Cochá News 01/03/08

IMAGEM DO JUDICIÁRIO

A imagem da sociedade e das instituições públicas de Rondônia, em especial do Poder Judiciário, já marcada por tantos percalços, por tanta insensatez, não deve sucumbir ante a estupidez de quem quer que seja que se acha no direito ou imune o suficiente para maculá-la ainda mais.

TJ E MPF SUSPEITOS

Esta semana, durante o julgamento do recurso do PSL pelo Tribunal Regional Eleitoral – caso Euclides Maciel -, o advogado da sigla, inconformado com a própria incapacidade de gerar fato novo capaz de mudar a situação de seu cliente (PSL), não se deu por vencido, e como para ele, Rondônia é terra de ninguém, ousou suspeitar que o Ministério Público Federal e o Poder Judiciário são instituições a serviço do Presidente da Assembléia Legislativa.

ADVOGADO DO PSL

O advogado do PSL – José Geraldo Forte - agora vai ter que estudar muito para produzir sua própria peça de defesa. É que pelo menos dois dos magistrados com quem conversei revelaram-se ofendidos com o discurso e insinuações do contratado do PSL. É aguardar.

TEATRO SÉRGIO VALENTE

Digno de registro a decisão do Exército Brasileiro que decidiu pela cessão da área do Flor do Maracujá I ao Estado de Rondônia, para reiniciar as obras de construção do Teatro Estadual, que até nome já tem – Sérgio Valente -, uma justa homenagem a um filho de Rondônia, homem de imprensa que prestou inestimáveis serviços à cultura, ao povo e à Administração Pública Municipal e Estadual.

ESTRANHO NO NINHO

Não é de hoje que algumas pessoas marcadas por algum golpe de sorte – do tipo que ganha sozinho várias vezes na mega sena -, arriscam investir em terras e gado, como se esta fosse uma atividade que não dependesse de planejamento, atitude, sentimento nobre, sensibilidade e responsabilidade com o meio ambiente. Muitos se enveredaram pelos campos, trajados de Rambo, camionetes importadas, e devastaram, porque, para eles a posse só se caracteriza com a ocupação – leia-se devastação -, e o quanto maior, melhor. Isso, gente, até pouco tempo, tinha o aval do INCRA. É mole ???

DEVASTAÇÃO 

Agora, o mesmo INCRA, IBAMA (MA), SEDAN, etc., em nome da irresponsabilidade que gerou, ameaça, multa e desagrega pequenos produtores rurais, que se vêem obrigados a migrar para as periferias das cidades para viverem à míngua e a mercê dos programas sociais do Governo Federal – Vale Gás e Bolsa Educação - englobados no Bolsa Família.

FORÇA TAREFA

Falando em devastação, em crimes contra a natureza e contra o fisco Estadual e Federal, está chegando a Rondônia – com os pés já em Vilhena -, a Força Tarefa Federal, nos moldes daquela que está atuando junto às madeireiras no Pará, e que deve fazer por aqui pouco barulho e muita apreensão de madeira. Dizem que alguns “empresários” já sumiram. Ninguém sabe, ninguém viu.

ESTRADA DO BELMONT

Lastimável a situação da Estrada do Belmont. É só buraco. A única via pública para entrar ou sair do bairro Nacional, além de estreita, amarga o intenso fluxo de carretas, responsáveis por várias mortes de crianças do bairro. Estranho é que no início da semana a Semob, vendo o desespero da comunidade, começou a execução do serviço de tapa buraco, que foi prontamente suspenso por um senhor que se apresentou num carro “Eco Sport” preto, e determinou a retirada imediata das máquinas. Ninguém entendeu o gesto do cidadão. Alô Semob !!! Doutor Sebastião Valladares. Socorro!!!

LULA E MARCO AURÉLIO

Seria muito bom se o ministro Marco Aurélio de Mello e o presidente Lula falassem menos e trabalhassem mais. Eles estão ou comandam os Poderes máximos da Nação e dão um péssimo exemplo de como conduzir suas ações. O ministro não deve ficar dando entrevista, antecipando suas decisões. Faça isso calado, com atos grafados e sem ameaça. E o presidente não tem nada que meter o bico no Judiciário. Devia, isto sim, determinar a construção da ponte sobre o Rio Madeira (BR-319), e principalmente determinar aos técnicos da CERON em Rondônia que levantem de suas cadeiras e ajam no Luz para Todos. Saiam do Joana D’Arc. Quando é que vai acabar o trabalho ali? A impressão que dá que Rondônia se resume no Joana D’Arc, que, na verdade, está no Estado do Amazonas.

LEI QUE NÃO PEGA

Lei é para ser cumprida. Sempre abominei esse jargão de que no Brasil a “Lei pega ou não pega”. E já vi muita gente boa dizer isso. Ora, se uma lei vai ser exeqüível ou não, isto é algo que devia ter sido previsto por quem a elaborou ou baixou tal medida. Este é um fato, um episódio que leva as instituições ao descrédito. O que faz uma lei pegar – no Brasil - é o poder de fiscalização sobre seu cumprimento. Se não há estrutura para isso, não invente. Pare.

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