Quarta-feira, 16 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

CPI não sai porque a Assembleia de Rondônia mudou


CPI não sai porque a Assembleia de Rondônia mudou    - Gente de Opinião
    Mara Paraguassu

Está explicado: a CPI prometida pelo presidente da nossa Assembléia Legislativa, deputado Hermínio Coelho, para investigar creditos consignados operados pela empresa Multimargem, não sai porque o legislativo rondoniense mudou.


“A Assembleia mudou significativamente e agora se vive um amadurecimento do conjunto dos deputados”, ficando no esquecimento uma “Assembleia Legislativa antiga e desacreditada, quase sempre palco da execração pública”, disse Hermínio em texto distribuído por sua Assessoria e publicado no último dia 30.

Ele disse também que o legislativo é integrado em sua maioria por “deputadas e deputados dignos, honrados, compromissados com o bem-estar da população”, que estão “nos ajudando a acabar com a roubalheira instalada no Estado”.

As aspas de Hermínio Coelho nada mais são do que uma tentativa de aparentar que persiste o ânimo fiscalizatório e investigativo bradados uma semana antes, quando o deputado denunciou que membros da família do governador Confúcio Moura estariam envolvidos num esquema de propina, operado pela Multimargem.

Na ocasião - um sábado -, o deputado disse que tinha condições de já na segunda-feira apresentar assinaturas suficientes para instalar a CPI. Mas dessa vez o governador agiu rápido, teria conversado com mais de dezena de deputados, e a investigação naufragou. Se é que em algum momento singrava em mar revolto, prestes a emplacar.
 

Acredite, a Assembleia de Rondônia mudou.

Cheques

No sábado da coletiva, textos longos e poucas perguntas cercaram a denúncia apresentada pelo presidente da Assembléia. Não mencionaram contas nas quais cheques da Multimargem foram compensados e tampouco quem teria sacado recursos. A história precisa de explicação.


CPF

Quanto ao governador, estou com o jornalista Robson Oliveira: o chefe do Executivo não pode simplesmente ignorar o CPF de subordinados e de aparentados. Tem de publicamente desautorizar comportamentos sob suspeita,que deixam a administração sob suspeita, cortando na raiz tentativas de tirar proveito do erário público pessoas com parentesco e com privilégios na máquina estatal.

Email: maraparaguassu@amazonidagente.com.br
 
Mara Paraguassu

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 16 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

O desabastecimento de água potável – a saída pelo arranjo político

O desabastecimento de água potável – a saída pelo arranjo político

É próprio da atividade política o discurso mais do que a ação. Geralmente, quem milita nessa área não perde a oportunidade de falar, mesmo quando nã

Considerações sobre a decisão da 1ª turma do STF que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu

Considerações sobre a decisão da 1ª turma do STF que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu

A decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro de aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da Repúbli

Eu sou conservador, e daí?

Eu sou conservador, e daí?

             Pelo menos na política eu sou um indivíduo que não quer nenhuma mudança. Se está tudo bem em nosso Estado e em nosso país, por que muda

A Caerd tinha tudo para dar certo, mas a politicagem não deixou

A Caerd tinha tudo para dar certo, mas a politicagem não deixou

A Caerd (Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia) é um exemplo clássico de empresa pública que chegou ao fundo do povo. Um caso típico de

Gente de Opinião Quarta-feira, 16 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)