Terça-feira, 28 de fevereiro de 2012 - 09h25
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Nas décadas de 70 e 80 a política era levada mais a sério e não era tão balcão de negócios como nos dias de hoje em Rondônia. Naqueles idos, a oposição era oposição e a situação era situação.
Por isso o pau cantava desde a Câmara Federal onde atuava o então deputado federal Jerônimo Santana (PMDB), como na antiga Câmara de Vereadores de Porto Velho, que funcionava com uma espécie de Assembléia Legislativa até meados dos anos 80. Naquele parlamento existiam representantes dos municípios encravados ao longo da BR 364, como Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal e a área territorial de Porto Velho se estendia até Vilhena. Só em 82 os cinco municípios criados em 77 elegeriam seus primeiros vereadores.
Assim como já ocorria na Câmara de Vereadores da capital – e vários vereadores seriam eleitos deputados como Amizael Silva, Clóter Motta, João Dias – com o surgimento da Assembléia Legislativa com o pleito de 82, os debates a partir de 83 eram acirrados entre situação e oposição.
A antiga Arena, já transformada em PDS tinha emplacado 14 representantes e o PMDB, sucedâneo do MDB, 9 deputados. O partido do governo sempre que podia acobertava a administração do governador Jorge Teixeira de Oliveira e a oposição, na falta de equívocos, os criava até com acusações absurdas.
Embora em minoria, representantes da oposição brilhavam na tribuna. Os deputados Tomás Correia e Amir Lando se destacavam, tendo ainda Ronaldo Aragão para ajudar a bombardear o governo Teixeirão. Na falta de defeitos, inventavam. Jacob Atalah, o líder do governo, Amizael Silva, Walderedo Paiva tratavam da defesa governista.
Os entreveros eram freqüentes e até a troca de empurrões. Um dos episódios mais conhecidos foi quando o parlamentar Zuca Marcolino, cabra macho que não aceitava desaforos da oposição foi buscar um revolver para assustar Tomás Correia. Mas a coisa não deu em nada, era mais jogo de cena mesmo.
Hoje quando a oposição ataca o governo Confúcio Moura o que se vê são os deputados da base governista se fazendo de mortos, como se a coisa não fosse com eles. Nem a situação, tampouco oposição nos dias de hoje nos legislativos municipais, estaduais e federais agem como tal. A política foi transformada num balcão de negócios desde as mais humildes Câmaras de Vereadores até o nosso contestado Congresso Nacional.
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