Quarta-feira, 26 de setembro de 2012 - 12h07
Suspeição
O candidato a prefeito da capital Mário Português (PPS-PP), indignado por não constar seu nome na variação da pesquisa num eventual segundo turno, ingressou na justiça eleitoral e conseguiu que a divulgação fosse suspensa. Não conhecemos os números nem os motivos pelos quais o nome do Português não foi pesquisado num eventual segundo turno.
Critério
É costume o instituto aferir as probabilidades no segundo turno apenas com os nomes dos candidatos mais bem postados na pesquisa. Deduzimos, portanto, que tenha sido esse o critério utilizado pelo Ibope no caso concreto para não constar o Português, do contrário cometeram erro irreparável. O Ibope sempre é contestado e colocado sob suspeição, mas tem acertado em Rondônia nas pesquisas divulgadas em eleições anteriores.
Inconformado
Mário Português anda inconformado com os percentuais divulgados pela mídia (os confiáveis e os desconfiáveis) porque o volume de campanha colocado nas ruas não tem correspondido com o esperado. É a campanha mais dispendiosa e mais massificada em impressos. O problema reside nos programas de TV e Rádio que são finalizados sem criatividade e sem clareza das propostas. A experiência bem sucedida do candidato no setor privado sequer é explorada, visto que com o aumento da perspectiva de vida da população a experiência sempre vai vencer o novo. Aqui não poderia ser diferente.
Chavões
É perceptível também o volume de campanha da candidata tucana Mariana Carvalho nas ruas de Porto Velho. Com o slogan do “novo” (de novo só a idade), a tucana concedeu uma entrevista no final de semana numa emissora local quando lhe foi dada a oportunidade de expor seu plano de governo. O que se viu foi uma exposição de chavões sem nada de concreto.
Patricinha
Com estilo “patricinha”, a candidata fala pelos borbotões e repete insistentemente que sua candidatura significa algo “novo”, no que pese exercer um mandato de vereança que agregou muito pouco de novo para melhorar a qualidade da produção daquele parlamento municipal.
Cacoete
Mariana Carvalho abusa do cacoete “eu costumo dizer”. Fala sobre tudo e todos os problemas da municipalidade da capital sem declinar como vai solucionar cada um deles. Segue um roteiro preestabelecido pela coordenação de campanha que, aliás, tem como principal mentor o ex-senador Expedito Junior. Além do papai ex-secretário de Estado da Saúde, ex-deputado federal, ex-vice-governador e ex-candidato a senador. O cacoete é novo, mas os gurus são velhos conhecidos do eleitor.
Especulação
Os críticos da candidatura de Mariana Carvalho especulam os nomes que ela poderá contar numa eventual vitória. Entre outros, conjectura-se: Expedito Junior na infraestrutura, Aparício de Carvalho na Saúde, Guilherme Erse na chefia de gabinete, Maria Silvia no Ipam, Odaisa Fernandes na Ação Social, José Guedes na Fazenda. Poderá ainda ser cobrada pelos apoios dos deputados estaduais Hermínio Coelho e Jean Oliveira. Verdade ou não, nenhum nome desses é novo na política nem solucionou os graves problemas que afetam a população nos cargos que exerceram. Mas são influentes na campanha e na candidata.
Bolha
Até então líder nas pesquisas dos principais institutos, a exemplo do Ibope (resultado de agosto), acendeu o sinal amarelo no comitê eleitoral do candidato Lindomar Garçon (PV). Observadores políticos começam a desconfiar que os números ostentados pelo candidato não passam de uma bolha pronta a ser estourada.
Fatal
É preciso ainda aguardar os novos números para uma melhor avaliação. Mas a luz amarela está iluminando a campanha de Garçon. O momento é crítico já que parte considerável do eleitor da capital decide o voto na última semana e uma eventual queda entre uma pesquisa e outra provoca estragos na atual conjuntura. A ver.
Desencanto
Fátima Cleide não ostenta mais o mesmo brilho das disputas anteriores quando encantava parte considerável do eleitorado de Porto Velho, colégio eleitoral que a projetou na política. A campanha em curso revela um desencanto no discurso da ex-senadora e desconfiança com a reaproximação entre a candidata e o ex-desafeto e prefeito Roberto Sobrinho. Os embates públicos entre os dois chegaram ao eleitor e afetaram a campanha.
Utopia
Aluísio Vidal, candidato do PSOL, marca posição com um discurso mais ideológico e sabedor antecipadamente que suas propostas são vistas pela maioria do eleitorado como utópicas. Mas tem conseguido chamar a atenção de quem o escuta em todos os debates que participa. Psicólogo atento ao cotidiano sabe se expressar com facilidade e conseguiu um raro feito de descolar suas crenças evangélicas da militância política. Faz uma campanha franciscana sem muita ambição eleitoral.
Efeitos
Já o peemedebista Zé Augusto, inicialmente abandonado pelos correligionários, conseguiu mobilizar os caciques do partido para levar às ruas a campanha. A propaganda de TV é enxuta e profissional, mas não empolgou a militância do partido para que imprimisse um ritmo mais agressivo na campanha. Pelos dados anteriormente anunciados ainda não surtiu os efeitos desejados a entrada dos caciques na propaganda eleitoral.
Perfil
Dr. Mauro Nazif (PSB), candidato a prefeito pela terceira vez consecutiva, no que pese o bom desempenho na Câmara Federal, decididamente não possui o perfil que o eleitor da capital costuma visualizar (inconsciente coletivo) nos candidatos a cargo executivo.
Sucumbiu
Quanto ao candidato do PMN, Mário Sérgio, abandonado pela maioria dos candidatos a vereadores da coligação, encerrou a campanha antes mesmo de começar. Pessoalmente um cara afável e educado. Mas entrou numa fria ao se lançar candidato sob promessas de antigos aliados que jamais seriam cumpridas. A campanha em si não existe, exceto o ritual de aparecer nos programas de TV e Rádio para que o vexame não seja maior. O erro da candidatura a prefeito pode lhe custar ainda mais caro...
Modorrenta
Uma coisa é certa: nunca na história de Porto Velho a campanha foi tão modorrenta quanto a atual. A lista de candidatos é enorme e nenhum deles conseguiu cair nas graças do eleitor. Sete anos atrás, quinze dias anteriores à eleição, um desconhecido Roberto Sobrinho reunia mais de trinta mil pessoas num memorável comício na Avenida Jorge Teixeira, animado aos acordes do KLB. Hoje, todos fazem enfadonhas reuniões para pregar para menos de cinquenta pessoas. Muitos deles cabos eleitorais.
Patético
Um VT disponível nos sites com o senador K-Sol dizendo impropérios contra um Policial Militar, que impediu um caminhão de som (trio elétrico) animar uma carreata de um candidato a prefeito no interior do estado, revela a velha forma grotesca com que o senador reage quando contrariado. As cenas são patética e beiram ao insulto. O impasse poderia ser resolvido por meios mais compatíveis com a envergadura de um cargo senatorial. O patético é verificar que o bate boca ocorreu publicamente e com o apoio de dois deputado federais, Carlos Magno e Marcos Rogério.
Chapa
Ivan Maquiavelli e Zenia Cernov foram os nome ungidos pela atual diretoria da OAB-RO para disputar a eleição. Maquiavelli é atualmente vice-presidente da instituição e Zênia esposa do presidente. Os dois vão enfrentar o queridíssimo advogado Andrey Cavalcanti que, aliás, lançou a candidatura oficialmente num concorrido evento com a presença de mais de quinhentos advogados, quinta-feira passada. A disputa promete. Voltaremos ao assunto no momento próprio.
Investigar
A Câmara Federal decidiu avaliar os motivos pelos quais a energia elétrica cobrada em Rondônia é a mais cara do país, mesmo produzindo com abundância. Uma Audiência Pública para debater o assunto foi marcada na Comissão de Energia com a convocação dos responsáveis da empresa em Rondônia. O critério pelo qual a concessionário vem utilizando para compor os preços médios do consumo é questionável e de difícil assimilação pelo consumidor que paga uma contra cada dia mais dispendiosa. Os medidores com "olhos de gato" não apram de piscar e a aferição do consumo somente especialistas sabem decifrar. Cada conta é um choque que queima os parcos recursos do contribuinte.
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