Sexta-feira, 8 de abril de 2011 - 05h46
O leitor mais atento deve estar acompanhando a preocupação externada por nossas lideranças a respeito do período pós-usinas. Tanto o governador Confúcio Moura, como o prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho, como os senadores Acir Gurgacz, Valdir Raupp e Ivo Cassol têm exteriorizado constantemente a preocupação.
After day
A grande verdade, é que se não começar um planejamento sério a partir de agora a coisa vai virar um after day para a capital rondoniense. Sem contar que o poder público não tem conseguido acompanhar as demandas sociais criadas pela migração desenfreada pelas obras usinas de Jirau e Santo Antonio: vivenciamos um colapso na saúde, caos na segurança, um inferno no trânsito etc.
As alternativas
Se com um elevado índice de emprego, a criminalidade em Porto Velho se mantém na estratosfera, podemos imaginar o que o desemprego de milhares de operários poderá provocar nestas bandas a partir de 2013? O tempo é curto e o que se espera é que as secretarias municipal e de estado de planejamento comecem a botar a cuca dos seus técnicos para funcionar buscando alternativas.
Cargos federais
Finalmente o governo Dilma Roussef começa as nomeações do segundo escalão e dos cargos federais nos estados. Em Rondônia a expectativa é enorme em torno de nomeações para o Dnitt, Eletrobrás-Rondônia etc. As indicações passarão por aval dos deputados e senadores da bancada federal de partidos alinhados com o governo federal.
Vários nomes estão cogitados nos meios políticos para assumir cargos federais no estado. Da parte do PMDB, o ex-senador Amir Lando, dos petistas a ex-senadora Fátima Cleide, do PR, ex-deputado federal Miguel de Souza, do PP, o ex-secretário de planejamento João Carlos, entre outros nomes.
Os deputados estaduais estão cada vez mais antenados e entrando firme na disputa dos votos nas aldeias indígenas rondonienses. Com isso, por iniciativa do representante Zequinha Araújo (PMDB-Porto Velho), os povos indígenas serão objeto de homenagem no próximo dia 25, ás 15 horas, na Assembléia Legislativa.
O município de Guajará Mirim festeja 82 anos de emancipação neste final de semana ganhando um pacote de obras na região. Além das obras já anunciadas, o governador Confúcio Moura pretende recuperar um trecho da Estrada de Ferro para fins turísticos. Já sobre a ponte internacional ninguém mais acredita.
Coalizão rachada
PMDB e PT racham para o pleito de 2012. O PMDB sinaliza a candidatura do engenheiro Abelardinho Castro, atual secretário de Obras do governo estadual, enquanto que o PT vai escolher seu nome entre a ex-senadora Fátima Cleide, o deputado estadual José Hermínio e o vereador Cláudio Carvalho. Bela peleja.
Uma ilha é uma porção de terra cercada de água por todos os lados. Um sedento, no futuro, poderá ser um homem desesperado: ainda que cercado de água por todos os lados, ela será imprópria para seu consumo, muito cara ou destinada a outras finalidades que não sejam matar a sua sede.
Os dois principais inimigos da água necessária ao consumo humano foram criados pelos próprios seres humanos: primeiro, a contaminação hídrica; segundo, as necessidades alimentares.
Para produzir um quilo de arroz são necessários 1.900 litros de água. A produção de um quilo de carne de frango consome 3.900 litros. E para produzir um quilo de carne de gado é preciso investir cerca de 5.800 litros de água.
Quando exportamos fartas toneladas de produtos agrícolas e carnes, estamos exportando com eles uma quantidade imensa das nossas melhores águas. E essas preciosas águas, que valerão no futuro muito mais que grãos ou carnes, não são acrescentadas ao preço dos produtos exportados: simplesmente vão como bônus para os importadores.
Muita água? − A questão que sobra dessa realidade, para a qual muitos brasileiros estão completamente desavisados, é se a atual fartura de águas será eterna ou ao menos conseguiremos evitar exportar tanta água de graça.
O biólogo Helcias Bernardo de Pádua, que vem se dedicando a pesquisas referentes ao consumo e aos estoques de água, afirma que, no tocante às reservas hídricas, o Brasil é atualmente o país mais rico em toda a Terra. Dispõe de 13,7% da água doce existente, além de ter a maior área úmida extensiva do planeta, formando o Pantanal e as florestas alagáveis na Amazônia.
Parece muita água, sem dúvida, mas para que ela seja tratada e conduzida às torneiras urbanas é necessário um investimento que vai além de simplesmente captar e canalizar o líquido.
“Para produzir 33 metros cúbicos por segundo de água tratada”, diz o professor Pádua, “uma estação como o Guaraú, no município de São Paulo, se gasta em média 10 toneladas de cloro, 45 toneladas de sulfato de alumínio e mais 16 toneladas de cal − por dia!”
São produtos químicos caros, substâncias lançadas na água com a necessária finalidade de tratá-la, mas que no final irão se depositar ou criar combinações químicas em outros meios (lodo, organismos, microssólidos), alterando a qualidade do ambiente em que se instalam.
Via Direta
*** O Dia do Jornalista foi comemorado ontem e a coluna agradece as manifestações de apreço recebidas *** Alguns diretórios municipais começam a debater o processo sucessório no ano que vem *** Neste final de semana, será a vez do PR iniciar as tratativas e abrir oficialmente sua campanha de filiações.