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Roubônia, a Petrobras amazônica


Roubônia, a Petrobras amazônica - Gente de Opinião


Professor Nazareno*

            A deflagração da Operação Plateias, dentre inúmeras outras já realizadas em Roubônia e levadas a cabo pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e por outras instituições me trouxe vários sentimentos que eu, devido à idade avançada, já não acalentava mais. E também quando vejo na televisão os desdobramentos da Operação Lava Jato da Petrobras, esses mesmos sentimentos continuam a bater forte no meu cansado peito. A primeira destas emoções é a inveja. Não há coisa mais bonita de se ver hoje em dia do que homens de gravata, travestidos de autoridades poderosas, sendo conduzidos para prestar esclarecimentos à Justiça. Eles ganham notoriedade instantânea e são filmados como heróis para quem quiser assistir. Alguns cobrem o rosto, já outros ficam rindo da situação e mandam seus caríssimos advogados dar explicações à mídia.

            Essa minha inveja talvez seja pelo fato de que como um professor da rede pública de ensino, eu nunca tive nenhum dos meus sigilos quebrados. Uma pena, pois ficaria famoso se a Polícia Federal quebrasse, por exemplo, o meu sigilo bancário. Eu explodiria de orgulho. Com ordem judicial, claro, “os federais” veriam o que faço com tanto dinheiro que recebo mensalmente deste Estado para dar aulas. Quando quebrassem o meu sigilo telefônico, Roubônia e o Brasil saberiam com quem ando falando e trocando mensagens, às vezes tão sigilosas e toscas que se minha esposa soubesse, eu seria um homem encrencado. Já o meu sigilo fiscal se fosse desvendado seria um escândalo nacional: a Receita Federal não sairia de dentro de minha residência. O Brasil inteiro ficaria sabendo dos muitos bens que deixo de declarar anualmente ao Leão.

            O outro sentimento que me vem com estas operações é a incredulidade, uma espécie de decepção pessoal. Não acredito e nem aceito que haja qualquer tipo de  irregularidade dentro do governo Confúcio Moura ou mesmo dentro de qualquer outro governo em Roubônia. Repito: corrupção e desvios de dinheiro são coisas que talvez nunca tenham existido por aqui. Nem aqui nem no Brasil do PT acontece isso. Basta pesquisar qualquer gestão que logo se observam a garra, a honestidade, a probidade e a competência dos nossos governantes municipais, estaduais e federais. Os órgãos responsáveis por estas operações deviam repensar melhor suas ações, senão vão querer insinuar que há corrupção e desmandos até dentro da Assembleia Legislativa do Estado e também na Câmara de Vereadores de Porto Velho. Fatos impossíveis de acontecer.

            O sofrido povo de Roubônia e do Brasil merece ter alegria pelo menos uma vez na vida. Estes acusados deveriam ser logo inocentados para a alegria dos milhões de eleitores que reconduziram Confúcio Moura e Dilma Rousseff para mais um mandato de quatro anos. E já que essa pirotecnia, como sempre, “não vai dar em nada” é melhor poupar tempo e comprar logo “as pizzas”. A Dilma, o Lula e o PT, graças a Deus, vão nos governar por muito tempo ainda. Eu também não creio que haja qualquer ilícito na Petrobras nem em qualquer outra instituição. Tudo intriga da pseudo-oposição. Somos um povo abençoado e sempre soubemos escolher muito bem os nossos governantes. A Filosofia nos diz que o caos antecede a ordem, só que no Brasil e em Roubônia, estamos vivendo a ordem. O caos virá depois. Por isso, alegre e consciente a “plateia” já rejeitou Expedito Jr. e Aécio Neves na esperança de dias melhores, que para nós nunca virão.

*É Professor em Porto Velho.

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