Sábado, 27 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Silvio Persivo

A implacável lei de quem não faz


A implacável lei de quem não faz - Gente de Opinião

A frase, atribuída a Neném Prancha, de que quem não faz gol leva resume o que foi a rodada de hoje da Copa do Mundo do Catar. O jogo entre Coréia do Sul e Portugal foi o mais importante do grupo H porque, dependendo de seu resultado, qualquer coisa que acontecesse no outro jogo seria pouco importante. Não foi assim. O jogo havia começado, logo aos 4 minutos, Ricardo Horta, depois de uma jogada de Dalot pelo lado direito, abriu o placar. A Coreia, sem opção, foi para o ataque e balançou as redes, aos 16 minutos, com Kim Jin-Su, mas o gol foi anulado por impedimento. Só, aos 26 minutos, com Kim Young-Gwon, num escanteio chegariam ao empate. Depois do gol, Portugal voltou dominar a partida e teve  as melhores chances de fazer o segundo gol. Também, no segundo tempo, a posse de bola era do time português que não conseguia criar oportunidades efetivas de gol. Son, o Zorro, foi quem incomodou e, no final, aos 45 minutos, puxou o contra-ataque enfiou, com maestria, a bola nos pés de Hwang Hee-Chan, que só teve o trabalho de desviar  de Diogo Costa e garantir a vaga para as oitavas de final. Nem sem sofrimento, é verdade, tiveram que esperar Gana impedir um terceiro gol do Uruguai, que classificaria os sul-americanos. No grupo G algo similar aconteceu com o Brasil com menos emoção. O Brasil desde que a bola começou a rolar teve o domínio da posse de bola contra Camarões. Mas, apesar das escapadas de Antony e de Martinelli pelas pontas e de Rodrigo, pelo meio, não surgiram chances efetivas de gol. Só  Martinelli, com uma cabeçada, aos 13 minutos, ficou numa posição melhor para abrir o placar. A ironia é que Mbeumo proporcionou o primeiro perigo para a meta brasileira na Copa, aos 47 minutos, obrigando Ederson a fazer uma grande defesa. No segundo tempo o  Brasil voltou a dominar o jogo e a desperdiçar chances de ser mais efetivo. Até fez o goleiro Epassy realizar algumas defesas importantes. Mas nem mesmo as  trocas, colocando Bruno Guimarães, Everton Ribeiro e Marquinhos, no lugar do lesionado Alex Telles, melhorou a capacidade de chegar com perigo ao gol de Camarões. Gabriel Jesus, desaparecido, só foi substituído tardiamente por Pedro. E mesmo este, que teve duas oportunidades, parecia que desaprendeu como concluir. Algumas conclusões brasileiras em direção ao gol foram ridículas. Bruno Guimarães, então, devia ter sido treinado para aprender a chutar. E, de novo, o castigo aconteceu: numa jogada perfeita dos camaroneses, aos 46 minutos, Ngom cruzou na área e Aboubakar com uma cabeçada certeira,  deixou Ederson, sem pai nem mãe, olhando a bola entrar. Foi uma despedida gloriosa de Camarões da Copa e, certamente, merecida. Jogaram com seriedade, empenho e fizeram o que faz diferença: o gol. Um castigo para Tite, que errou muito na escalação e no tempo de fazer as mudanças. O Brasil, é fato, acabou em primeiro lugar por causa do outro jogo onde a Suiça fez 3x2 na Sérvia. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoSábado, 27 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Um livro demasiado humano

Um livro demasiado humano

Recebi, por intermédio do influenciador cultural Vasco Câmara, o livro de João Luís Gonçalves “Cidadãos com Deficiência-Visão Histórica”, da Edições

A difícil e necessária convivência com o celular

A difícil e necessária convivência com o celular

Efetivamente, apesar da minha idade, sou um fã de novidades e de tecnologia. Regularmente escrevo sobre economia criativa e sobre Inteligência Artif

Os Orixás em cordel de Bule-Bule

Os Orixás em cordel de Bule-Bule

Quando conheci Antônio Ribeiro da Conceição, o grande mestre baiano Bule-Bule, ainda estávamos no século passado e ele fazia dupla com um outro nome

A inadiável necessidade de incentivar a indústria naval e a Marinha Mercante

A inadiável necessidade de incentivar a indústria naval e a Marinha Mercante

O Brasil é um país muito rico e, mais que rico, generoso, muito generoso com os outros países. Não falo apenas pelos investimentos do BNDES na Venez

Gente de Opinião Sábado, 27 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)