Quarta-feira, 1 de junho de 2011 - 21h49
Luciana Lima
Agência Brasil
Brasília - O presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), lamentou hoje (1º) a postura do deputado federal Antony Garotinho (PMDB-RJ) pela maneira como pressionou o governo para ceder em matéria de interesse da bancada religiosa, usando as suspeitas sobre o enriquecimento do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.
"Isso é uma coisa muito chata. Eu acho que não se deve tirar proveito da dificuldade de alguém. É condenável", disse Raupp ao sair do almoço oferecido pela presidenta Dilma Rousseff a lideranças do PMDB, em especial à bancada do partido aliado no Senado.
Raupp, no entanto, afirmou que o caso envolvendo o ministro não foi assunto do almoço com a presidenta, e considera que o assunto deva ser tratado, por enquanto, exclusivamente pelo Ministério Público. "O Congresso é mais palanque. Quem tem que investigar é o Ministério Público", disse o senador.
Na semana passada, o deputado Garotinho liderou uma reunião da bancada religiosa no Palácio do Planalto para pedir a suspensão do chamado kit anti-homofobia, que seria distribuído pelo governo a cerca de 6 mil escolas. O deputado ameaçou levar o apoio dos religiosos à abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o ministro.
Ontem (31), Garotinho também usou a crise envolvendo Palocci para pautar, na Câmara, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que estabelece um piso salarial para policiais e bombeiros militares
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