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Militares dão uma semana para governo negociar



A decisão foi tomada após vários debates. Se por um lado o governo se comprometeu através de seu líder na Aleac, deputado Moisés Diniz [PCdoB] a receber a comissão formada pelas entidades APRABEMAC, Associação de Sub-Tenentes e Sargentos da PMAC, ACASPEMAC, junto com o Comando das Policias Militar e Bombeiros, por outro, os parlamentares que representam a categoria, garantiram assumir as negociações caso não exista acordo até o dia 04 de maio, quando foi deliberado um grande ato público que poderá ser seguido de greve.

O deputado Jamyl Asfury [DEM] prometeu trazer para ajudar no comando grevista, caso seja necessário, Francisco Carlos Garisto, Policial Federal especialista em greve que foi três vezes presidente da Fenapef – Federação Nacional dos Policiais Federais.

- Vamos esgotar as negociações. Eles conhecem sobre o assunto, mas nós temos que nos sobrepor. Se entrarmos em greve, vamos entrar pra valer e para sairmos vitoriosos nesse processo – disse Jamyl.


O vereador Sargento Vieira lembrou que com o governador Jorge Viana, foram três anos de luta. “Foi o governador que nunca recebeu o comando grevista”, lembrou. O vereador de Acrelândia, Agrecino, disse que a época da ditadura já acabou. “Hoje vocês são bem representados”, destacou.

O deputado Major Rocha [PSDB], economizou nas palavras, disse que a decisão de entrar ou não de greve era única e exclusiva da tropa. E que as instituições estavam prontas para atender o que fosse decidido.

- Estou aqui para honrar meu compromisso com vocês e sair na luta daquilo que vocês de forma soberana decidirem – disse o deputado tucano.

O coronel Edvaldo, que representa uma Comissão de Militares criada para dar um parecer técnico sobre a pauta de reivindicações apresentadas ao governo, desmontou os boatos de tabelas paralelas, mas reconheceu que existe uma falha de comunicação muito grande entre o governo e a categoria. O oficial pediu compreensão ao processo de composição da nova administração.

- A corda vem se esticando há muito tempo. Mas o Tião deu um recado muito forte para as pessoas que estavam ao lado dele na reunião no Hélio Melo, quando afirmou que qualquer decisão sobre esta pauta tem que passar pelo Comando Militar da PM e dos Bombeiros – informou o coronel.


O oficial disse que o governo precisa de mais tempo para estudar o que vai ser alterado a partir da aprovação da pauta apresentada pelas entidades. Mas para o Soldado França, o Estado vem tentando ganhar tempo. Ele afirmou que a proposta apresentada ao comando foi técnica. França puxou o debate de ponderar até a próxima semana e de vir com força total no dia 04, o que acabou sendo deliberado pela maioria durante a Assembleia.

- Se continuar o trololó, dia 04 voltará a ser um dia histórica para categoria – voltou a comentar o deputado Major Rocha.

04 de maio é considerado um dia histórico para os policiais militares do Acre, foi quando aconteceu o primeiro grande movimento por aumento de salários e melhorias das condições de trabalho dos PM´s. O dia é um marco na luta da classe.

Fonte: Jairo Carioca –  ac24horas
Rio Branco - Acre

 

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