Quarta-feira, 26 de janeiro de 2011 - 06h53
Entre os muitos assuntos abordados o de maior destaque foi o pedido de apoio às atividades indígenas. Almir Suruí lembrou a importância de haver uma participação maior dessas comunidades nas questões diretamente ligadas a administração pública, onde as tribos possam apontar soluções para os interesses únicos de cada uma delas.
Outro tema pontuado durante o encontro foi a possibilidade de apoio às atividades culturais das etnias existentes em todo o Estado. Suruí ressaltou o pouco investimento feito na manutenção e divulgação da cultura indígena local e desabafou alertando que o maior incentivo às tribos têm vindo de países europeus.
O chefe dos Suruí descreveu ainda o estreitamento de relações entre as tribos e grandes vultos da arte européia, que culminou, inclusive, com uma apresentação de um grupo de atores da tribo na Europa, além de um freqüente intercâmbio com artistas franceses e cantores de renome. “Nós sempre recebemos a visita de grandes músicos e atores nacionais e internacionais”, revelou.
Almir Suruí questionou também sobre a implantação de uma estrutura organizacional da Secel dentro da tribo, uma espécie de Gerência indígena, com a intenção de dar mais atenção as questões relacionadas aos povos nativos de Rondônia, além de ajudar a fomentar e difundir a cultura e o potencial esportivo dos índios da região.
Para Chicão o momento não poderia ser mais oportuno, uma vez que a Secel tem em andamento uma leitura da cultura no Estado e tem feito levantamentos sobre as mais variadas manifestações existentes. O titular da Secel garantiu também o interesse na valorização das tradições e na manutenção das características etno-culturais da população.
O Secretário fez questão de falar sobre a preparação dos jovens atletas indígenas para as olimpíadas. “Quem sabe dessas comunidades não sai um campeão de arco e flecha, de natação ou de remo, para representar Rondônia nas Olimpíadas que acontecem dentro de cerca de cinco anos?”, finalizou.
Fonte: Emilli Sousa
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