Sexta-feira, 7 de outubro de 2011 - 05h12
Comissão mista
O senador Acir Gurgacz (PDT) e os deputados federais Carlos Magno (PP) e Nilton Capixaba (PTB) acompanharam ontem os trabalhos da Comissão Mista de Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional, na reunião realizada na ALE-RO. Nossa bancada federal atua forte na captação de recursos da União para Rondônia.
Nos bastidores
Esta em curso uma guerra surda entre o presidente da ALE Valter Araújo e o governador Confúcio Moura. Com maioria e controle de quase dois terços do Poder Legislativo, Araújo tem travado toda a pauta de interesse do estado. Como se vê, a maioria cassolista ameaça paralisar tudo de vez.
Fim da janela
O prazo para troca de partidos e domicílios eleitorais se esgota hoje e a sigla mais beneficiada em Rondônia foi o recém-fundado PSD com adesões de um deputado federal (Moreirão); dois deputados estaduais – José Hermínio e Jaques Testoni - e dois prefeitos importantes, Márcio Raposo (Ariquemes) e Alex Testoni (Ouro Preto).
Mais destaques
Entre as novas filiações, o PMDB ganhou o secretário da Educação Júlio Olivar (em alta no governo Confucio), o PTB com as adesões dos ex-prefeitos Melki Donadon (Vilhena), Milene Mota (Rolim de Moura) e Daniela Amorim (Ariquemes). Na capital não houve adesões de vulto nem para o PMDB, tampouco para o PTB e PSB.
Mais perdeu
Constato que a sigla que mais perdeu com o fim da janela foi o PPS de João Cahulla, que ficou sem o seu deputado federal e um estadual. O PSDB de Expedito Júnior perdeu as ex-prefeitas Milene Mota e Daniela Amorim. O PR, de Miguel de Souza, entre perdas e ganhos, ficou na mesma. O DEM perdeu o prefeito de Ariquemes Márcio Raposo.
Sem avanços
Esperava-se avanços significativos no PP, mas isso não acabou se confirmando. A legenda que exercita oposição a Confúcio e Roberto Sobrinho não arrebanhou conquistas nem na capital, onde Ivo Cassol continua sendo um nome muito forte. Já, o PT, num balanço geral, mais perdeu do que ganhou e ficou sem Hermínio.
Pelo interior
Em Ji-Paraná o PDT se consolidou, com candidatura própria a prefeitura com a filiação de Marcito Pinto; em Jaru os petistas surpreendem nas primeiras projeções eleitorais com Sônia do PT. A outra surpresa no estado é Clayton Roque do PSB, em Pimenta Bueno levando vantagem sobre os caciques tradicionais.
Balanço estadual
Num primeiro balanço, o que se vê mesmo é um baita avanço das mulheres, com boas chances de emplacar as prefeituras de Porto Velho (Fátima Cleide ou Epifânia), em Ariquemes com Daniela Amorim, em Jaru com Sônia do PT, em Cacoal com Glaucioni Nery em Rolim de Moura com Milene Mota em Espigão do Oeste com Lucia Tereza e em Nova Mamoré com Ana da Oito.
Pode-se considerar que a ideia original foi do rei-menino espanhol Filipe IV (1605−1665, também rei de Portugal, como Filipe III), que há 390 anos, em 13 de junho de 1621, em seus tenros 16 anos de idade, dividiu o Brasil, então sob seu governo, em dois estados: Maranhão, ao Norte, e, ao Sul, Brasil, que depois seria o nome de toda a Nação.
Como para a historiografia moderna, importa mais saber “por que” do que “quando”, a questão é: por que o Brasil era governado pela Espanha, se foram os portugueses que descobriram a Terra Brasilis?
O rei Filipe I de Portugal, II da Espanha (1581−1598), era filho de mãe portuguesa: d. Isabel de Portugal (1503−1539), filha do rei português d. Manuel I e da espanhola d. Maria de Aragão e Castela. D. Isabel, imperatriz do Sacro Império Romano-Germânico, encarregou as suas damas, portuguesas, de educar o futuro rei espanhol.
Com a vacância no trono determinada pelo desaparecimento do rei d. Sebastião I (1554−1578) na batalha de Alcácer-Quibir, Filipe requereu o direito ao trono português e assumiu pelo direito e pela força o controle de toda a Península Ibérica.
Seu filho, Filipe III, não seguiu a política esperta do pai, que era reinar sobre Portugal entregando a gestão local a leais súditos portugueses. Impor espanhóis para governar os portugueses seria o início da derrocada do arranjo de seu pai.
Como os lusitanos estavam irritados, o rei pensou até em fazer de Portugal a sede da monarquia espanhola, como a família real portuguesa faria com o Brasil, em 1808, a conselho dos ingleses. Mas logo depois de fazer sua tardia visita de conciliação a Portugal o rei cairia doente.
Seu filho, Filipe IV, é aclamado rei da Espanha. Para Portugal, rei Filipe III. O jovem rei Filipe tentou ganhar a simpatia dos portugueses criando os Estados do Brasil e do Maranhão, entregando sua gestão a administradores lusitanos, em 1621, mas suas políticas foram desastrosas e arruinaram Portugal.
Sob pleno domínio português, portanto, que em 1751 o Estado do Maranhão passa se intitular Estado do Grão-Pará e Maranhão, tendo sua capital transferida de São Luís para Belém. Seu território compreendia as regiões dos atuais estados do Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão e Piauí.
Via Direta
*** O ex-deputado estadual Miguel Sena deixou o PSDB e ingressou no PP de Cassol *** Sena é pré-candidato a prefeito em Guajará- Mirim *** O ex-prefeito de Presidente Médici, Antonio Geral retornou da viagem que fez aos altiplanos bolivianos *** Ele começa a participar das tratativas da sucessão em seu município.