Cochá News 22/03/08

LUZ PARA TODOS

O administrador, publicitário ou estrategista do Governo que criou e deu nome a este programa - que deveria levar energia ao campo -, bem que poderia ter trabalhado melhor. Poderia ter dado outro nome, quem sabe “Luz para Poucos” que soaria melhor e não geraria tanta expectativa na já surrada população do campo. Esse povo que trabalha e produz a riqueza deste País precisa ser respeitado e de meios para continuar produzindo. Energia elétrica não é vital, mas é fundamental. Ao trabalho minha gente! Vamos parar de fazer política com o dinheiro do contribuinte. A CGU e o TCU estão de olho nesses contratos que teriam objeto de fachada. Cadê as obras?

CERON E O ÓLEO

Em Rondônia a estatal que gerencia o Luz para Todos – a Centrais Elétricas de Rondônia/CERON – está enfrentando uma grave denúncia de má gestão, aliás, não é de hoje que isso acontece. Esta semana o senador Expedito Júnior expor a credibilidade dos gestores da companhia, que estariam adquirindo óleo combustível com preços superfaturados, muito acima daqueles praticados no mercado. Talvez seja por isso que as redes do Luz para Todos não saem, pois a empresa contratada não aumenta o número de equipes de campo porque não deve estar recebendo as medições com regularidade.

CERON

Toda essa situação, esse suposto rosário de irregularidades, pode explicar, e quem sabe, justificar o rombo, o prejuízo de mais de R$ 54 milhões que a CERON teve no exercício de 2007. Infelizmente ali não se vê vontade política para trabalhar – a não ser no Joana D´Arc. A história do Luz para Todos em Rondônia se resume no Joana D´Arc, que, alias, está no Estado do Amazonas. Durma com esse barulho.

SAÚDE PÚBLICA

A saúde pública está na UTI no conceito da população que depende do atendimento Sistema Único de Saúde (SUS). O governo alega que tem feitos grandes investimentos, mas a cada dia a situação se agrava mais e o velho SUS demonstra falência múltipla. Requer, com urgência uma reforma gerencial e no atendimento interno – médico/paciente, que possa, no mínimo, gerar um diagnóstico mais preciso e menos perigoso -, e externo, com o mínimo de dignidade com o cidadão que, a final, paga todas as contas, inclusive dos maus médicos.

OSVALDO CRUZ

Esta semana a coluna recebeu uma denúncia de uma cidadã que vamos chamar de Antonia – ela pede para não ser identificada -, com problemas graves de pressão alta, cardiovascular, rins, e agora com malária. Ela relatou que tem dormido muitas vezes no portão da Policlínica Osvaldo Cruz, e raras foram as vezes que conseguiu uma consulta por vários motivos: não tem médico especialista ou não porque simplesmente não foi possível do atendimento por falta de ficha, seria uma espécie de senha.

ANA ADELAIDE

Dona Antonia que está em casa sob os cuidados da família tratando de malária – a incidência desta doença atingiu índices alarmantes no Bairro Nacional -, disse que outro problema sério que a população carente enfrenta é a estupidez de alguns médicos – especialmente no Ana Adelaide – que tratam os pacientes com patadas, como cavalos. Interessante como alguns médicos ainda não entenderam sua missão, e fazem da medicina um meio para enriquecer, em alguns casos, ilicitamente.

TRIBUNAL DE CONTAS

Aliás, muitos desses médicos já estão sendo julgados ou estão na mira do Tribunal de Contas. É que eles são detentores de vários contratos de trabalho, como se onipresente fossem. Alguns deles teriam até três contratos de 40 horas semanais. Eles prestam os piores serviços porque são péssimos profissionais.

DONA NEIRAS

Dona Neiras também visitou a coluna em companhia de Dona Antonia, e como esta, relatou que há três meses vem sofrendo com uma hemorragia sem fim, e a única vez que conseguiu uma consulta, o médico mal olhou em seus olhos e receitou um remédio que não fez qualquer efeito. Agora a família está arrecadando com amigos e parentes recursos para pagar uma consulta com um especialista, visto que o estado de saúde de Dona Neiras piorou muito, devido a uma profunda anemia.

MÉDICO 120 HORAS

A situação descrita caracteriza bem o dia-a-dia nos hospitais, clínicas e postos de saúde de Porto Velho, aonde alguns médicos chegam a brincar com a saúde da população, tal é o desprezo que dá a seus pacientes. Tudo isso em nome da pressa para justificar sua condição de onipresente, visto que tem que estar em vários lugares ao mesmo tempo para garantir “os salários” no final do mês. Já à população resta o sofrimento pela falta dos serviços de saúde, e o pagamento do salário desses filhos de Deus. Apesar disso é preciso deixar claro que existem médicos humanos, competentes e maravilhosos em Porto Velho. Ainda bem!

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

As comunidades dos bairros Aeroclube e Nacional estão aguardando desde o dia três a manutenção do serviço de iluminação pública prometido pelo presidente Empresa de Desenvolvimento Urbano (Emdur), Mário Sérgio. É preciso aguardar mais. Paciência, Sô!

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