Quarta-feira, 9 de novembro de 2011 - 19h07
Frase do Dia:
“Não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia. Nem a cracolândia como se fosse a USP.” –Fernando Haddad, Ministro da Educação, que pelo jeito entende mais de cracolândia que de ENEM e USP.
01-Batendo o bumbo
Com a passagem marcada para se apresentar ao batente depois de um longo período em que deixou o pai fazendo artes em Brasília, Cassol resolveu bater o bumbo antes de ir-se. Natural que assim seja e natural que o couro do bumbo tenha sido tirado das costas do Dr. Confúcio, até porque, quem mais estaria na mira? Os prefeitos estão no primeiro ano ou no último, na ALE o buraco é mais embaixo, apesar dos aliados e do governo federal, Cassol não tem ou nada pode falar já que é e continuará sendo parte do consórcio. Resta o porque. Cassol se repete e retorna uma conversa que teve com o governador a bordo de um avião (Vídeo AQUI). De resto salvo a questão dos empréstimos, o bumbo faz barulho sem que se saibam as definitivas razões.
02-Nem tanto ...
De novo o nhem-nhem-nhem da privatização da saúde. Calma gente. A privatização já existe e é legal. Que o digam os donos de polpudos contratos de limpeza e alimentação ou atravessadores visíveis ou invisíveis que há anos têm a dura tarefa de fornecerem com um lucro fabuloso, equipos e equipamentos a hospitais ou correlatos. Mutirão de saúde para quem não sabe, é um tipo de privatização e a gestão compartilhada, idem. Fiquemos nela. A idéia não é ruim. O estado é que é. O estado pode até entender de saúde mas antes entende de salários de servidores, igrejinhas, CDs, afilhados, indicações políticas, desvios de verbas e só depois e olha que é bem depois entende ou melhor pratica saúde e muito da meia boca. Da minha parte, jogo a toalha avisando que a idéia não vingou em vários pontos do Brasil. E tudo porque o estado existe.
03-Nem tão pouco.
Quem ouviu falar que uma fundação, um instituto ou o raio que o parta andou fazendo estudos para dizer ao governador de Rondônia qual era o melhor tratamento para a saúde doente? Até o ponto que me foi informado, juntaram informações do que deu certo em alguns cantos e danaram-se a fazer o mesmo. Ora, se é verdade que foi assim, pode tirar o cavalo da chuva. Em alguns cantos quem implantou está vendo caspa virar mandiopã de tanto esquentar o juízo. Sem usar a ciência para planejar a administração pública, a possibilidade de erro deixa de ser uma variável e se transforma em fator determinante. E, mormente se no planejamento estiver à frente um cidadão cheio de boa vontade, mas de conhecimento sofrível. Saúde é algo muito importante para ficar apenas com uma secretaria de governo. Onde está o Conselho de Saúde?
04-Aquela rodoviária...
Sabe aquela hora em que aquela coisa que seria dita por aquela pessoa é tudo aquilo que aquela pessoa queria ouvir desde aquela época e que por conta daquela querela não ouviu? Explico melhor: o tempo é senhor da razão e quando até eu, o mais crédulo devoto de São Tomé aninhava incertezas no meu peito, recebo a lipoaspiração das minhas dúvidas: Confúcio e Sobrinho vão mandar aquela velha rodoviária pra casa do crica! A depender de minha vontade e a do povo de Porto Velho vai ser um zás-trás. Primeiro dinamite capaz de pulverizar todos os viadutos da capital. Um baita BUM! Noutro zás-trás uma empresa erguerá Rodoviária da Capital e dê-lhe mais BUM! de foguete na inauguração. Agora vai. Ora se vai. E se não me fiz entender perdoe-me. Obra em Porto Velho é assim mesmo: difícil, devagar e quase parando.
05-Coisa do cramulhão...
Só pode ser coisa dele. Do coisa ruim, pé redondo, zarapelho, tinhoso, do lá de baixo. Só pode ser. Coisa de Cutubas e Peles Curtas não é com certeza. Veja você. Com tanta gente doente de câncer e indo se tratar em Barretos, o Dr. Henrique Prata se apiedou e resolveu fazer uma unidade aqui em Porto Velho. Aí alguém já resolveu botar gosto ruim na coisa. Quer mais? Tem. Preste atenção: depois de anos fazendo o serviço na casinha, com fossa perto do poço, Lula se apiedou e mandou construir o serviço de esgoto para compensar as usinas do Madeira. Aí o TCU avaliou e disse que é pra não liberar o dinheiro pois o fdp* que iria cuidar do projeto engazopou, (*)agou tudo e a (*)erda toda só foi vista depois? Tem que ser coisa do tremunhão...
06-É verdade sim, governador.
O governador Confúcio Moura chorou as pitangas no seu blog. Tudo por conta de três amigos denominados X, Y e Z e das suas inconfidências. Ora, ora, isso não se faz senhores amigos incógnitos. Com tanta coisa para fazer como é que os senhores vão chamar o homem para uma conversa recheada de tristeza daquelas que atingem e amarguram a alma. Lembrei de um ensinamento do filósofo Hemetério de Jacobina: “Não se pode roubar os sonhos de homem”. Ora, ora, ora, se o governador sonhava que a Sedam ia bem e que tudo corria às mil maravilhas, por que levar desassossego à sua alma? Agora o governador indaga: “será verdade ou será mentira”. Isso me lembra a piada do português que mandou um detetive investigar sua esposa.
07-Entre o querer e o poder
Não sei se já falei que concordo com algumas idéias do governador Confúcio Moura e não é coisa de agora não meu preclaro amigo. Há muito tempo advogo a existência de um estado mínimo e funcional. Não apoio esse mundo de contratações de pessoal via apadrinhamento, pedidos, milagres, gratidão pelo voto ou pelo financiamento da campanha. No blog o governador avançou por outros pontos ao falar da Secretaria da Saúde e óbvio, com toda propriedade. “Não vejo tanta necessidade da Secretaria de Estado ser tão pesada. Tão grande, com tanta gente, com tantos aluguéis, quase a cidade de Porto Velho, em cada canto, um prédio alugado para ter gente da saúde. Alguns deles bem pouco fazem para se justificarem. E vai ficando assim mesmo.” Na iniciativa privada um papo desses é quase um aviso prévio. No poder público porém...
08-Na corda bamba
Por bem menos que isso o ministro Jobim caiu fora mas Lupi pelo jeito é aquele tipo de pessoa que gosta de passear na beira do abismo. Depois de falar borracha, recebeu o troco e da chefa. A presidente Dilma Rousseff não gostou nem um pouco do seu tom ameaçador que disse "duvidar" que Dilma o demitisse e que ele não sairá "nem na reforma ministerial", prevista para o início do ano, quando deixarão deixar seus cargos todos os candidatos que estão no primeiro escalão do governo. Com o pavio curtíssimo e nesse caso creio que até sem pavio, Dilma incumbiu a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, de levar sua insatisfação ao Ministro do Trabalho. Gleisi disse a Lupi que "houve excesso" na fala dele e que "ele e todos os ministros deste governo sabem que quem nomeia e quem demite é a presidenta". Toma tonto. Vai pro facão já, já.
09-Democracia baseada
Na entrevista a jornalista Monica Waldvogel começa chamando os estudantes da USP que se insurgiram contra a decisão da justiça de meninos. Ora, ora, ora, quando a coisa começa assim, já se sabe que a linha da entrevista estará baseada (sorry) na premissa de que o que houve foi arte de crianças e portanto, estará voltada para um lado. O tema era a declaração do ministro da segurança (sorry de novo meu bichin) quero dizer da educação, que do alto de sua magnificência proclamou: “Não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia. Nem a cracolândia como se fosse a USP”. Gostei da frase, da entrevista, do ministro, da UNE e das bombas e coquetéis molotov guradados para o caso da democracia engatar uma ré. Baseado (sorry) na investigação, registre-se que nenhuma paranga de pó ou trouxinha de maconha foram encontradas.
10-3 perguntas cretinas
Será que o governador Confúcio não poderia dar uma mãozinha e liberar mais algum para acabar as obras dos viadutos? Será que quando o governador Confúcio Moura pergunta via blog “será que é verdade ou será mentira” estará ele falando a verdade ou será que é só força de expressão? A quem interessa a briga de foice no escuro entre Executivo e ALE, agora chegando às barras da justiça? Não precisa responder nada.