Terça-feira, 30 de outubro de 2007 - 16h33
Em meados dos anos 80 o Estado de Rondônia era palco de uma das maiores ondas migratórias já registradas neste planeta. Muito maior do que a corrida ao velho Oeste americano no século passado, ou a grande migração que colonizou o Paraná nos anos 50 e 60, ou mesmo a diáspora dos Curdos nas montanhas do Iraque na década de 90.
Com os desbravadores, pioneiros, parceleiros, garimpeiros e trabalhadores em geral, chegariam ao novo estado da União também os foras-da-lei egressos dos mais distantes rincões deste Brasil varonil. Desde vereador ladrão, prefeito foragido, deputado estadual pilantra, até golpistas esmerados. Neste cenário, Porto Velho impulsionado com recursos da União na era Teixeirão e pelas toneladas de ouro extraídas do garimpo do Rio Madeira, crescia com taxas absurdas ao final dos anos 80, algo em torno de 11 por cento. Seria hoje, o equivalente a incorporar uma Ouro Preto do Oeste por ano.
Na Câmara de Vereadores de Porto Velho um vereador seria indicado para o cargo de secretário de Interior da prefeitura de Porto Velho, o combativo João Paulo das Virgens que adorava água que passarinho não bebe e nos momentos de lazer se dedicava a leitura de obras de faroeste, aquelas de enredo discutível e final previsível. Geralmente o cenário das histórias dos livretos era a rica Califórnia com ouro, as atividades ganadeiras e a construção de tantas ferrovias que levariam os colonos para lá. Os barmans se chamaram Sam, a mocinha Saly, e o herói quase sempre um vaqueiro texano de 1,90 e rápido no gatilho.
Numa tarde, após o almoço na região da Ponta do Abunã, para onde fora designado para acompanhar a colonização e surgimento de novas localidades João Paulo das Virgens puxou um livro de bolso de Silver Kane, um autor brasileiro que usava nome de americano para enganar os trouxas. No enredo, o desbravamento da pujante Califórnia. Ao final da leitura, eureka! Das Virgens tinha achado um nome para o povoado que se formava: Nova Califórnia! Logo se transformaria em distrito e hoje já pugna pela sua emancipação...
Das Virgens não seria bem sucedido na carreira política já que estava mais para um “canabrava” do que para um parlamentar atuante. Funcionário publico federal, com o tempo seria transferido para Vilhena, onde deve estar residindo até hoje. Seu nome, entretanto, ficaria marcado na história da sofrida Ponta do Abunã.
Fonte: Carlos Sperança gentedeopinião
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