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FHEMERON: O PREÇO A SER PAGO PELO SANGUE



Assista reportagem do SIC NEWS


Há várias semanas a cobrança de insumos para a preparação do sangue a ser transfundido em pacientes dos hospitais particulares tem ocupado grande espaço na mídia local. Entrevistas em emissoras de rádio e televisão têm sido palco de calorosas manifestações tanto de parte da Fhemeron como do Sindicato dos Hospitais. Entretanto, a população ainda precisa saber qual o preço a pagar

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Dr. Hiran Gallo:  
“A tabela é ilegal”

quando precisar de transfusão de sangue.

Durante a Audiência Pública ocorrida na Assembleia Legislativa na segunda-feira 29, a Comissão da Saúde daquela casa de leis oportunizou um amplo debate sobre o assunto. Na próxima semana, a Comissão estará reunida com o governador Confúcio Moura para tentar colocar fim do impasse pela via política. Os deputados, por unanimidade, consideraram a cobrança imoral. O representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), Dr. Hiran Gallo, também assim se manifestou e identificou uma série de irregularidades, inclusive a ilegalidade da tabela utilizada. O mesmo acontecendo da parte dos proprietários dos hospitais.

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Bianco: proibiu a cobrança em seu governo

Todos concordaram que, entre outros vícios contidos na referida cobrança, há o custo elevado. Para se ter uma ideia, até para reservar os hemocomponentes o usuário precisa pagar, antecipadamente. E se não usá-lo, não terá seu dinheiro de volta. O preço para reserva varia de R$ 60,66 a R$ 90,71, por bolsa. É isso mesmo: por bolsa!  Para a utilização do sangue, o preço varia entre R$ 386,97 a R$ 1.891,94. Sem contar que a esses valores já exorbitantes será acrescida a taxa de comercialização permitida aos hospitais particulares.

A lei que permite (mas não obriga!) a cobrança dos insumos para preparar o sangue para a doação é de 2001, ou seja, tem 14 anos. Por ocasião do governo de José de Abreu Bianco, que é advogado, a direção da Fhemeron o procurou para saber se cobraria ou não os tais insumos. Ele prontamente disse que não. Agora, quando dois médicos estão no comando da questão, os doutores Confúcio Moura e Orlando Ramires, a cobrança vem com força e causa muitos danos, em especial a diminuição de doadores — esses já insuficientes — que se revoltaram quando souberam que o sangue que doavam era examinado e vendido.
 

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