Sexta-feira, 15 de julho de 2011 - 09h00
Primeiro escalão
Com a troca efetuada na secretaria de Educação, onde foi empossado Julio Olivar (PC do B-Vilhena), o governador Confúcio Moura teria completado uma minireforma administrativa. Foram mexidos cargos importantes – Saúde, Educação e Administração – para ajustamento da equipe do atual governo - que não falavam a mesma língua.
Primeiros destaques
Passados seis meses de Confúcio já é possível constatar dois secretários se destacando: Lúcio Mosquini do DER e Abelardo Castro Neto, de Obras, são os nomes que estão conseguindo mais projeção. E é nesta área, – estradas e obras civis – que a atual gestão começa a imprimir sua marca.
Fim do impasse?
A Associação Rondoniense de Municípios-AROM busca uma solução para o impasse entre a Caerd e as prefeituras no que se refere à disputa pelos serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto. Em vista das pendengas existentes, algumas já na justiça, como é o caso de Ariquemes, a proposta é aprofundar a discussão envolvendo também a bancada federal.
As garantias
Alguns prefeitos já aceitam voltar atrás e não romper com a famigerada Caerd, caso a autarquia dê garantias que tem condições de tocar esses serviços em seus municípios. Se na capital, até para tapar um buraco ou atender reparos da sua rede demanda meses, eu fico imaginando que garantias a companhia poderá apresentar aos prefeitos.
Os Democratas
Os Democratas estão comendo sanduíche e rotando caviar. O partido, ao invés de crescer em 2012, conforme tem anunciado, tende a perder espaço nos principais colégios eleitorais do estado. Senão vejamos: em Ji-Paraná, o DEM não terá candidatura própria – se Bianco pudesse concorrer, ganharia mais uma, com certeza – e lá o partido tem compromisso com Zé Otônio (PSDB).
Pólos regionais
Nos pólos regionais mais importantes, também os Democratas não estão bem na foto. Em Ariquemes, por exemplo, administrada por Márcio Raposo, a sigla tem predadores a espreita com as garras afiadas. Em Porto Velho, Cacoal e Vilhena a legenda não tem candidatos de ponta. Por conseguinte, crescimento aonde, cara-pálidas Democratas?
Aliança implode?
Se em ano sem eleições, como 2011, os secretários e adjuntos já se atacam como onças do Vale do Guaporé disputando território, eu fico imaginando, como ficará a aliança de sustentação do governador Confúcio Moura nas eleições do ano que vem. Imaginem nove partidos, todos eles com candidatos próprios se engalfinhando?
Candidaturas próprias
Vejam o caso de Porto Velho: O PMDB terá candidatura própria (provavelmente Zequinha, que lidera a corrida na capital); o PV com Garçon (2º lugar no ranking), o PT vem de Fátima Cleide (já em terceiro lugar nas pesquisas), o PSB com Mauro Nazif (forte nas paradas), o DEM com Jep Rover, e ai por adiante. Assim não tem aliança que resista...
Do Cotidiano
Os poços secando
Com os poços caseiros já secando neste início de verão e uma crise de abastecimento de água se instalando em Porto Velho, a universalização do abastecimento de água volta ao debate. Se estados mais tradicionais, ainda contam com municípios distantes de atingir as metas governamentais, o que se pode dizer do que ocorre em Rondônia, Acre, Amazonas, Amapá e Roraima?
Recente pesquisa do IBGE aponta que o país dificilmente conseguirá atingir este objetivo até 2030. Em Rondônia, apenas Cacoal tem condições de alcançar antecipadamente a meta, já que é a cidade melhor dotada de infra-estrutura em termos de água e esgoto em toda região Norte.
Mas, o que dizer da pujante Porto Velho, com menos de quatro por cento de domicílios atendidos pela rede de esgoto? Com a metade da sua população de 430 mil habitantes - contabilizada pelo IBGE em 2010 - sem água encanada?
Com uma gigantesca migração nos últimos dois anos - que já começa a despencar - a capital rondoniense se transformou num poço de problemas sanitários, já, que a falta de saneamento influencia diretamente no aumento de pacientes com doenças gastrintestinais nos postos de saúde.
Também Ji-Paraná, o pólo regional mais importante do estado, com uma população próxima dos 120 mil habitantes, padece com a questão de infra-estrutura e saneamento básico. Se na distribuição de água, o município teve bons avanços nos últimos anos, já no quesito esgoto tratado, a cidade com quase quatro décadas de emancipação, esta atolada, como uma vaca no brejo.
Como Ji-Paraná, outros importantes municípios do estado, como Ariquemes e Vilhena, lutam contra a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia-Caerd para que os serviços sejam municipalizados ou privatizados. Neste caso, as redes seriam instaladas em parcerias públicas privadas.
O nó gordio criado em Rondônia é a estatal rondoniense que trata do saneamento. A companhia, criada ainda nos idos de território foi arrebentada por sucessivas administrações perdulárias, transformada em cabide de empregos pelos políticos. Na década passada, uma parceria entre o governo estadual – que começou na gestão José Bianco – conseguiu melhorar as coisas, no entanto até hoje a companhia não tem recursos para tocar as obras tão necessárias no estado.
Via Direta
*** A justiça investiga a distribuição de verbas para os sites de notícias regionais *** Pelo que se vê, existe autofagia entre os jornais eletrônicos: as denuncias partiram do próprio meio *** *** Os poços caseiros secando e pela falta de água encanada a capital tem registrado dezenas de casos de diarréia nas últimas semanas.