14ª ROMARIA DO TRABALHADOR – 2013

14ª ROMARIA DO TRABALHADOR – 2013

Tema:“Por trabalho, Justiça e Dignidade, Envia-me”. 

Objetivo: Celebrar a Fé e a Vida como testemunhas e peregrinos do Reino de Deus.

UM OLHAR SOBRE O TRABALHADOR

1º de Maio é festa de São José Operário e Dia do Trabalhador. Já se tornou tradição na Arquidiocese de Porto Velho comemorar a data com a Romaria do Trabalhador. O tema em 2013 é “Por trabalho, Justiça e Dignidade, Envia-me”.Isto se encontra em comunhão com a Campanha da Fraternidade de 2013 que tem por lema: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8).

Esta atividade realizada já pela 14ª vez foi assumida no Plano de Pastoral da Arquidiocese de Porto Velho e aprovado há pouco como uma maneira de revelar uma Igreja profética na comunhão e na participação. A concentração será na Igreja Santa Luzia, na Rua Angico, Bairro Eldorado, a partir das 15h30. Às 16h iniciará a caminhada, dirigindo-se pela Avenida Jatuarana até a Igreja São José Operário, onde o Arcebispo Dom Esmeraldo de Farias presidirá a Santa Missa na praça da Igreja às 17h. Nos três dias que antecedem a Romaria, a Paróquia São José Operário realiza tríduo na Igreja Matriz, contemplando o tema proposto. Nessa caminhada e celebração queremos trazer à luz os sinais de vida e de menos vida presentes no chão da Amazônia.

O trabalho faz parte da vida humana. Trabalho é resgate de dignidade, é valor. O povo de nossa região convive com os males das desigualdades sociais reinantes no País: o desemprego, a superexploração e o trabalho escravo. Direitos humanos, sociais, econômicos, culturais que deveriam ser garantidos a todas as pessoas, ainda estão longe de ser realizados na Amazônia. Os governos, preocupados com a exploração de suas riquezas, pouco fazem para pagar a dívida social de nossa gente, que sofre os mais baixos índices na qualidade de vida, na educação e na saúde. No entanto, “pelo trabalho, o homem e a mulher se sentem co-responsáveis de um mundo sempre a transformar, experimentam-se co-criadores da obra divina que, desordenada pelo pecado, reordena-se paulatinamente pelo trabalho digno e criativo do ser humano.”

Não basta esperar uma nova sociedade se não se trabalha para construí-la. Colhe-se no futuro o que se planta no presente. Encontrar alternativas é um esforço coletivo. Elas não surgem da cabeça de alguns iluminados e sim da organização: desde agricultores que sonham em lavrar a própria terra até jovens interessados na preservação do meio ambiente. É preciso organizar a esperança na terra, no mundo urbano, na participação popular e nas decisões das políticas públicas.

UM POUCO DE HISTÓRIA

O dia 1º de maio é no Brasil e em vários países do mundo um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios. 

A História remonta ao ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). Naquele dia, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.

Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze trabalhadores e dezenas de pessoas feridas.

Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, acontecida em Paris em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, a ser comemorado a 1º de maio de cada ano.

Aqui no Brasil existem relatos de que a data foi comemorada desde 1895. Porém, somente em setembro de 1925 a data tornou-se oficial, por decreto do então presidente Artur Bernardes.

Fatos importantes ligados ao 1º de maio no Brasil

1. Em 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer);
    
2. Em 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.
   
   Fonte: Arquidicocese de Porto Velho