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Vereador Fogaça destaca 'cemitério de obras paralisadas' em Porto Velho durante entrevista na 93,3 FM



Porto Velho, RO – O vereador Everaldo Fogaça (PTB) foi o entrevistado de hoje no programa “A Hora do Povo”, da 93 FM, comandado pelo jornalista Maurício Calixto. Fogaça respondeu as mais variadas perguntas feitas por Calixto, além de atender os ouvintes da rádio.

No primeiro bloco da entrevista, Fogaça falou novamente sobre as obras dos viadutos.  A audiência pública realizada na Câmara de Vereadores, que obteve uma resposta objetiva dos responsáveis a respeito da questão foi convocada por ele e pelo vereador Eduardo Rodrigues (PV).Vereador Fogaça destaca 'cemitério de obras paralisadas' em Porto Velho durante entrevista na 93,3 FM - Gente de Opinião

“Os viadutos de Porto Velho já somam uma montanha de dinheiro desperdiçado. São seis anos de obras até agora. Foram R$ 54 milhões consumidos. A Controladoria-Geral da União informou que ao menos nove milhões foram desviados. E ainda há a previsão de gastos avaliada em mais de R$ 76 milhões para as novas obras, com término previsto para junho de 2016. No Japão uma obra do mesmo tipo levaria no máximo 20 dias”, disparou o vereador logo no começo.

Na visão de Fogaça, os viadutos são sinônimos de vergonha para todos os rondonienses, não só para os que vivem na Capital.

“Recebo diariamente a reclamação de pessoas que vem pra cá e se sentem envergonhadas com o que se deparam. Elas se sentem mal em dizer que Porto Velho é a capital de Rondônia. Veja só Ji-Paraná: foram apenas nove meses de obra para um viaduto bonito e bem feito, não apenas um elevado, como é o caso do nosso. Obra tão demorada assim no Estado só o Hospital Regional de Cacoal, já finalizado”, disse em seguida.

Segundo bloco: obras paralisadas

Dando prosseguimento às demandas levantadas pelo jornalista titular do programa, Everaldo Fogaça abordou, no segundo bloco da entrevista, aquilo que denominou como “cemitério de obras paralisadas” em Porto Velho. Resumidamente, o imenso número de construções que tem início, mas não meio e muito menos fim.

“Os exemplos são inúmeros. O estádio de futebol com capacidade para duas mil pessoas ao lado do Colégio Padrão é um deles. Várias obras de compensação das usinas do Madeira que não saem do lugar, idem. O museu ao lado da igreja de Santo Antônio também é outro exemplo. A obra do prédio do INSS, as construções na Rua Três e Meio.

A depreciação da Avenida  Cahúla e as obras de asfalto estancadas nos bairros Mariana, JK 1 e JK 2. Sem contar os postos de saúde. Ao menos vinte deles estão paralisados. São obras de todos os tipos. Porto Velho é uma cidade a ser construída. Se tudo estivesse funcionando como deveria, o cidadão seria realmente feliz”, salientou.

Terceiro bloco: esgotamento sanitário, saúde e a nova rodoviária

Já no terceiro bloco, Fogaça discursou sobre a falta de esgotamento sanitário e seus reflexos na saúde do cidadão.

“Aprendi o seguinte ainda jovem: quando você investe dez reais no esgotamento sanitário, ou em água tratada, são economizados cem reais em despesa com saúde. São menos pessoas nos postos de saúde. Diminui-se a mortalidade infantil. O cidadão tem uma qualidade de vida melhor”, informou.

Everaldo ainda destacou neste mesmo bloco as obras da nova rodoviária de Porto Velho.

“Queria só informar antes de falar sobre a rodoviária que recebi a informação de que há na Caixa Econômica Federal cerca de R$ 3 bilhões parados.

Este dinheiro todo deveria estar sendo, ou já ter sido, investido em todos os setores: da saúde à segurança pública. Mas sobre a rodoviária, recebemos a visita do governador Confúcio Moura, que falou sobre o assunto a todos os vereadores”, ressalvou.

De acordo com o petebista, Confúcio pretende começar  os trabalhos ainda em 2015. De acordo com o levantamento apresentado, o custo da obra é de aproximadamente R$ 30 milhões.

“Isso dará uma nova cara a Porto Velho. O imbróglio gira em torno da discussão sobre onde construí-la. Segundo o governador, não pode ser longe de onde é atualmente.  Há uma demanda judicial naquela área, que não seria possível resolver rápido.

O proprietário quer um valor bem acima do estipulado pelo mercado, tornando tudo momentamente inviável, apesar de ainda possível. Mas também há possibilidades de ser alocada tanto ao lado da Embrapa, na BR-364, quanto próxima ao Aeroclube”, asseverou.

Quatro bloco: iminência de nova enchente e perguntas dos ouvintes

Fogaça finalizou respondendo perguntas dos ouvintes e fazendo um alerta sobre possíveis danos, reflexos de uma nova enchente, situação que atingiu de forma negativa a vida dos porto-velhenses no ano passado e que está na iminência de ocorrer em 2015.

“Esqueçam hoje qualquer tipo de compensação das usinas. O que tinha de ser feito já foi. Agora sobraram questões que serão avaliadas pelo Poder Judiciário. Os tratados feitos através dos governos federal , estadual e dos municípios já foram cumpridas. Faltam detalhes hoje, migalhas.

O que restou para o Município de Porto Velho e ao Estado de Rondônia são os royalties, valor ínfimo levando em conta as demandas que temos. Não há informações precisas sobre a possível relação das hidrelétricas com a tragédia da cheia. Estou orando, rezando para que não aconteça de novo. Mas o risco é iminente”, concluiu.  

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