Quarta-feira, 20 de agosto de 2014 - 06h10
Caos no sistema
Em situação caótica, o sistema penitenciário brasileiro tem um retrospecto de matanças nos presídios que estão mais abarrotados do que nunca, principalmente de traficantes, como é o caso de Rondônia, Acre e Amazonas, pólos de exportação de cocaína para outros estados e até para o exterior.
No ranking de matança de presos nos estabelecimentos penais, Rondônia comparece em segundo lugar com o Complexo Urso Branco, com 25 mortos – vários decapitados – em 2002. O líder de matanças no sistema prisional brasileiro é o de Pedrinhas, no Maranhão com 60 mortes, e na terceira colocação temos Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, com 20 detentos assassinados pelos colegas.
A falta de vagas nos presídios, entulhados como latas de sardinha, causa estresse, desconforto e revolta nos apenados. Em Rondônia, estado que tem mais presos do que os vizinhos estados do Acre, Amazonas e Roraima juntos, existe pelo um déficit de quase 2 mil vagas. Com esta situação a ressocialização fica extremamente difícil, já que as penitenciárias na verdade são verdadeiras fabricas de criminosos, onde se mistura o ladrão de galinhas com o traficante, o assaltante ao devedor de pensão de alimentícia.
Um coquetel explosivo. Onde vamos parar?
Em dois tempos
Tivemos a presidenta Dilma Roussef em dois tempos ontem. Primeiro no desembarque na Base Aérea em Porto Velho seguindo na visita as usinas, e ao meio dia sua estréia no horário gratuito, posando como uma afável dona de casa. Recepcionada pelo governador Confúcio Moura e lideranças locais, Dilma fez rápidas tomadas para programas eleitorais futuros, deu canseira na imprensa e a tarde se mandou.
Central de boatos
Com o deferimento definitivo da sua candidatura a reeleição, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) desfez de uma vez os boatos dando conta que sua postulação tinha ido por terra. Aliás, Acir foi prejudicado na primeira pesquisa do IBOPE com a boataria dos sites de fofocas, dando conta que ele não seria candidato, mesmo assim manteve a ponteira nos principais colégios eleitorais do estado.
As manifestações
Nos bastidores, universitários, professores e jovens ativistas prometem manifestações contra os políticos fichas sujas, os propineiros, os cocaineiros e os pilantrópicos que infestam a campanha deste ano. O Movimento Nacional pelo Voto Nulo já aderiu e reforça o movimento, assim como estudantes do segundo grau que pleiteiam a liberação do passe livre, conforme a proposta do falecido presidenciável Eduardo Campos.
As compensações
Ao contrário de Rondônia onde os políticos e empresários pensaram primeiramente no próprio bolso, se acertando com as usinas e deixando as cobranças das compensações e a defesa da infra-estrutura de lado, em Altamira, no Pará, aonde se ergue a Usina de Belo Monte, padres, políticos, empresários e ONGs se uniram para cobrar os benefícios da União e as coisas já estão acontecendo. As tubulações de água, a pavimentação, tudo esta em andamento.
Compensações de Belo Monte em Altamira - Pará
Compensações de Belo Monte em Altamira - Pará
Papo reto
Esta historia dos poderosos grupos que controlam as usinas se acertar com os políticos para que eles facilitem as coisas no governo do estado e na Assembléia Legislativa tem que acabar. Doravante as usinas deveriam se instalar só depois de todas as compensações, da infra-estrutura de água e esgoto entrarem em operação, porque depois, ninguém cumpre patavina.
Via Direta
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