Terça-feira, 11 de outubro de 2011 - 05h51
Um a um
A necessidade faz o sapo pular e com isso o governador Confúcio Moura, o filósofo, esta chamando de um a um os deputados estaduais para conversar. A grande verdade é que a falta de uma maioria confiável na Assembléia Legislativa tem travado os projetos do Executivo. E para a oposição, vale aquela máxima do quanto pior melhor.
Pauta travada
Os deputados que atormentam atual governo são majoritariamente aqueles ligados ao ex-governador Ivo Cassol. Só que quando ele batia o pé, eles corriam como vira-latas. Mas no governo Confúcio, se dizem “independentes” e falam grosso. Travam pauta e quando os projetos governamentais não têm defeito, eles inventam. O serpentário esta agitado.
Bom senso
É importante que o Poder Legislativo seja independente e que atue com seriedade na fiscalização dos atos do Poder Executivo. Mas a coisa não pode ser assim tão radical, aonde num governo, os deputados agiam como vacas de presépio, aprovando tudo a toque de caixa, e na gestão seguinte, radicalizando até com as propostas de interesse público.
Uma homenagem
Ex-vereador e ex-deputado estadual, o empresário Davi Chiquilito Erse, acabou ingressando no PMDB com as bênçãos do cacique Valdir Raupp que foi adversário do seu pai, Chiquilito Erse. Com o passar do tempo Raupp e Chiquilito se tornaram amigos, participando das mesmas alianças e agora, Raupp ao acolher Davi, faz uma homenagem ao ex-prefeito já falecido.
13º terceiro
Os prefeitos brasileiros brigam no Supremo Tribunal Federal pelo recebimento do 13º terceiro, na contramão mais uma vez com a opinião pública. A classe política não se emenda: de um lado os vereadores aumentam o numero de cadeiras para se garantir na reeleição, de outro os alcaides buscando sempre mais vantagens.
As emendas
A mídia nacional volta a questionar o destino das emendas parlamentares, relembrando os casos dos anões do orçamento da União, dos sanguessugas (sempre acabam lembrando do Nilton Capixaba, né?), etc. Novos escândalos podem estourar de uma hora para outra envolvendo os parlamentares brasileiros.
O céu é o limite
Para se ter uma idéia do crescimento de Porto Velho é preciso de quando em quando perambular pelos bairros periféricos. De um lado, a capital rondoniense espichou além do Ulysses Guimarães, um bairro há quase 16 quilômetros do centro, já atingindo a Zona Rural, depois do Parque da Amazônia. De outro, se vê a região do Castanheiras, ultrapassando o Jardim Uirapuru.
De primeira
Mas a surpresa das andanças pela periferia está na região do Ulysses, Marcos Freire, Ronaldo Aragão etc. Lá, esta sendo erguido um dos maiores colégios da capital e o funcionamento do posto de saúde beira o primeiromundismo. Só falta servir chá e cafezinho, como no Hospital do Câncer em Barretos. Tem até TV de 42 polegadas a disposição dos pacientes.
Do Cotidiano
O nosso “primarismo”
Como se diz que há mais de uma forma de esfolar um gato, também há diversas formas de analisar a economia de um País a partir de seus indicadores mais notáveis.
Depois que cresceu a exportação de commodities à China e explodiu a importação de sedutoras quinquilharias do modismo tecnológico, a oposição passou a acusar o governo de abandonar a indústria à própria sorte e privilegiar o “primarismo”: a ênfase na exportação de matérias-primas.
Obviamente os governistas responderam que não é nada disso: a indústria continua exportando como antes e a diferença é que as exportações agrícolas aumentaram.
Como a vida não trata de governismo ou oposição, pode-se afirmar que as duas alegações estão corretas. Houve um boom de compras de matérias-primas por parte da China, que levou o país oriental a subir ao topo da nossa parceria comercial, mas o imbróglio cambial derrubou as exportações do segmento industrial, especialmente em setores como o mobiliário e calçadista.
Na verdade, as causas do problema se encontram em uma não-decretada divisão internacional da produção na qual os países ricos se reservaram o papel de exportadores de produtos elaborados e aos países pobres a função de meros exportadores de matérias-primas.
O Brasil terá que escolher em qual time quer jogar: seguirá no “primarismo”, que apressa o esgotamento dos nossos recursos naturais, especialmente no tocante aos minérios, ou ingressará no clube dos exportadores de produtos elaborados, com maior valor agregado que as commodities?
O caso do café deixa essa incógnita ainda mais explícita. O Brasil conseguiu números surpreendentes nas exportações de café verde: entre agosto de 2010 e deste ano, foram vendidas 31,5 milhões de sacas. No entanto, as exportações de café torrado e moído patinam e recuam.
Até agosto, as indústrias venderam 22% menos em relação a 2010. O que fez a receita aumentar foi o avanço dos preços internacionais. Enquanto isso, também neste segmento as importações crescem em ritmo acelerado. Até agosto deste ano, as compras externas de café torrado aumentaram em 56% em relação a 2010.
Via Direta
*** Com o caixa em baixo, os prefeitos dos pequenos municípios rondonienses esperam os recursos do pagamento do 13º *** Em vista do feriado no meio da semana a tendência é de esvaziamento das sessões na Assembléia Legislativa *** Ocorre que dois terços da casa de Leis é formada por parlamentares do interior do estado.