Garçon volta para Candeias e Lando volta ao Congresso

 

Encerraram-se as eleições. O governador eleito, os deputados estaduais, federais e os senadores preparam-se para a posse, e tudo que parecia tranquilo e acabado, pode ter um novo capítulo nos próximos dias.

É que o ministro Marco Aurélio Mello concedeu liminar, e determinou a contagem de votos de candidato ficha suja do Rio de Janeiro em favor do partido, sob a alegação de que os votos são do partido e não do candidato. Claro que é apenas uma decisão liminar que precisa ser confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e que foi concedida por um ministro de posições quase sempre antagônicas em relação ao colégio.

Apesar disso, pelas bandas do PV em Porto Velho a situação é de vexame total, ante a possibilidade de o deputado Lindomar Garçon voltar a ser apenas assessor do prefeito Dinho de Candeias. Não se pode dizer que esta é uma situação líquida e certa, inevitável, mas este é o tema do momento, o mais comentado, e que já teria gerado seus primeiro danos, inclusive com reflexo na montagem da equipe do novo Governo de Rondônia.

Se confirmada a decisão liminar, a regra, em tese, valeria para todo o Brasil, e por esse motivo, partidários e assessores de Amir Lando, precipitadamente, já estariam preparando as malas e procurando imóveis para alugar em Brasília. E, ao contrário, os assessores de Garçon, estariam fazendo novena e orando muito para que tudo fique como dantes, e que ninguém tenha que voltar “prematuramente” para Rondônia.

Deputado Maurão

Davi Chiquilito

Por seu turno, o ex-ministro Amir Lando, que estava sendo sondado para assumir a Casa Civil do Governo de Rondônia, certamente, agora, anda com outras preocupações. Ele que fez história no Brasil quer chegar à Câmara Federal com o ar, a circunstância e a pompa de liderança, o que é justo. Mas para que isso ocorra seu partido vai ter que trabalhar bastante em Brasília, para ver reconhecido pelo Pleno do TSE esta postulação, que nada mais é que a adoção de procedimento similar ao que foi aplicado no Rio de Janeiro.

Enquanto uns se desesperam outros cantam e dançam felizes. No âmbito estadual, por exemplo, Porto Velho pode perder uma de suas principais lideranças, David Chiquilito, que deve dar lugar a Maurão de Carvalho (o deputado teve seu nome envolvido no escândalo da Folha Paralela da Assembléia Legislativa).

Da mesma forma deverá ficar fora da composição do Poder Legislativo para a próxima legislatura, o ex-vereador evangélico Flávio Lemos, que dará sua vaga para Doutor Alexandre Brito.

O que é preciso ficar claro é que está é a regra do jogo. Vale o que está escrito. Viva a democracia. O TSE existe como instância máxima eleitoral justamente para dar claridade àquilo que aos olhos leigos teima em manter-se opaco, voluntária ou involuntariamente.

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Fonte: Cleuber Rodrigues Pereira -  [email protected]
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