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Dom Moacyr

Santuário Nossa Senhora Aparecida de Porto Velho


 
Neste domingo que antecede a Festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, a Arquidiocese de Porto Velho consagra o Santuário dedicado a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

A Igreja escolhida já é um grande centro de fé que doravante irá contribuir para renovar a nossa fé e iluminar e afervorar nossa cidade e região na devoção e amor a Nossa Senhora que nos beneficia com sua proteção.

Trata-se da Paróquia São Tiago, formada por diversos bairros da zona leste de Porto Velho; em sua organização conta com treze Comunidades Eclesiais de Base e aproximadamente 70 mil habitantes. Completando 20 anos de criação, é elevada hoje a Santuário, através do Decreto Arquidiocesano, assinado nesta data por Dom Moacyr Grechi, que preside a solenidade de consagração do Santuário Mariano.

A Igreja, conhecida pela sua beleza arquitetônica e pelo afluxo semanal de fiéis dá sinais de verdadeira manifestação de multidão e de povo peregrino que nela acorre para manifestar sua fé ativa, seu amor capaz de sacrifícios e sua firme esperança (Ef 1,3). Segundo o Cânone 1230 do Código de Direito Canônico, sob a denominação de santuário, entende-se a igreja ou outro lugar sagrado, aonde os fiéis em grande número, por algum motivo especial de piedade, fazem peregrinações com a aprovação do Ordinário local.

Conhecemos a devoção e a piedade mariana do povo católico de Porto Velho, desde sua origem; a relação afetiva para com a mãe de Cristo, o amor entranhado do povo à santa Virgem Maria, companheira de caminhada em suas alegrias e dores.
  
Tendo presente a fé universal da Igreja na verdade da mediação universal de Nossa Senhora; a gratidão, a crescente e constante freqüência do povo cristão nos templos dedicados à Maria, confiante sempre na maternal intercessão de Nossa Senhora; considerando a veneração a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil não só por parte desta paróquia, mas também das demais paróquias e de toda a arquidiocese e a possibilidade de manifestar mais concretamente a própria devoção a Maria, Mãe de Jesus Cristo e de seus discípulos, que tem estado muito perto de nós, tem-nos acolhido, tem cuidado de nós e de nossos trabalhos pastorais, amparando-nos sob sua maternal proteção (DA 1) e reunindo a ecumênica família “dos filhos de Deus dispersos” (Jo 11,52), elevamos à dignidade de SANTUÁRIO NOSSA SENHORA APARECIDA a Igreja Paroquial de São Tiago Maior, com sede à Rua Jose Amador dos Reis, nº 2810,  no bairro JK 1, nesta cidade de Porto Velho, em conformidade com o Cânon 1230 do Código de Direito Canônico.

Segundo os Estatutos do Santuário Arquidiocesano, as finalidades principais do Santuário e de suas atividades pastorais são: promover a devoção Mariana na Igreja-Santuário dedicado a Nossa Senhora Aparecida; levar os peregrinos a maior comunhão e participação na vida e missão da Santa Igreja Católica, integrando-os na sua ação evangelizadora, em comunhão com as diretrizes pastorais da Arquidiocese de Porto Velho e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Neste Santuário, além de valorizar as expressões da piedade popular, podemos cultivar a amor a Nossa Senhora, Mãe da Igreja, modelo e paradigma da humanidade, artífice de comunhão (DA 268); inclusive incentivar as peregrinações onde é possível reconhecer o Povo de Deus no caminho. É nas peregrinações que o cristão celebra a alegria de se sentir imerso em meio a tantos irmãos, caminhando juntos para Deus que os espera a exemplo do próprio Cristo que se faz peregrino e caminha ressuscitado entre os pobres.

A decisão de caminhar em direção ao santuário já é uma confissão de fé, o caminhar é um verdadeiro canto de esperança e a chegada é um encontro de amor. O olhar do peregrino se deposita sobre uma imagem que simboliza a ternura e a proximidade de Deus. O amor se detém, contempla o silêncio, desfruta dele em silêncio. Também se comove, derramando todo o peso de sua dor e de seus sonhos. A súplica sincera, que flui confiadamente, é a melhor expressão de um coração que renunciou à auto-suficiência, reconhecendo que sozinho, nada é possível. Um breve instante sintetiza uma viva experiência espiritual (DA 259). 

No Santuário, o peregrino vive a experiência de um mistério que o supera, não só da transcendência de Deus, mas também da Igreja, que transcende sua família e seu bairro.

Nos santuários, muitos peregrinos tomam decisões que marcam suas vidas. As paredes dos santuários contêm muitas histórias de conversão, de perdão e de dons recebidos que milhões poderiam contar. (DA 260)

O Santuário Nossa Senhora Aparecida continua sua missão evangelizadora, agora de paróquia-santuário, com todas as suas atividades, direitos e deveres paroquiais, assumindo também sua condição cânonica de "Paróquia-Santuário Nossa Senhora Aparecida" , sendo seu Pároco nomeado também com o título oficial de "Pároco Reitor".
  
Pelo Decreto de Elevação, neste Santuário Mariano serão oferecidos aos fiéis meios de salvação mais abundantes, anunciando com diligência a Palavra de Deus, incentivando adequadamente a vida litúrgica, principalmente com a Eucaristia e a celebração da Penitência, e cultivando as formas aprovadas de piedade popular (Cân. 1234, § 1). Será determinado um horário fixo para o atendimento às confissões dos fiéis, todos os dias, e a necessidade também de sempre celebrar de acordo com a liturgia da Igreja.

Sem diminuir em absoluto a devoção ao Apóstolo São Tiago, a Festa litúrgica anual da Paróquia-Santuário Nossa Senhora Aparecida será dia 12 de outubro de cada ano.
  
Que Maria nossa mãe, perfeita discípula e pedagoga da evangelização, nos ensine neste Santuário a sermos filhas e filhos em seu Filho Jesus e a fazer o que Ele nos disser (Jo 2,5  DA 1)
  
Concluindo: está previsto para o dia 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina, o Lançamento do Texto-Base do 12º. Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base, que tem como tema “CEBs, Ecologia e Missão” e o lema “Do ventre da terra, o grito que vem da Amazônia”. Sua proposta é o aprofundamento da dimensão missionária e ecológica das Comunidades Eclesiais de Base.
  
A leitura do Texto Base prepara-nos para a celebração do 12º. Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base e ajuda-nos a compreender a sociedade pluriétnica, pluricultural e plurirreligiosa da Amazônia e de todo o Brasil; a ouvir os clamores trazendo a Amazônia mais para dentro de nossos corações e a descobrir novas formas de defender esta vasta e ameaçada região. A perceber o Deus que vive nas inumanas cidades, em meio as suas alegrias, desejos e esperanças, como também em meio as suas dores e sofrimentos. As sombras que marcam o cotidiano das cidades, como a violência, pobreza, individualismo e exclusão, não podem nos impedir que busquemos e contemplemos o Deus da vida também nos ambientes urbanos (DA 514). O 12º. Intereclesial quer fortalecer a articulação e a comunicação das CEBs; aprofundar sua identidade, comunhão e espiritualidade missionária e ecológica à luz do documento de Aparecida. Reunir as pessoas e comunidades na beleza de sua diversidade humana e cultural, oriundas das diferentes regiões do País, de várias igrejas e práticas, na vivência da fé indígena, cabocla e multiracial, na igualdade, na partilha e fraternidade.

Fonte: Pastoral da Comunicação

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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