de Porto Velho, as coisas ameaçam a esquentar no partido. O parlamentar  teria recorrido ao Diretório Nacional para confirmação de candidatura própria na capital do estado, neste caso ele mesmo, cujas primeiras sondagens lhe dão a ponteira na peleja pelo Prédio do Relógio. Sendo confirmada candidatura própria do UB nas capitais, como Máximo pretende, Mariana Carvalho (Progressistas) seria prejudicada num possível acordo de coalizão tirando Máximo do páreo.  

Predador chegando

O ex-governador Ivo Cassol deu a primeira mostra que está voltando a cena polícia ao reassumir a presidência do Diretório Estadual do PP. A partir de agora, por uma questão de estratégia política, começará a se distanciar do governo de Marcos Rocha, onde mantém uma secretaria com seu cunhado Luís Paulo. Em condições de elegibilidade para 2026, Cassol vai atrapalhar os planos de outros possíveis pretendentes ao CPA, como o ex-governador e atual senador Confúcio Moura, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, o vice-governador Sergio Gonçalves, entre outros nomes

Tucanos costuram

Em Brasília, pelo lado do União Brasil, o deputado federal Mauricio Carvalho lidera o movimento para o atrelamento do seu partido na postulação da sua mana, Mariana Carvalho (Progressistas) a prefeitura da capital rondoniense. Em Porto Velho, o prefeito Hildon Chaves, que assumiu novamente o comando do PSDB, alinhava acordos de apoio a postulação da sua ungida Mariana, enquanto conspira para que o deputado federal Fernando Máximo seja relegado pelo União Brasil. Caros tucanos, se não vier Máximo vem coisa mais pesada ainda no pleito de outubro: Leo Moraes com apoio de Máximo vira uma candidatura vitaminada para a peleja 2024.

Mudança de lugar

A cheia histórica no Rio Madeira em Porto Velho foi tão forte em 2014, que naquele ano o governo federal chegou a cogitar a mudança de lugar dos Distritos de Calama e São Carlos, na zona ribeirinha num processo de reconstrução. Foi um desastre natural em igual proporção ao que aconteceu neste ano no Acre com a intenção inicial da população de Brasileia de buscar uma área mais apropriada para se instalar, depois de padecer as águas dos Rios Acre e Juruá. No caso de Rondônia, passada as agruras da cheia de 2014, as populações ribeirinhas resolveram permanecer nos distritos num processo de reconstrução que as arrasta até os dias de hoje.

Frente de esquerda

Com as decisões dos diretórios nacionais do PT e do PSB lançarem candidaturas próprias nas capitais, fica descartada de vez a formação da Frente Rondônia Popular, de esquerda, para enfrentar as poderosas candidaturas bolsonaristas conservadoras em Porto Velho. Não havendo acordo, o PT escala a ex-senadora Fatima Cleide para disputar o Prédio do Relógio e o PSB, o professor universitário Vinicius Miguel, inicialmente considerados pesas fáceis para Fernando Máximo, Mariana e Leo Moraes. Falo inicialmente, porque sempre vejo favoritos quebrando a cara nestas bandas.

Via Direta

*** Agora a coisa anda: ficou marcado para o final de abril a reabertura do Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, mesmo que em ritmo meia boca *** Os comerciantes da Av. Sete de Setembro no centro histórico agradecem a novidade, pois as lojas estavam as moscas *** Por falar no centro antigo também a Loja Marisa está abrindo o bico e as Americanas anda pelo mesmo caminho em Porto Velho. Aonde vamos parar? ***Na segunda colocação no ranking nacional de feminicidios no País, Rondônia segue com muitos indicativos negativos nos últimos anos ***Escapamos de uma cheia e começa a desembarcar uma estiagem dos infernos com grave ameaça aos recursos hídricos no interior do estado.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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