Terça-feira, 12 de abril de 2011 - 05h53
ARTIGO
Tributo ao Genésio
Por Artur Quintela Gomes (*)
Genésio partiu. Deixou-nos o legado da musicalidade pura e simples. Afinação perfeita, harmonia idem.
O Excelso Criador não precisa pedir licença para atuar. Levou-nos o amigo que era, também, seu filho querido.
Que descanse em paz.
Tínhamos, os músicos de Porto Velho, nos comprometido com um evento que buscaria minimizar seu sofrimento. Mesmo sabedores que nada poderíamos fazer pela sua cura, estávamos imbuídos da melhor intenção para ajudar, principalmente seus familiares, a suportar a deficiência orçamentária, já que o esteio da família não mais podia ajudar com seu labor.
A música entristece-se. Mas estamos de cabeça erguida diante do Excelso Criador. Fizemos o que achávamos melhor.
E estamos imbuídos a transformar o evento beneficente num grande tributo a um dos maiores mestres da música portovelhense.
De minha parte, continua como dantes, haja vista, agora a família encontrar-se desorientada diante da grande perda. Para ela irão os donativos e toda a arrecadação que o evento propiciar.
Conto com todos os que se haviam comprometido para que Genésio jamais seja esquecido.
Comecemos agora, então.
Dia 29 de abril faremos o Tributo a Genésio. Que a cidade compareça. Homenagem póstuma ao Mestre do Cavaquinho.
Aliás, das Cordas.
(*) O autor é músico compositor
NR – O evento vai acontecer no Clube Ferroviário a partir das 20h00 do dia 29. O convite individual que pode ser adquirido no Mercado Cultural, custa apenas R$ 15,00.
Desta vez foram as cordas do violão e do cavaquinho que emudeceram. O chorinho transformou-se em choro de lágrimas de saudades. A harmonia melodiosa transportou os acordes da imaginação, para uma sinfonia imaginária, que passou a ecoar pelo universo espiritual. Emudeceu nosso mais completo instrumentista das cordas. Morreu o “Papai” Genésio.
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Aos 61 anos de idade, pois nasceu no dia 11 de dezembro de 1949, Genésio da Guitarra cujo nome de batismo era Rogério da Silva nos deixou, aliás, passou a fazer parte do nosso calendário de saudades.
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Quantas e quantas vezes tocamos juntos. Quando eu estava cantando toada pelo bumbá Corre Campo fosse em qualquer apresentação, que olhava para o palco e via o Papai, ficava traquilo, pois, sabia que o espetáculo seria perfeito, mesmo se eu desse alguma ratada, pois o Genésio estava lá para segurar o tranco.
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Nas rodas de samba ou de seresta, sempre estávamos juntos. Tocando forró ou trabalhando algum arranjo para minhas músicas.
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Lá estávamos os dois, por muitos anos tomando café e fumando (ambos não bebíamos bebida alcoólica).
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Foi o Papai quem ensinou ao meu filho Silvinho os primeiros acordes ao violão e depois passamos a tocar (os três) em shows musicais por esse estado afora.
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A Banda da Banda do Vai Quem Quer por muitos anos foi dirigida pelo Genésio e numa dessas, ele criou aquele que considero o melhor arranjo de uma música de minha autoria para a Banda, que é o da marchinha “Menina Mulher”. No CD Genésio é um show a parte na Guitarra.
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No meio dos músicos que fazem parte de grupos de pagode e samba, Genésio é o violonista mais imitado. Todo violonista (novo) quer tocar como o Papai Genésio.
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Tem até a expressão. “Aí cara, deu uma de Genésio, valeu!”
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Do forró a bossa nova, da lambada ao chorinho, de Dilermando Reis a Paulinho Nogueira ele dominava tudo no violão.
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De Waldir Azevedo a Nonato do Cavaquinho Genésio era craque.
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Tenho plena convicção que vamos demorar muito tempo para ver tocando em Porto Velho, um músico tão bom como foi Genésio da Guitarra Papai.
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Descansa em paz meu amigo velho!
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A Academia de Letras de Rondônia, da qual foi parceiro em vários saraus o músico Ganésio Papai, une-se à dor dos que sofrem pelo seu falecimento, rogando a Deus que o receba Consigo. Tenho a certeza que para a cultura e o mundo musical porto-velhense será uma perda difícil de repor. Solicito faça chegar à família do Genésio Papai o sentimento sincero de dor pela perda. Lúcio Albuquerque Presidente/ACLER.
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E agora!
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Para calar a boca das “matildes” (inclusive a minha), veja o convite abaixo:
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A Comissão Executiva Organizadora da Expovel tem a honra de convidá-lo (a) a participar do coquetel de lançamento da Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Porto Velho, onde serão apresentados projeto e calendário do evento 2011. Dia: 13 de abril de 2011. Local: Buffet do Braz- av. Travessa da Beira 45- Arigolândia - Horário: 19h30. João do Vale Neto - Presidente- Expovel.
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Vamos lá!
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Voltando ao Genésio. Dia 29 vai acontecer uma festa “Tributo ao Genésio” no Clube Ferroviário o convite pode ser adquirido no Mercado Cultural ao preço de R$ 15 individual.
TEATRO
O Imaginário no Rio de Janeiro
O grupo rondoniense O IMAGINÁRIO viaja para o Rio de Janeiro para uma residência artística/encontro presencial com a “Cia Será o Benidito?”, no período de 15 a 26 de Abril. O encontro entre os dois coletivos terá como foco a continuidade da pesquisa cênica: oralidade e cameloturgia, selecionado pelo Instituto Itaú Cultural – Rumos de Teatro 2010-2012.
O projeto: "A Oralidade e a Cameloturgia – uma pesquisa cênica do Porto ao Rio" constitui de uma ação em conjunto dos grupos: O Imaginário, de Rondônia, e a Cia. Será O Benidito?! do Rio de Janeiro. A intenção é promover trocas e em seguida fazer uma fusão dos dois estudos, canalizando toda a experimentação, as vivências, os estudos e as pesquisas no sentido de fortalecer e estabelecer um diálogo capaz de instaurar um processo criativo e cênico.
A pesquisa cênica envolverá prática de criação, de formação e de pesquisa histórica baseada na oralidade e de sistematização de processos dramatúrgicos da cameloturgia.
O projeto terá dois encontros presenciais, sendo um no Rio de janeiro, no período de 15 a 26 de Abril e outro em Porto Velho, no período de 12 a 22 de Maio e ainda uma demonstração no Instituto Itaú Cultural, em São Paulo, no período de 26 de Agosto a 04 de Setembro de 2011.
O Projeto terá como base de estudo:
- No Porto (menção ao Porto de Santo Antônio do Madeira, no início da Construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e do surgimento de Porto Velho). Realizar estudo e pesquisa cênica que tem como foco as narrativas e as memórias, buscando na oralidade: as crenças, os costumes e os traços culturais de diferentes tempos, a partir de fatos históricos, e da importância da presença dos trabalhadores de diversas etnias (nacionalidades), no período da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, dando um sentido humano e universal, transformando o drama e as ações humanas da realidade social da época em composição de ações físicas e poéticas para finalização em um texto inédito para encenação/montagem ou divulgação pública, para ampliar a produção e a difusão e ainda o fortalecimento do trabalho de teatro de grupos.
- No Rio (menção à Cidade do Rio de Janeiro). Realizar estudo e pesquisa cênica que tem como foco a Cameloturgia: A Cena e o Chapéu, com base no camelô de rua e na dramaturgia popular. Além de relacionar a cameloturgia a tradição milenar do “Chapéu”. O roteiro, a dramaturgia fragmentada e de improviso dos camelôs é a dos artistas de rua e da cultura popular. O Cameloturgo é o dramaturgo das suas histórias e de sua arte popular, assim como os eternos e atraentes bordões, verbetes, brados e trovas dos feirantes. Culminando na criação de um texto inédito construído para encenação/montagem ou divulgação pública.
Em Petrópolis um encontro com a origem de nossa história
Serão várias atividades na cidade do Rio de Janeiro, entre elas uma visita ao Museu Imperial, em Petrópolis, cidade onde foi assinado o “tratado de Petrópolis”. O Tratado de Petrópolis, assinado em 17 de novembro de 1903 pelo BARÃO DO RIO BRANCO e ASSIS BRASIL, foi aprovado por lei federal de 25 de fevereiro de 1904, regulamentada por decreto presidencial de 7 de abril de 1904, incorporando o Acre como território brasileiro. Pela anexação do território do Acre o Governo Brasileiro se comprometeu em construir a Ferrovia (Estrada de Ferro Madeira Mamoré) e a ponte sobre o rio Mamoré criando uma saída para a exportação dos produtos da Bolívia pelo Oceano Atlântico.
Em busca de fatos e imagens dos nossos antepassados
O Imaginário, através de seu núcleo de pesquisadores, vem fazendo uma varredura na região para descobrir fatos de interesse para a pesquisa. No ano passado, em novembro, uma viagem pelas águas em 30 dias de barco, de Porto Velho a Manaus, buscando em cada localidade ao longo do Rio Madeira fragmentos deixados pelos trabalhadores da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Foi uma viagem instigante e os objetivos foram as sensações e as emoções sentidas pelos trabalhadores, valendo-se da sensorialidade e das experimentações.
Os trilhos da Estada de Ferro são veias para a vida da investigação, percorremos vários quilômetros, visitamos cemitérios e buscamos nas fontes bibliográficas e nas oralidades dos remanescentes dos trabalhadores um sentido para nossa pesquisa.
Visitamos os Museus em Manaus, Guajará-Mirim e Rio de Janeiro, conversamos com historiadores e sempre estamos passeando pelo passado.
Sobre o Programa Rumos Itaú Cultural Teatro
A primeira edição do Rumos Itaú Cultural Teatro tem como finalidade promover um intercâmbio entre teatros de grupo de todas as regiões do Brasil, contribuindo para a articulação desses coletivos e para o desenvolvimento de pesquisa na área teatral.
Para acompanhar esses processos, cada projeto terá um blog com o objetivo de apresentar a pesquisa, o seu contexto, os procedimentos etc., além de assumir a função de registro, os dois grupos manterão o blog: http://oralidadecameloturgia.blogspot.com/
Espera-se que sejam arquivos vivos que incitem o pensar, o buscar e o dialogar. Talvez discursar sobre uma construção não seja tarefa fácil, portanto esses blogs devem ser entendidos como lugar de experimentação.
O projeto é totalmente patrocinado pelo Instituto Itaú Cultural Rumos Teatro e a residência artística no Rio de Janeiro recebe importantes apoios como da Fundação Nacional de Artes – Funarte, Casa Pascoal Carlos Magno/Teatro Duce, SECEL e SEMED.
Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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