Segunda-feira, 20 de outubro de 2014 - 20h37
Eleições 2014
Prossegue a empolgante disputa ao governo “pescoço a pescoço”. Debruçado em números, por regiões, tentei montar um mapa desta eleição para o eleitor se situar. Na região 1, que compreende Itapoã, Candeias, Porto Velho, Ponta do Abunã, Nova Mamoré e Guajará Mirim, vantagem do atual governador Confúcio Moura.
Na região 2, com municípios do Vale do Jamari, o governador Confúcio é soberano em Ariquemes, mas leva desvantagem em Machadinho, Buritis e na maioria dos municípios da região. A coisa já foi pior para Confúcio no primeiro turno por lá. Na região 3, na Bacia Leiteira, o governador vai ampliando a vantagem nos pólos regionais de Jaru e Ouro Preto, mas vai perdendo nos pequenos e médios municípios. Briga renhida. Na região 4, grande vantagem para o governador Confúcio em Ji-Paraná, mas com o tucano forte nos municípios adjacentes.
Na Zona da Mata, no médio Guaporé e Cone Sul rondoniense a vantagem é pequena, mas é favorável ao tucano Expedito Junior. Trocando tudo em miúdos, Confúcio vai ampliando a vantagem na Região 1, mas vai perdendo no interior. No geral estadual, a dianteira do governador ocorre por causa da capital, onde já botou uma boa margem de diferença.
Disputa acirrada
No interior do estado, Expedito Junior se mantém vivo por causa da dobradinha com o presidenciável Aécio Neves, algo bem explorado no horário eleitoral. Ocorre que nosso interior é colonizado principalmente por migrantes paranaenses (onde o tucano Beto Richa é ícone), Minhas Gerais (terra de Aécio), São Paulo (Alckmin e Serra), além de Capixabas, catarinenses e gaúchos, onde o presidenciável tucano é bem avaliado.
Também pode se medir a vantagem do candidato da oposição no interior rondoniense, pelo apoio do ex-governador Ivo Cassol e família - um respaldo que é péssimo na capital – mas que ajuda a sustentar a campanha do tucano na roça.
A eleição de 2014 é marcada por reviravoltas. Quem imaginaria Confúcio Moura ganhando tão bem em Porto Velho? Quem poderia supor, que depois de tanta lama jogada um sobre o outro, Ivo Cassol e Expedito Junior terminariam juntos, no mesmo palanque? Que outras surpresas nos reservam nos últimos dias de campanha, cada vez mais acirrada?
È previsível um efeito manada a partir das definições dos indecisos agora. Vai beneficiar a quem? No primeiro turno Confúcio foi o grande laureado.
“A dobradinha com Aécio é bem explorada
e ajuda Expedito no interior”
Na reta de chegada
Na reta de chegada, beneficiado por reforços mais expressivos, Confúcio Moura leva vantagem e esta situação deverá refletir favoravelmente ao projeto de reeleição do peemedebista. São 46 dos 52 prefeitos, cinco dos oito deputados federais eleitos, 14 dos 24 deputados estaduais eleitos e dois dos três senadores.
Não bastasse, o atual governador é embalado pelos formadores de opinião. Sua estratégia de pagar em dia o funcionalismo e fornecedores teve um efeito decisivo na capital. As últimas inaugurações, como do Colégio Murilo Braga e do teatro Estadual, também fizeram os portovelhenses - aversos a governadores - a mudar o voto. Os investimentos em moradia, pavimentação nos municípios e na saúde animal também ajudaram na virada.
Do lado de Expedito Junior, que esta no poder há 20 anos – e suas empresas têm sido beneficiadas sucessivamente com isto - e no final das gestões briga com os governadores plantão (Bianco, Cassol, Confúcio...) para se fazer de oposicionista, existe muita lábia e promessas inverossímeis. A coisa colou várias vezes, mas de tanto fazer a mesma historinha tudo saturou, já que não tem obras para apresentar. O tucano na verdade, chega a mais uma campanha de mãos abanando junto ao eleitorado.
Ao final dos governos,
Expedito briga com aliados
e vira “oposicionista”
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