Uma coluna sem papas na língua 05/02/11

Clãs regionais

Alguns clãs políticos regionais foram seriamente afetados nas eleições do ano passado. Desde Ariquemes, com os ex-deputados Ernandes Amorim (federal) e Daniela (estadual) derrotados, passando por Jaru onde a dinastia dos Muletas também foi atingida pelo projeto ficha limpa, chegando até Vilhena, com as derrotas da família Donadon.

Tapas e beijos

O relacionamento entre o PMDB de Confúcio Moura e Valdir Raupp e o PT de Eduardo Valverde continua entre tapas e beijos, mas já existem esforços para reavivar a aliança, já que o governo estadual necessita de maioria na Assembléia Legislativa para governar com mais tranqüilidade. As informações ainda são desencontradas, mas com o prefeito Roberto Sobrinho, Confúcio já toca parcerias importantes para a capital.

Ocupando espaço

Beneficiado por uma série de equívocos do PT – agora até com alianças frankstênicas na capital – o PC do B vai ocupando um espaço importante na política rondoniense e pode se transformar na grande surpresa das eleições municipais do ano que vem, em que pese à baixa votação do representante do partido na capital, Davi Chiquilito Erse no pleito do ano passado. Coerentes, os vermelhinhos estão em alta e devem ser predadores dos petistas.

Ponta do Abunã

As lideranças da Ponta do Abunã já começam a cobrar a indicação de um prefeito tampão até as eleições municipais de 2012. A primeira caravana já está se formando para visitar o governador Confúcio Moura, o presidente da Assembléia Legislativa Valter Araújo etc. O sonho da instalação do município de Extrema esta cada vez mais próximo.

Esforços conjuntos

Elogiável a atitude da bancada federal, unindo os senadores Valdir Raupp (PMDB) e Acir Gurgacz (PDT), na busca de garantir os recursos para a continuação do programa de saneamento básico na capital. Como também o ex-governador Ivo Cassol pertence à base aliada da atual presidente Dilma Roussef, a bancada tem tudo para desenvolver um trabalho conjunto, com bons resultados para Rondônia.

Calhas e rufos

Com o inverno amazônico rigoroso – as chuvas continuam intensas na capital – os empresários que se dedicam ao ramo de reparos de telhados, instalação de calhas e rufos tem faturado rios de dinheiro nas últimas semanas em Porto Velho. Desgraça para uns, bolso cheio para outros. E a temporada promete muitas goteiras ainda já que os aguaceiros devem se prolongar até o mês de abril.

Clássicos regionais

Teremos bons clássicos regionais na peleja municipalista no ano que vem, como em Ji-Paraná com Jesualdo Pires x Euclides Maciel; em Ariquemes com Márcio Raposo X  Daniela Amorim, em Vilhena com o prefeito Rover X Donadons e, por aí vai. Na capital teremos um recorde de candidatos com alguns novatos se apresentando ao público além da convocação do PDT para que Dalton di Franco entre nas paradas.  

Do Cotidiano

Os aviões de carreira

A situação do tráfego aéreo chegou a um ponto em que não existe mais a opção de “empurrar com a barriga”. Ou se resolve, ou é o caos. A presidenta Dilma Rousseff, que tem lidado com infraestrutura em geral desde que assumiu a Casa Civil e a condução do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), demonstrou a disposição de criar uma secretaria especial para os aeroportos. Segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a estrutura seria semelhante à da Secretaria Especial dos Portos, vinculada à Presidência da República.

Que a situação é séria, ninguém discute. No Paraná, entrou para o folclore a situação em que um grupo de vinte empresários paulistas, dirigindo-se a Curitiba para em seguida voar até Cascavel, no Oeste do Estado, recebeu na capital paranaense a oferta de trocar os assentos de uma aeronave por viajar apinhados em uma van pela congestionada BR-277 por conta de um cancelamento de voo, enquanto partiam de Curitiba aviões praticamente vazios para outros endereços. Eles viajaram 300 quilômetros der avião e foram gentilmente convidados a cumprir o dobro desse percurso via terrestre.

É condição inevitável do desenvolvimento econômico o aumento do tráfego aéreo. Para suportá-lo, há necessidade não apenas de empresas com maior grau de qualificação, mas também de qualidade quanto a instalações e serviços aos passageiros. Algo já começou a ser feito para que haja algo no ar e ele sejam mais aviões de carreira, em horários mais precisos, em fluxo mais administrável.

 As principais empresas aéreas brasileiras receberam de maneira positiva a proposta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de estabelecer no País um novo tipo de licença para pilotos, com formação gerenciada pelas próprias companhias, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Apresentada como uma alternativa às possibilidades atuais, a proposta pode acelerar o processo de formação dos pilotos.

Segundo o diretor técnico do Snea, Ronaldo Jenkins, algumas empresas já trabalham com programas-piloto com acompanhamento da Anac. “Outras ainda estão aguardando uma discussão mais aprofundada sobre os detalhes, para verificar se é viável ou não”, afirma.

Via Direta

***A bancada federal ainda não chegou a um acordo para iniciar o nome do novo coordenador *** Na legislatura anterior foi Eduardo Valverde, do PT *** Um novo cenário político esta sendo montado para as eleições municipais *** O cassolismo vai definindo seu candidato a prefeito na capital com uma grande surpresa: não deve ser nem Cahulla, tampouco Valter Araújo...

Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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