Descaso: Restos de um carnaval desorganizado

A falta de responsabilidade das direções das escolas de samba (exceção para a Asfaltão) e da diretoria da Federação das Escolas de Samba de Rondônia – Fesec para com a aplicação dos subsídios recebidos dos governos, Municipal e Estadual está patente, quando passamos pela rua Uruguai no trecho entre a Tiradentes e a Imigrantes e encontramos fantasias, adereços e alegorias jogadas ou abandonadas ao relento.

Tem de fantasia de Comissão de Frente a Ala de Baiana, de Carro Abre Alas a esculturas de enredo. A única agremiação que obedeceu ao Artigo 22 do Regulamento do Carnaval 2012 e seus parágrafos foi à escola campeã Asfaltão, as demais: Império do Samba, Acadêmicos do Armário Grande, Unidos da Rádio Farol, Acadêmicos do São João Batista e Diplomatas do Samba infringiram o Regulamento e em consequência, caso a diretoria da Fesec, que é formada em sua maioria absoluta, por integrantes da escola Os Diplomatas do Samba aplicar o que reza o Artigo 22. “As Escolas de Samba que não retirarem suas Alegorias da Área de Estacionamento deverão ser penalizadas com uma multa de 5% (cinco por cento) sobre os valores recebidos a titulo de subvenção”

Ora meus amigos leitores, se até a presente data a direção da Fesec não foi capaz de realizar a reunião de avaliação dos desfiles, coisa que nos anos anteriores aconteceu na semana após os desfiles, como é que vai punir que deixou de retirar as alegorias da área de dispersão? E se punir ainda fica o questionamento, o dinheiro dessa multa vai para quem ou o que a Fesec vai fazer com esse dinheiro.

O Mestre da Bateria Admilson Knightz questiona essa falta de respeito para com a coisa pública, na série de artigos que estamos publicando (que por força dessa matéria só volta a ser publicado amanhã) nesta página.

As diretorias das escolas de samba citadas acima, dessa vez não deixaram apenas os chassis com as alegorias, por exemplo, existem fantasias de baianas completas (inclusive com os arames das saias), fantasias de Comissão de Frente além de adereços, todos jogados no meio da rua.

A Secretaria Municipal de Serviços Públicos deveria recolher todo aquele material e levar para o lixão, inclusive os chassis. A Secretaria Municipal de Fazenda através do Código de Postura, deveria multar as escolas de samba que abandonaram aquele material no meio da rua. A Fesec deveria providenciar a retirada dos entulhos e aplicar a multa constante no Regulamento. A prefeitura deveria suspender o repasse para o próximo carnaval, pelo descaso com o dinheiro público por parte das agremiações carnavalescas.

Fazer carnaval de escola de samba, não é só passar em frente às arquibancadas e camarotes, é ter responsabilidade com o erário público e acima de tudo, respeito para com a cidade e seus cidadãos.

Pode até existir alguém igual, mas, que defenda a cultura popular e nesse caso, as escolas de samba de Rondônia que este humilde colunista , ta difícil.

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Porém não podemos concordar com a falta de respeito para com o erário púbico, praticado pelas diretorias das escolas de samba: Império do Samba, Armário Grande, Rádio Farol, São João Batista e Diplomatas.

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A única agremiação que obedeceu o Regulamento dos Desfiles foi a ASFALTÃO, a campeã inclusive em organização;

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Parece que os presidentes das escolas citadas fizeram um pacto. – Ninguém tira as alegorias da área de dispersão -;

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Nem mesmo a Diplomatas que pelo menos até o carnaval do ano passado, era tida em nossa conta como uma escola de samba organizada, retirou suas coisas da rua Uruguai.

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Aliás, a diplomatas foi a que mais deixou entulho na rua. Abandou praticamente todas as fantasias da Ala de Baiana. Tá lá tudo completo.

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Será que a roda da saia das baianas da Diplomatas estava tão pesada que as baianas deram graças a Deus ao chegar ao final do desfile e por isso abandonaram tudo no meio da rua.

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O Trem do Forró da Império do Samba ta lá descarrilado.

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A Fênix da Armário Grande não conseguiu resurgir das cincas e ta lá toda desmantelada.

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Os bonecões (boto) da São João Batista não encantaram ninguém e estão lá de ponta cabeça.

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A Nau da Diplomata afundou num mar de lama e só ficaram os pedaços.

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A Chata (navio) da Rádio Farol também encalhou no meio do caminho.

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É uma verdadeira esculhambação o que fizeram com o dinheiro que a prefeitura de Porto Velho e o governo estadual repassou as escolas de samba;

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Depois os dirigentes dessas escolas de samba reclamam que a prefeitura não repasse o suficiente para se fazer um bom carnaval!

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O pior de tudo isso é que a Federação das Escolas de Samba que já deveria ter tomado providencias, não disse e nem fez nada.

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Essa denuncia veio a tona, graças ao ator e diretor de teatro Geovani Berno que postou em seu face fotos da sujeira deixada na rua pelas escolas de samba.

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Ontem a tarde fui lá conferir e constatei o descaso e lá estava o Léo Ladeira com a equipe do seu Câmera 11 gravando para o quadro “Pó Parar” que deve ir ao ar hoje.

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Enquanto tivermos dirigentes de escolas de samba que não fazem caso do que pode acontecer com suas agremiações, nossas escolas de samba não vão crescer nunca.

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De que adianta termos uma Asfaltão que trata a cultura popular com todo o respeito, se suas co-irmãs não estão nem aí pro assunto?

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Espero que a direção das escolas de samba: Império do Samba, Armário Grande, Rádio Farol, São João Batista e Diplomatas do Samba criem vergonha na cara e retirem o mais urgente possível aquela sujeira da avenida.

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A respeito desse assunto a Iaripuna expediu a seguinte nota:

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FUNDAÇÃO CULTURAL IARIPUN - Ofício nº 098

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Porto Velho, 08 de março de 2012.

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À Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas do Estado de Rondônia – Fesec

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A/C Sr Ariel Argobe da Costa Brasil MD Presidente

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Senhor Presidente,

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Com os nossos cordiais cumprimentos, servimo-nos do presente para informar-lhes que passados 12 dias do desfile das escolas de samba, ainda não foram retirados da área de dispersão alguns materiais e estruturas como fantasias, alegorias e adereços.

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Para o nosso desagrado o Ministério Público do Estado começa a nos cobrar sobre a retirada, já tendo inclusive sido apresentada denúncia contra a Fundação Cultural para que venhamos ultimar, junto a quem de interesse, esta providência.

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Por outro lado a imprensa local já nos ameaça com a publicação de matérias sobre o mesmo assunto, caso não façamos a intervenção ou providência que o caso requer. Isto posto, solicitamos os bons préstimos dessa FESEC, proceder com urgência, junto às suas afiliadas, a remoção do material citado.

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Atenciosamente, Altair dos Santos Lopes (Tatá) - Presidente