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Silvio Persivo

Calamidade do coronávírus leva à falência 10% dos hoteis e 30% dos restaurantes e similares

Estimativa da confederação nacional dos trabalhadores do setor é de que 500 mil trabalhadores serão desempregados


Calamidade do coronávírus leva à falência 10% dos hoteis e 30% dos restaurantes e similares - Gente de Opinião

O longo enfrentamento do novo coronavírus no Brasil, com distanciamento social e diminuição das atividades de transporte, em especial o aéreo, bem como o esvaziamento dos locais turísticos está funcionando como um verdadeiro tsunami no setor de hospedagem e alimentação. A estimativa da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) é de que este período irá levar à falência de 10% dos hotéis. Este setor, segundo os hoteleiros, foi o primeiro a fechar na crise e deve ser o último a voltar. A isto deve se acrescentar a projeção da Confederação Nacional do Turismo (CNTur) que calcula que, com o impedimento do funcionamento dos 200 mil restaurantes e similares deve implicar no fechamento de 30% deles, ou seja, 60 mil restaurantes e similares não reabrirão suas portas em todo o país.

SEM FATURAMENTO EMPRESAS PODEM DESEMPREGAR 500 MIL

A percepção dos analistas econômicos é a de que, na sua grande maioria, esses estabelecimentos já não possuem capital de giro, tanto que é comum a antecipação de créditos de cartões de crédito, por ser uma atividade de alto custo, que exige pagamentos de curto prazo em espécie e com baixa margem de lucro. Além do mais, em geral, pagam aluguéis elevados, pois, precisam se localizar em locais visíveis, quando se soma a isto que é um setor que exige muitos funcionários e com uma carga alta de impostos, não é difícil deduzir o desastre que significa um mês de paralisação das atividades, muitos sem rendimento, com uma despesa fixa pesada. Até mesmo quem se estruturou para vender à domicilio consegue, em média, vender 20% do seu faturamento, o que inviabiliza qualquer negócio. Segundo Paulo Solmucci, presidente Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), baseado em estudos  da JP Morgan  “Temos menos fôlego pra aguentar a crise, entre todas as atividades econômicas. O documento mostra que setor aguentaria 16 dias fechado, ou seja, já entramos num colapso de vendas, com queda de faturamento de 90%". Para ele, também o delivery não é uma solução definitiva. Ameniza, porém, não paga nem os custos das empresas. "O salão que realmente é responsável pelo faturamento, a maioria absoluta dos restaurantes não consegue pagar nem mesmo a folha salarial com pedidos por telefone. Esta modalidade é uma medida paliativa. Precisamos que a pandemia passe rapidamente, se não o prejuízo será ainda maior", completou. O presidente da  Confederação Nacional dos Trabalhadores em 

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