Quinta-feira, 8 de dezembro de 2011 - 11h58
Frase do Dia:
“...o brasileiro remediado é uma Griselda que ainda não ganhou uma bolada na Megasena.” – Jornalista Josias de Souza
01-Piada pronta
Com tanta roubalheira na Saúde, o governador pegou o bisturi para uma cirurgia exploratória. Primeiro rebaixou o posto do secretário titular para adjunto e convocou um delegado que era o secretário adjunto da Secretaria da Segurança Pública para assumir a titularidade da Saúde, o que não é nada for do padrão. Serra que foi ministro da saúde é economista e Pelé já “garrou” no gol do Santos. Informações de bastidores dão conta que o delegado Ricardo Rodrigues não é exatamente um leigo em Saúde. Com Batista preso e um delegado à frente da secretaria só falta mesmo acertar aquela parte da saúde que envolve médicos, pacientes, hospitais, etc.
02-Lei de Murphy
Quando a bela agente penitenciária fui guindada ao posto e entronizada como a secretária da SEJUS e com isso responsável por todo o sistema penitenciário com os seus presos, presídios, alimentação, rebeliões, PCCS e mais todo o zezêu de rosquinha, o comentário geral é que isso não iria dar certo. O bafão surgiu entre os agentes penitenciários, a mesma classe que abriga a bela Miriam. Enunciado da Lei de Murphy: “Quando alguma coisa pode dar errado, dá errado”
03-Tabuada de somar
Sexta feira, 18 de novembro e a população de Rondônia chocada com a operação Termópilas. As notícias de corrupção, gravação de conversas telefônicas e prisões agitaram o estado e por quase vinte dias era o pau que dava, principalmente porque entre os presos estavam figurões da política local encabeçados por Valter Araújo, presidente da ALE e José Batista, secretário da Saúde. Para o povão acostumado a ver nas prisões apenas pobres, pretos e putas, foi a glória. A justiça somando forças com o povo para acabar com a corrupção pelo menos naquela hora.
04-Tabuada de subtrair
Quarta feira, 07 de dezembro e a população de Rondônia chocada com a operação Termópilas. Sai a notícia da soltura do deputado Valter Araújo no vigésimo dias após sua prisão e de novo o estado se agita e a “pizza” pula do cardápio para a boca do povão, como parte de edificantes conversas onde não faltam adjetivações à justiça. “A polícia prende e a justiça solta” é a senha para iniciar ou findar o papo. Esquecemos-nos que a polícia prende por ordem da justiça e que isso é processo, mas a percepção da impunidade diminui o valor da justiça aos olhos do povo.
05-Liberdade relativa
É esperar para ver. Quem foi pego pela Operação Termópilas e ainda está ouvindo o barulho da porta da cela batendo, pode economizar um dindin se o advogado seguir a linha de defesa do advogado do deputado Valter Araujo. O pedido para soltura não carece de grandes firulas jurídicas e a picada na mata foi aberta. Não me custa lembrar, entretanto que é bom guardar bastante do que roubaram, pois a parte mais cara do processo judicial ainda está por vir e as provas são robustas. Sair da cadeia é relativamente barato e rápido. Ficar fora dela, porém é “só para quem tem a pedra”. Para quem ganhou a liberdade lembro que a linha está frouxa, mas presa na carretilha. Como tem gente que se enforca com apenas um metro de corda...
06-Desentranhando
Vamos por partes como diria Jack: o fato de sair da prisão e ficar fora dela não significa que alguém é inocente. Ele só não está preso, mas responde ao processo. Todos têm amplo direito de defesa e só serão considerados inocentes ou culpados quando a justiça sentenciar. Outra coisinha muito importante: ninguém vai preso pela polícia principalmente a federal, por estar fazendo algo certo. Normalmente é o contrário. Você pode ter certeza que o cara roubou, mas para chamá-lo de ladrão é preciso ter provas além da vontade. Processos judiciais são lentos por natureza, até pela legislação anacrônica feita por muitos que desejam que ela seja assim: falha e lenta. Isso não quer dizer que não se faz justiça. Falta muito ma o Brasil tem avançado.
07-Estado de direito
No estado de direito tanto o Estado, quanto os indivíduos são submetidos ao mesmo Direito. O Estado exige o que está na lei, não age contra as existentes e o que se busca é o bem comum e a proteção da lei e do cidadão. No estado de direito autoridades são monitoradas presas mas, com amplo direito de defesa, governadores usam prerrogativas em casos de greve da PM, o vice-presidente assume no lugar de quem se afasta –Hermínio Coelho é presidente da ALE –, a imprensa se manifesta livremente, o povo exige que a lei seja cumprida, seu dinheiro seja bem utilizado e seu voto respeitado. Claro que às vezes dá vontade de esquecer tudo isso, mas fica na vontade. O estado democrático de direito é uma conquista suada, soberana e eterna.
08-Ice-man
No meio dessa barafunda toda no seu governo, o governador Confúcio Moura sentou com as cabeças coroadas do PMDB e ouviu. Instado a falar teria saído com duas pérolas num discurso onde a paciência para ouvir teria sido um angustiante e espinhoso exercício para os dois lados: “vou fazer do meu jeito” e “meu tempo é diferente”. Só para relembrar, no primeiro ano do seu mandato como prefeito em Ariquemes, o então prefeito Confúcio Moura esteve prestes a renunciar. A ajuda de amigos, autoridades e forças políticas até de oposição o impediram. Ali aprendeu que as abóboras se arrumam sozinhas na carroça apenas com o trotar da mula véia.
09-Burocracia que inferniza
Uma denúncia de que uma licitação ou um processo estavam errados levou a prefeitura de Porto Velho a cancelar tudo e partir do zero. Tratava-se do caso das caçambas. Inconformado, o ganhador foi à justiça. O TCE analisou, viu que não havia erro e que poderia controlar a priori a execução trabalho. Pediu os apontamentos e aí o barraco desabou. Sem planilha específica, cada apontador fazia a anotação que era enviada ao TCE que devolvia para mais informações. Pagamento suspenso, caçambeiros no trampo e... “sem grana não dá. Popará!”, berraram. Ontem corrigiram o excesso de zelo. Os caçambeiros vão receber a grana, mas o prejuízo está feito. Mas que papilin dos quinto dos infernos esse que consegue parar até uma caçamba uai!
10-Três perguntas cretinas
Minha sugestão “digrátis” para o governador Confúcio Moura resolver a crise na segurança: já que um delegado foi para a saúde, que tal mandar o Dr Sérgio, diretor do João Paulo II, para a área da segurança pública? Será que o deputado Valter Araújo não pode presidir a Mesa por sistema de vídeo conferência? Como os nossos representantes estão com os bens bloqueados, sem aquela ajuda providencial desde o dia 18 e considerando que o Natal é tempo de perdão, confraternização, alegria e baboseiras do tipo, que tal o povo se juntar e de coração, fazer uma vaquinha e comprar 24 – para não constranger a ninguém que a entrega seja feita para todos os 24 deputados –cestas básicas natalinas com panetone, cidra, amendoim, suco de garrafa, achocolatado, barrinha de cereal, margarina, apresuntado, mussarela e um frango defumado?