Segunda-feira, 9 de maio de 2011 - 22h30
Por Carlos Sperança
Com os Democratas em fase de reformulação, o seu presidente regional, prefeito de Ji-Paraná José Bianco anunciou ontem uma campanha de filiações em todo estado. Também garantiu que a agremiação terá candidatura própria em Porto Velho. “É estratégico para o DEM resgatar espaço na capital e a candidatura do partido será para valer, para ganhar a parada”, arrematou.
Ao contrário de outros estados, onde os Democratas estão perdendo representatividade para o PSD - sigla recém criada pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab - em Rondônia o partido além de não perder quadros está se oxigenando com novas filiações. Na avaliação do dirigente, a desconfiança de que o novo partido não se viabilize a tempo para disputar as eleições municipais do ano que vem inibiu o crescimento da nova legenda, “tanto é verdade que o deputado federal Carlos Magno desistiu da troca e resolveu permanecer no PP”, avalia.
Com os prefeitos de dois pólos regionais importantes – ele em Ji-Paraná e Márcio Raposo em, Ariquemes – a previsão de Bianco é que a legenda tenha avanços nas eleições municipais do ano de 2012.
Ex-governador, Bianco atualmente administra o município de Ji-Paraná, que conta com um dos mais altos índices de abastecimento de água no estado - algo em torno de 90 por cento. Neste momento o município se mobiliza para implantar sua rede de esgoto examinando propostas da Caerd e de empresas privadas.
Ainda sobre sua administração, o prefeito afirmou que se viu obrigado a fazer opção pela saúde no município. “Nós atendemos uma região de 16 municípios e ampliamos o aporte de recursos de 16 para 21 por cento”. Com isso, foram destinados R$ 4 milhões a mais no orçamento, o que seria suficiente para construir um Centro Político Administrativo. “Mas optamos pela saúde, que vem em primeiro lugar”, arremata.
Com relação a Porto Velho, cidade onde sempre foi o político mais votado nas disputas travadas ao Senado e ao governo, José Bianco manifestou sua preocupação com o período pós-usinas. Segundo ele, é necessário se empenhar por um planejamento desde já. “Já tivemos uma mostra com a crise de Jirau do que pode ocorrer, com a queda na arrecadação do ICMS. Não podemos perder tempo”.
No que ser refere ao conflito da Caerd com os prefeitos que brigam pela municipalização dos serviços de água e esgoto, ele propõe que o assunto seja discutido democraticamente em audiências públicas até esgotar. “É algo que precisa ser resolvido com a maior urgência, a maioria dos municípios está padecendo com essa situação”, encerra.