Segunda-feira, 25 de abril de 2011 - 11h50
”Falar de gravidez na adolescência é um assunto que deve ser abordado cada vez mais, pois esse número vem se tornando alarmante, e nossas meninas precisam ser orientadas e amparadas para reverter o quadro que se apresenta hoje”. Este é o desabafo da médica Sylvie Amado, especialista em ginecologia na Maternidade Municipal Mãe Esperança.
A ginecologista é uma das médicas que fazem parte do Programa de Planejamento Familiar implantado há quatro anos na Maternidade Municipal Mãe Esperança. O programa “De Novo Não”, que tem o objetivo fornecer métodos contraceptivos, além da orientação e prevenção a doenças sexualmente transmissíveis para essas adolescentes que acabaram de dar a luz.
Além de orientar as mães adolescentes para que não haja reincidência de gravidez não planejada antes dos 20 anos, o programa incentiva ainda a amamentação exclusiva até os seis meses de vida e o retorno aos estudos que na maioria das vezes foi abandonado antes ou durante a gestação. Segundo pesquisas realizadas, as chances de uma nova gravidez entre as mães adolescentes que retornam aos estudos se reduzem significativamente.
O programa conta com equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistente social e psicóloga, oferecendo diariamente diversos tipos de métodos anticoncepcionais, podendo assim a adolescente escolher o que melhor se adapta a sua condição.
O “De Novo Não” tem a coordenação da ginecologista e diretora da maternidade, Ida Perea, que acompanha passo a passo a evolução e a eficácia do programa. “Entendemos que assim, e só assim, podemos contribuir para que nossas adolescentes possam construir um futuro mais promissor para si, e sua prole e em conseqüência uma sociedade mais humana” alerta a diretora.
Segundo dados da maternidade 33% de todos os partos realizados na maternidade são provenientes de meninas com menos de 19 anos. Desde outubro do ano passado vem ocorrendo um aumento de partos na faixa etária de 13 e 14 anos. A maioria das adolescentes grávidas tem menos de seis anos de escolaridade. Estes números levaram a equipe do programa De Novo Não, a elaborar novas estratégias para conter o problema.
Com o planejamento a equipe Identificou os problemas e suas variantes, pontos fracos e fortes, ameaças e oportunidades, para definição de objetivos e metas a serem alcançados, que contribuirão com a definição de ações para enfrentar o problema e reduzir o índice de adolescentes grávidas. "A Maternidade Municipal não aborda as meninas antes da primeira gravidez, mas certamente podemos contribuir para evitar um segundo episódio e incentivamos as meninas a voltarem ao ambiente escolar" disse Ida Perea.
Ações
Entre as ações propostas no planejamento, ficou determinado que cada membro da equipe deverá escrever um artigo do ponto de vista da sua especialidade, para alimentar a imprensa com informações sobre o problema, capacitar as equipes de saúde da família para o atendimento de adolescentes- começando com a equipe da Vila Princesa; realizar campanhas informativas em locais de grande afluência de público como salão de beleza, padarias, bares, pontos de ônibus, etc; buscar parcerias com outras secretarias em especial a coordenadoria de políticas para a juventude; realizar treinamento para a própria equipe da maternidade para otimizar o atendimento de adolescentes; ampliar o portfólio de métodos contraceptivos com aquisição de implantes sub dérmicos anticoncepcionais; em parceria com a coordenadoria de comunicação da prefeitura e criar campanhas para alertar a população sobre o grave problema da gravidez na adolescência.
Fonte: Nara Vargas
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