Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

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Leo Ladeia

Atenção autoridades para o 'Clamor Popular'


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Frase do Dia:


 

“A obra dos viadutos já ultrapassou todas as barreiras possíveis da paciência e tolerância da população.”Reginaldo Trindade, procurador federal na Prefeitura.   

I-Síndrome de Santa Maria

Vá lá que chovia, vá lá que a PM dava um baculejo amplo, geral e irrestrito pela cidade, vá lá que o Comtran havia acabado de rufar o pau no bebum decretando tolerância zero para o álcool, vá lá que a greve dos vigilantes impediu que muita gente tivesse acesso ao caixa do banco para sacar dinheiro, vá lá que muita gente já se pirulitou para passar carnaval onde ele ainda existe, vá lá que tudo isso tenha contribuído, mas a inusual movimentação de bombeiros e especialistas em todo país depois da tragédia de Santa Maria, criou um clima de fazer broxar baladeiros e micar baladas. Esta sexta feira em Porto Velho parecia a da Paixão.    

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II-Demorou...

Quem andou se virando mais que bala de coco em boca de banguela foram os Bombeiros. Só aqui na Capital – em função da tragédia da boate Kiss em lá em Santa Maria – os bravos homens do fogo junto com os não menos bravos fiscais municipais procuraram, encontraram e fecharam 12 estabelecimentos por irregularidades diversas. Informa o site G1-Rondônia, que além dessa dúzia, oito estabelecimentos foram autuados por falta de equipamentos básicos para enfrentar um incêndio por exemplo. Ora, considerando que existem “40 casas noturnas estão cadastradas e funcionando com Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros”, como diz o G1, depreendo que a fiscalização estava correndo bem frouxa.
 

 

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III-Overdose de audiência

Acredite: Depois do lixão e do busão pintou outra reunião. Agora para tratar da construção dos viadutos da Capital (Vídeo AQUI). Por que ou para que? Há ação civil pública proposta pelo MPF/RO, há clamor popular pela conclusão da obra, há convênio firmado entre órgãos públicos para a execução, há projeto e há dinheiro. Falta que alguém da Prefeitura diga porque não fez ou não faz. Simples assim. Se é sua competência, mãos à obra. Se não é sua competência, põe a boca no trombone e informa quem é o pai e a mãe da criança. Quanto ao MP, sua função é de vigilância na execução do contrato e não de execução da obra, a menos que se queira o procurador Reginaldo Trindade para prefeito da capital, o que convenhamos não é má ideia.  

IV-A propósito

Numa entrevista concedida à TV Candelária, o Diretor do DER - Departamento de Estradas e Rodagem e que acumula a chefia do Deosp - Departamento de Obras e Serviços Públicos, Lúcio Mosquini, disse que o governo do estado tinha e tem condições de executar a obra de todos os viadutos da capital. Ora, para quem já fez trocentos quilômetros de asfalto, pontes, bueiros, etc., um elevadozinho meio pronto, duas marginaizinhas e uns pontilhõezinhos é merreca. E pode ser o DER, ou o 5º BEC. Soca a multa em quem não cumpriu o contrato, processa quem deixou o rolo chegar a esse ponto, apura se alguém recebeu algum por fora e mete a mão no bolso dele e zéfini. Eu quero mesmo é ver mais ação e menos reunião.

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V-Até porque...

A Prefeitura é um organismo e não “um prefeito”. Vejam o caso das obras de esgoto e água tratada. Até hoje nem um metro de manilha ou um litro de água e a Prefeitura nadando num mar de tranquilidade e sabe por que? Porque é responsabilidade do estado. Se a cidade está penando com dengue, buracos, coleta de lixo, alagamentos, IPTU errado, canais obstruídos, transporte coletivo, chamada escolar, terrenos baldios, rodoviária fétida, etc., é hora de dar Mateus a quem o pariu para niná-lo e/ou pedir ajuda a quem pode ajudar. Como diz Zé de Nana, “conversar é só com quem sabe e beber de preferência com quem paga a conta”. 

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VI-Por onde anda o CREA?

Se você pretende fazer sua casinha, um puxadinho, bater uma laje, montar um lava jato, oficina, ou um negócio não importa o tipo, um órgão que em tese existe para “fiscalizar o exercício profissional e aprimorar...” aparece para cobrar a taxa de fiscalização. Pode ser a boate em Santa Maria ou o viaduto em Porto Velho, o CREA é garantia para quem paga. É difícil ver obra parada por erro de projeto como os viadutos ou o sistema de esgoto e água. É quase certo que nas discussões sobre lixo, transporte coletivo, palácio do governo, prédio da ALE e viadutos o CREA esteja presente ainda que – fruto de nova tecnologia? – invisível. Isso me fez lembrar um reclame dos tubos de aço Persico: “Você não vê, mas nos estamos ai”!

 

VII-Legislativo de resultados I

Um dia alguém cunhou a expressão, sindicalismo de resultados, muito utilizada nos anos 80 como contraponto à CUT. O tempo passou e o sindicalismo conseguiu “instalar” a República Sincalista Brasileira, pendurando todo mundo no governo e jogando o custo Brasil pro alto. Um dia o Brasil chutou a ditadura e promulgou a Constituição Cidadã voltada para um modelo parlamentarista. O tempo passou e hoje sonhamos com um pacto federativo que recrie as bases para funcionamento dos poderes da república que estão precárias. O fórum para a discussão em tese seria o Congresso, porém atrelado ao Executivo sujo no Judiciario e a cada dia mais desmoralizado – você viu que o Renan voltou outra vez – se esconde.

VIII-Legislativo de resultados II

Nem coram os chefes de legislativos de quaisquer instâncias - federal, estadual e municipal – se tomam pitos públicos do Judiciário, são atropelados pelas MP’s, ou engolem projetos de “relevância e urgência urgentíssimas” deixando de lado a tarefa de legislar. Importa apenas o lucrativo “legislativo de resultados”. Como os velhos sindicalistas pelegos, querem o casco sólido do barco do executivo para se fixarem como cracas e dali indicarem os afilhados para cargos como diretores de empresas conselheiros fiscais, liberarem as emendas, conseguirem viagens oficiais com gordas diárias e livre trânsito entre poderosos para destinarem ajuda às pouco visíveis ONGs, fundações, associações e outras arapucas disfarçadas de coisa séria.      

 

IX-O Combatente...

O combatente Tadeu Itajubá levantou a bola falando das igrejas que precisam e devem ser fiscalizadas. Acompanho e acrescento: precisam de fiscalização também as secretarias sejam as estaduais ou municipais, delegacias de polícia, hospitais, lojas diversas e principalmente as de tecidos e vestuário, as de móveis, os supermercados, mercearias e similares, barcos, lanchas e voadeiras, rodoviária, quartéis – inclusive o do Corpo de Bombeiros – depósitos do governo, oficinas, prédios e, por favor, não esqueçam de olhar com lupa e muita luz dois abacaxis de caroço: o camelódromo da Ladeira Comendador Jose Centeno e as borracharias da capital. Valeu Tadeu. Levanta aí que eu chuto daqui e vamos combater o bom combate!    


 

X-Papo com Zé de Nana

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X1-Do Renan Calheiros: “A ética é meio, não é fim”. É o fim da picada.

X2-Do João Paulo Cunha sobre Renan: “O PT fez certo em apoiá-lo”. Gambá cheirando outro.

X2-Sim... Renan ganhou a eleição do Senado por três crimes a zero ou no voto - 56 x 18?

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leoladeia@hotmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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